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Matos Fernandes: Portugal não vai explorar lítio “a todo o custo”

O lítio tem uma enorme importância na economia do mundo, tanto no presente como no futuro. Portugal está entre os países com grandes potencialidades na extração deste minério. Dizem até que este metal alcalino é o “petróleo de Portugal”.

O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, afirmou hoje que Portugal não vai explorar o lítio “a todo o custo”.


Matos Fernandes considera que é “absolutamente fundamental” para a descarbonização a exploração do lítio, razão pela qual o Governo vai avançar com uma avaliação estratégica.

Portugal é o sexto maior produtor mundial de lítio…

O ministro referiu à Lusa que “há pessoas empenhadas em que não se explore o lítio em Portugal a todo o custo”, garantindo que Portugal não fará uma exploração desenfreada e sem regras.

Nós não temos a perspetiva de explorar em Portugal a todo o custo, mas queremos fazê-lo. A partir do momento em que o lítio ganhou uma dimensão tão estratégica, o Estado deixou de atribuir licenças e quisemos desenhar um concurso para um conjunto de locais onde há um grande potencial de exploração de lítio

Há vários locais, sentimos que devemos fazer uma avaliação estratégica. Temos pressa em explorar este metal, mas a pressa não se conta em dias. Tudo será feita de acordo com as características dos territórios e sempre tendo em conta os valores ambientais

O Jornal de Notícias revela hoje na sua edição em papel que o Governo vai avançar com uma avaliação ambiental estratégica antes de abrir um concurso para exploração mineira e exploração de lítio em Portugal. Matos Fernandes conta que as câmaras terão 50% dos ‘royalties’, ou seja, das contrapartidas financeiras que os privados pagarem ao Estado.

A investigadora Marina Brito, do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) em Braga, acredita que Portugal pode mesmo “assumir um lugar cimeiro” na produção de baterias face à exploração deste metal. De referir que Portugal é o sexto maior produtor mundial de lítio e tem a maior mina da Europa, explorada pela empresa do Grupo Mota, a Felmica, na região da Guarda, que se estima dispor de reservas para 30 anos de produção. Esta empresa explora ainda mais cinco jazidas.

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