Florestas auto-vigiadas
MIT desenvolve sensores climatéricos alimentados pelas próprias árvores.
Uma equipa de cientistas do MIT está desenvolver um novo sistema de alerta para fogos florestais auto-alimentado pela própria floresta. Segundo o comunicado da instituição, sensores mais pequenos e com baterias individuais recarregáveis pela energia produzida pelas árvores, poderão vir a complementar ou substituir ferramentas como as estações climatéricas autónomas.
Os dispositivos agora apresentados têm por objectivo fornecer dados mais precisos sobre as condições locais, de forma a gerir modelos de previsão e alerta precoce de catástrofes. Até aqui, a ideia de cobrir vastas áreas florestais com pequenos sensores era vista como impraticável devido às dificuldades de manutenção de aparelhos com altos gastos energéticos e instalados em zonas de difícil acesso.
De acordo com o estudo divulgado pelo Departamento de Engenharia Biomedica do MIT, o novo sistema, auto-sustentável, é capaz de garantir o funcionamento de sensores de temperatura e humidade e a respectiva transmissão de pacotes de dados, quatro vezes por dia ou, de forma imediata, em caso de incêndio.
A floresta acciona o sistema de alerta
Actualmente a ser testado no estado de Idaho, nos Estados Unidos, onde uma estação climatérica recebe os dados transmitidos de dispositivo em dispositivo, os cientistas envolvidos no projecto defendem que, apesar de já se saber que as árvores produziam pequenas quantidades de electricidade, é a primeira vez que são utilizadas como fonte de energia para uma aplicação concreta.
"É um fenómeno bastante simples: resulta do desequilivrio de pH entre a árvore o solo onde esta cresce", explicou Andreas Mershin, um dos responsáveis pelo sistema.
A rede de sensores está a ser desenvolvida em parceria com a Voltree Power (http://voltreepower.com ) e deverá começar a operar nos Estados Unidos na Primavera de 2009.
"Vamos ter de equipar quarto árvores por acre (a primeira área em estudo terá 10 acres) (…) neste momento estamos a trabalhar na configuração da rede de sensores wireless, de forma a ser preciso o mínimo de energia", sublinhou Christopher J. Love, primeiro-autor do artigo já publicado na revista PLoS ONE. cienciahoje
Este artigo tem mais de um ano
Ora aqui está a tecnologia ao serviço do bem público!
http://takea-break.blogspot.com
e paineis solares, não ? nao ha sol nas florestas? no meio das arvores pode nao haver mas num local perto ha de certeza.
Os paineis solares são muitas vezes inúteis em hectares e hectares seguidos de floresta onde o sol raramente passa da copa das árvores ou quando o faz, nunca é no mesmo sítio e com pouca intensidade. E isto pode acontecer em muito kilómetros seguidos…
Esta parece ser uma excelente ideia. Esperemos que possa evoluir e estabilizar de modo a se tornar viável em larga escala!
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http://www.revolucaodigital.net
@Nastase nesse caso não sei se era dificil colocarem-no um poste ou no topo duma arvore. mas pronto de isto gera energia suficiente para enviar dados por wireless… é porque funciona. mas toda a gente sabe k se pode extrair energia da terra, de frutos, de batatas… pensava era k como era mesmo pouca energia era pouco viavel
Sensore em quatro árvores por acre (4.000 metros quadrados), que é um pouco mais de metade de um campo de futebol (de 105 por 68 metros).
É capaz de dar algum resultado na prevenção. Menos contra os fogos que começam de noite.
Sabiam que cerca de 1/3 dos fogos florestais, em Portugal, começa de noite, vá-se lá saber porquê, … ?
E que, no período mais crítico do Verão, há cerca de 5.000 pessoas (remuneradas pelo Estado), organizadas em equipas, com os respectivos veículos, junto dos bombeiros voluntários, prontas para intervir em caso de incêndio ?
@aver
Estas a “insinuar” que dessas 5000 pessoas remuneradas pelo estado têm umas 10 a meter fogo para ter todos os anos trabalho?=P
E que depois vem o governo dizer que este ano ardeu menos hectares que o ano passado, claro já não a mais nada para arder.
Cumpts
http://soupirata.net/
Não, de maneira nenhuma.
Estava a insinuar – a afirmar – que há muito fogo posto, mas isso não tem nada a ver com a frase seguinte.
A frase seguinte era uma mera informação que penso que muita gente não sabia. Já agora, para desfazer equívocos, li declarações dos responsáveis da protecção civil, que atribuíam ao facto de essas equipas, e outros meios de intervenção rápida, terem intervido rapidamente no ataque ao fogos ter havido este ano mais princípios de incêndios mas menos área ardida. Não tenho nenhuma razão para duvidar disso. O que é um facto é que a intervenção nos primeiros 20 minutos é fundamental para que o fogo seja extinto e não alastre.
(Ainda acabo por pedir ao Vítor que tire o comentário anterior, se isto começar a parecer-se com uma discussão política)
Penso que não será necessário, eu é que mandei aquele pensamento para o ar, pois quando falas-te em pessoas remuneradas pelo estado pensei logo nesse esquema =)
Bombeiros etc remunerados ou voluntários tenho muito respeito pelo trabalho que eles fazem, só não fazem mais porque não podem.
Cumpts