A privacidade e a segurança dos dados dos utilizadores é uma constante que deve ser sempre protegida. Todos os serviços de vem ter esta vertente protegida e garantir que o acesso é feito apenas em casos específicos e muito controlados.
Muitas empresas acedem a esses dados para criar perfis dos utilizadores e servir-lhes publicidade dirigida, algo que nem sempre é claro e transparente para os utilizadores.
É precisamente esta questão que está agora em jogo em mais um processo que foi levantado contra o Facebook por um utilizador do seu serviço de mensagens instantâneas.
O processo que agora decorre em tribunal coloca frente a frente Matthew Campbell e o Facebook, onde o primeiro alega que o Facebook leu e analisou as suas mensagens pessoais, criando depois um perfil específico para lhe apresentar publicidade dirigida.
Ao colocar este processo contra a maior rede social do planeta, Matthew Campbell pretende representar todos os cidadãos norte americanos e exigir um pagamento por parte do Facebook.
Está a ser alegado que foi violada a privacidade dos utilizadores ao terem sido analisadas as mensagens, independentemente da razão para a qual isso foi feito.
O Facebook alega que tinha a autorização necessária para fazer a leitura dessas mensagens, tudo ao abrigo do Electronic Communications Privacy Act, que permite que essa leitura seja feita sempre que a mesma seja necessária para as empresas exercerem o seu negócio.
A justificação apresentada não foi suficiente para convencer o juiz que está a avaliar o caso e o mesmo deverá ser agora julgado em tribunal.
Este processo deu entrada em 2013 e alega que o Facebook fazia uma analise exaustiva dos links partilhados nas mensagens dos utilizadores, colocando-as como likes e depois sendo usadas para criar perfis dos utilizadores e servindo publicidade dirigida e orientada segundo a analise dos utilizadores.
A maior rede social do planeta terminou essa prática no ano de 2012, tendo passado a analisar apenas os links que são partilhados procurando por ameaças de segurança e outros tipos de problemas.
Está a ser pedido que o Facebook pague 10 mil dólares a cada um dos utilizadores e que termine de imediato a análise das mensagens privadas que são trocadas dentro da sua rede.
É já longa a polémica que coloca frente a frente o Facebook e os seus utilizadores, sempre com questões associadas à privacidade e á forma como a empresa gere os dados.
Mas para uma empresa como o Facebook, que vive essencialmente da publicidade que apresenta aos seus utilizadores, pode ser muito complicado perder esta fonte de informação e de dados sobre o que os seus utilizadores gostam. Não é a única fonte de informação, mas é uma das mais importantes e mais directas.