Exclusivo PPLWARE: Entrevista à Samsung sobre o bada
Com o lançamento do "badalado" Samsung Wave trazendo o novo sistema operativo bada e loja de aplicações Samsung Apps Store, o mundo mobile é mais uma vez agitado. Mas afinal o que é que a nova aposta da Samsung traz de inovador ao mercado móvel?
Foi exactamente para responder a esta questão e muitas outras curiosidades que fomos convidados pela Samsung a entrevistar 3 representantes da empresa - Nuno Silva (Product Manager em Portugal), Taiho Choi (Senior Engineer na Coreia) e Gina Sangjin Lee (Assistant Manager na Coreia) - no quartel-general da Samsung Portugal, no Lagoas Park.
O Lagoas Park é um parque tecnológico recheado de escritórios de empresas sonantes como a Samsung. Situado nos arredores de Oeiras, o Lagoas Park é sem dúvida um belíssimo local para se trabalhar, fora da confusão citadina.
Confesso-vos que esta foi a minha primeira experiência como entrevistadora, ainda por cima, internacional. A ideia seria entrevistar um dos membros da equipa de desenvolvimento coreana do bada, o novo sistema operativo lançado para o Samsung Wave.
bada, escreve-se sempre com letra minúscula e significa "oceano" em coreano.
Segundo a empresa, o bada trará um novo oceano azul de aplicações e uma escolha mais alargada de smartphones a grande preço, ainda assim potenciados pelo sistema operativo.
Tenho ainda o prazer de vos anunciar uma análise ao Samsung Wave para breve, já o tenho na minha posse há cerca de 1 semana. Por esta razão, estava mais que preparada para fazer as perguntas certas na entrevista. A língua (inglesa) não era com certeza o maior problema, a maior dificuldade seria como conduzir uma entrevista que não fosse muito aborrecida e incidisse nos temas que vocês, leitores deste nosso espaço, anseiam devorar.
Peço desde já desculpa pela semelhança deste artigo a uma obra literária, mas vocês meus caros leitores, já me "conhecem". Dada a importância da circunstância e o nervosismo associado à mesma, não há como evitar a descrição detalhada das sensações.
Ao chegar à recepção da Samsung, fui encaminhada para uma pequena sala de reuniões pela simpaticíssima Cátia Neves, Relações Públicas da Samsung Portugal que, vendo o meu olhar nervoso, me deu algumas informações acerca do programador da equipa do bada que eu iria conhecer dentro de momentos. "Não se preocupe, ele também está nervoso". Que confortante.
Bloco de notas, caneta e Samsung Wave em cima da mesa, tudo a postos. Apenas as 3 garrafas de água também sobre a mesa me intrigaram... quem seria o 3º elemento? Não demoraria muito até descobrir. Entra Cátia Neves acompanhada por um senhor com ar bastante novo e outra senhora, ambos coreanos, impossível esconder.
Foi-me então apresentado Taiho Choi, Senior Engineer do Service Platform Group e Gina Sangjin Lee, Assistant Manager da Content Service Team e Media Solution Center, ambos da Samsung Electronics, a mãe coreana de todas as Samsung's.
O objectivo seria dirigir as perguntas mais técnicas sobre o bada a Tahoi Choi e Gina Sangjin Lee estava presente para responder a perguntas relacionadas com a nova Samsung Apps Store. Depois de pedir permissão para gravar a nossa conversa com o meu Samsung Wave, ambos fazem o mesmo com os seus Wave. "Também quero trabalhar aqui, toda a gente tem um", pensei eu.
E começa a entrevista, ou pelo menos tento. Depois de respirar bem fundo, as palavras começaram a fluir. Mas não era só eu, no início fiz um esforço desumano para perceber o "coreanês" de Tahoi. Mas com o decorrer da conversa tudo correu pelo melhor. A meio da entrevista entrou Nuno Silva, Product Manager da Samsung Portugal, com o objectivo de ajudar os colegas coreanos na resposta a perguntas mais "comerciais".
Sem mais demoras, deixo-vos a entrevista, devidamente traduzida.
.
Pplware - Ana Narciso (Ana N.): Dado que hoje em dia existem tantos sistemas operativos para smartphones como o iOS, o Android e outros, porque é que a Samsung criou um novo SO em vez de utilizar, por exemplo, o Android?
