Os últimos dias foram palco de eventos que muitos nunca pensaram ter de assistir. Os actos terroristas ocorridos em Paris chocaram o mundo e revelaram uma verdade que ninguém queria conhecer.
Está em curso uma guerra, provavelmente silenciosa, mas que agora conta com um novo aliado. O grupo Anonymous declarou guerra aos terroristas e pretendem destruir toda a sua presença na Internet.
O massacre de Charlie Hebdo mostrou que o mundo está vulnerável, que os perigos podem surgir de locais onde não se esperavam e que mesmo nos locais onde nos sentimos seguros podemos ser atacados de forma selvagem.
Mas o apoio na luta contra estas causas que realizaram o ataque, que tomou de assalto Paris e que apenas ontem teve um fim, acaba de surgir de uma frente que muitos julgavam não se querer envolver.
O grupo Anonymous revelou num vídeo que declarou guerra à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, como resultado do ataque realizado à redacção do jornal Charlie Hebdo.
Press Release #OpCharlieHebdo http://t.co/jK45nAhIdc ” Attendez vous à une réaction massive de notre part ” #Anonymous #CharlieHebdo
— OpCharlieHebdo (@OpCharlieHebdo) 7 janeiro 2015
Sem revelar de forma clara quais vão ser as medidas concretas que vão ser tomadas, o grupo Anonymous revelou que as suas acções vão ser fortes e que pretendem eliminar da Internet a presença destes grupos radicais.
O mais provável é que os sites destas organizações terroristas sejam atacados e que as suas contas do Facebook e Twitter sejam também alvos de intrusões.
Versão em Inglês do Press Release #OpCharlieHebdo
Numa mensagem directa e muito dirigida às vítimas, o grupo Anonymous começa por lamentar a perda de vidas e dirigir as suas condolências às “famílias das vítimas deste acto covarde e desprezível.”
Depois faz ameaças aos grupos de radicais e adverte: “Os Anonymous nunca vão deixar este direito violado pelos obscurantismo e misticismo. Vamos lutar sempre e em toda parte contra os inimigos da liberdade de expressão (…) A liberdade de expressão e de opinião é uma coisa inegociável e enfrentá-lo é atacar a democracia. Esperem uma reacção frontal e maciça da nossa parte, porque a luta pela defesa dessas liberdades é a base do nosso movimento.”
On Jan 7, 2015, freedom of speech has suffered hard. Terrorists breached into “Charlie Hebdo” newspaper’s premises and shot several satirical cartoon artists, journalists and two policemen. The criminals are still on the run. Disgusted and also shocked, we can’t fall down, it is our responsibility to react. First, we wish to express our condolences to the victims’s families of this cowardly and despicable act. We are all affected by the death of Cabu, Charb, Tignous and Wolinski, who were great artists that impressed by their talents all the history of the press and died for its freedom. We do not forget other victims of the attack, just because they were across terrorists’s way, and other injured people still fighting for their life. It’s obvious that some people don’t want, in a free world, this sacrosanct right to express in any way one’s opinions. Anonymous has always fought for the freedom of speech, and will never let this right besmirched by obscurantism and mysticism. “Charlie Hebdo”, historical figure of satirical journalism has been targeted. Anonymous must remind every citizens that the press’s freedom is a fundement of the democracy. Opinions, speech, newspaper articles without threats nor pressure, all those things are rights you can’t change. Tackle the freedom of speech is a direct hit to democracy. Expect a massive reaction from us, because this freedom is what we’ve been always fighting for. We are Anonymous. We are legion. We do not forgive. We do not forget. Expect us. IRC : irc.anonops.com/6697 | #OpCharlieHebdo | https://webchat.anonops.com/ Twitter : @OpCharlieHebdo | #JeSuisCharliePress Release #OpCharlieHebdo
Citizens of the world,
Esta declaração de guerra mostra que os Anonymous continuam a sua luta como defensores e protectores da democracia, assumindo posições de defesa dos direitos e das liberdades dos cidadãos.
Do que é conhecido as suas posições são firmes e as suas ameaças não são vãs. As acções vão de certeza decorrer e deverá ser muito em breve.
Esta é a sua forma de ajudar nesta guerra e na luta contra as posições extremistas e radicais de certos grupos. Se vão ser ou não bem sucedidos apenas o tempo o dirá.