O impasse comercial entre os EUA e a China continua, depois de ter culminado com o bloqueio à Huawei. O mais recente boicote do governo dos Estados Unidos é referente a empresas de supercomputadores chinesas.
O departamento comercial dos EUA indicou na passada sexta-feira que empresas chinesas de supercomputadores não poderão comprar componentes a empresas americanas sem a autorização do governo.
A quebra nas relações entre EUA e China é já deveras conhecida, tendo estado na ordem do dia quando foi efetuado um boicote à gigante Huawei.
Este impasse aparenta continuar, visto que na passada sexta-feira o governo dos EUA alargou esse boicote a mais firmas chinesas. Desta feita, os alvos foram empresas de supercomputadores, especialmente as que se dedicam ao desenvolvimento de supercomputadores destinados à utilização militar.
A administração Trump adicionou um conjunto de empresas à sua “lista negra”, nas quais constam a Sugon, Wuxi Jiangnan Institute of Computing Technology, Higon, Chengdu Haiguang Integrated Circuit e Chengdu Haiguang Microelectronics Technology.
A principal justificação para tal demanda prende-se com as preocupações acerca da utilização dos supercomputadores destas empresas para fins militares, afetando a segurança nacional dos EUA.
Assim sendo, estas empresas ficam impedidas de recorrer a componentes e serviços de empresas norte-americanas. Em declarações, a estação de rádio China Radio International afirmou que esta jogada dos EUA vai contra o consenso entre Donald Trump e Xi Jinping, acordado na Argentina no passado mês de dezembro.
No matter whether it is aimed at suppressing Chinese technology or its long-term economic development, or put pressure on China in the trade negotiations, the United States will not achieve its aims,
A guerra comercial entre as duas potências mundiais não parece ter um final próximo, com o braço de ferro a perdurar nas relações entre ambos.
No que toca ao segmento de supercomputadores, tal já não é propriamente novo: é comum que o top mundial de supercomputadores seja composto essencialmente por terminais da China e EUA.