Os muitos mistérios que envolvem o nosso Universo despertam curiosidade a praticamente todos os comuns mortais.
Hoje ficámos a conhecer um pouco mais sobre o espaço onde vivemos, pois a NASA anunciou a descoberta de 7 planetas semelhantes ao planeta Terra, que se encontram fora do Sistema Solar, mas com possíveis condições para terem vida.
A NASA fez hoje uma revelação que tem atraído a atenção de todos, uma vez que anunciou a descoberta de 7 planetas do tamanho do planeta Terra, sendo que 3 deles têm possíveis condições para serem habitados e terem água em estado líquido.
Estes planetas, ou também denominados exoplanetas uma vez que orbitam outra estrela que não o Sol, encontram-se noutro Sistema Solar, a cerca de 40 anos-luz de nós, e orbitam em volta de uma estrela anã e fria, denominada TRAPPIST-1.
Os 7 planetas completam uma volta à sua estrela entre 1,5 e 12 dias. A temperatura à superfície da estrela TRAPPIST-1 é de cerca de 2.200 graus (o nosso sol ronda os 5.500 graus). Por sua vez, os planetas encontram-se em locais onde a temperatura varia entre os 0º e os 100º.
Segundo Chris Copperwheat, astrónomo britânico da Universidade John Moores de Liverpool:
The discovery of multiple rocky planets with surface temperatures which allow for liquid water make this amazing system an exciting future target in the search for life.
Esta descoberta contou ainda com a preciosa ajuda de um telescópio robótico, controlado pela mesma universidade, e localizado em La Palma, nas Ilhas Canárias.
Copperwheat adianta ainda que:
As a robotic telescope and the largest in the world, the Liverpool telescope is very sensitive to the small, less-than-1-per-cent dips in brightness through which the planets are discovered. […] It’s all automated, it’s flexible and fast, and so is ideal for this sort of time critical work.
Para encontrarem estes planetas, os cientistas utilizaram o método de trânsito, que consiste em observar os pequenos escurecimentos no brilho de uma estrela, indicadores da existência de planetas.
Esta descoberta foi divulgada na revista Nature e anunciada numa transmissão em direto feita pela NASA, e pôde também ser acompanhada, em direto, no Facebook da agência espacial americana.
Esta descoberta pode ser mais um pequeno passo para sabermos a resposta daquela que tem sido uma das questões mais pertinentes do ser humano: Estaremos sozinhos neste Universo?