Asisstant Manager - Gina Sangjin Lee (G. Lee): Embora a "estratégia" não seja a nossa área, o Thai é programador e eu estou encarregue do serviço de aplicações, ambos compreendemos a estratégia da empresa. A Samsung usa tantas plataformas diferentes nos seus dispositivos, como o Android, Windows Mobile e outras, mas não temos a nossa própria plataforma.
A. Narciso: Mas já têm uma plataforma só vossa...
G. Lee: A SHP? Sim, temos, mas estou a falar de uma plataforma completa.
A. Narciso: O bada é uma espécie de evolução do SHP, certo?
G. Lee: Correcto. E portanto era um pouco difícil incluir os nossos próprios serviços, como o serviço de aplicações. Por exemplo no Android, não nos permitem incluir os nossos serviços, pois eles têm o seu próprio serviço, o Android Market. Esta é uma das razões para termos decidido implementar a nossa própria plataforma.
A. Narciso: Li algures no website do bada que este novo SO já anda a ser desenvolvido há cerca de 10 anos. É verdade?
Senior Engineer - Taiho Choi (T. Choi): Sim, na verdade muitos dos componentes do bada são baseados em componentes que já existiam na nossa plataforma SHP, que já tem 10 anos. Mas porque nos dias de hoje os smartphones são tão populares, sentimos a necessidade de desenvolver a nossa própria plataforma adequada às necessidades actuais.
A. Narciso: Poderiam apontar algumas das funcionalidades do bada, diferentes ou talvez melhores que as funcionalidades dos vossos concorrentes?
T. Choi: Basicamente, existem funcionalidades muito similares entre as plataformas que já existem - Android, iOS, Windows Mobile e outros - funcionalidades básicas hoje em dia. No bada implementámos as chamadas funcionalidades orientadas ao serviço (service-oriented features), como por exemplo localização, SNS (Social Networking Service), gestão de conteúdos e serviços de compra, tudo isto suportado por servidores do bada, tornando o desenvolvimento de aplicações mesmo muito simples.
A. Narciso: Qual é o vosso público-alvo na indústria móvel?
T. Choi: Toda gente. (risos)
A. Narciso: Sim, mas qual é o tipo de pessoas a que se destina o Wave? Casuais, executivas,... olhando para a loja de aplicações, vejo imensas aplicações generalistas e não consigo identificar um público-alvo.
T. Choi: (Pegando num papel e começando a desenhar) Isto é o todo mercado actual e esta pequena percentagem é chamado o "smart market", um "oceano vermelho" cheio de concorrentes em que é difícil converter clientes para a nossa plataforma. Mas nesta zona maior, a zona dos "feature phones", telemóveis mais básicos onde temos a maior parte dos nossos clientes a usar a antiga plataforma SHP, é muito mais fácil converter para o bada. É esse o nosso objectivo.
A. Narciso: Portanto esperam que os vossos clientes actuais evoluam para um novo tipo de dispositivos.
T. Choi: É isso mesmo. Esperamos que esses clientes utilizadores de "feature phones" se convertam para utilizadores "smartphones".
A. Narciso: Quais são os requisitos mínimos para o sistema bada? Reparei que o Samsung Wave corre sobre um CPU a 1GHz, portanto estamos a falar de uma grande máquina. A questão é: correrá em máquinas mais fracas e acessíveis à maioria das pessoas?
T. Choi: Esta é uma máquina de ponta, mas sim, o bada correrá em máquina bem mais fracas, falamos de um CPU de apenas 300 MHz.
A. Narciso: Notei muitas semelhanças entre a interface de utilizador do bada e a do iOS: a forma como se navega entre aplicações no menu principal (horizontalmente) e também da "dock" na parte de baixo do ecrã. Porquê adoptar este tipo de interface?
T. Choi: Não estou envolvido na equipa da Interface de Utilizador, por isso vou dar apenas a minha opinião enquanto programador. Essa escolha deriva, penso eu, do aspecto actual dos smartphones, grandes ecrãs touchscreen e ainda devido ao tamanho dos nossos dedos, daí a interface de utilizador ter de se adequar a estas condicionantes, as mesmas condicionantes do iPhone, além de que os utilizadores habituados a interfaces do tipo "iPhone" estarão assim mais familiarizados com a interface do bada.
A. Narciso: Sei que o bada é um sistema operativo proprietário, mas será possível ao utilizador comum ou a um developer submeter bugs e outros erros que encontre durante a sua experiência com o bada? E novas ideias, tais como a melhoria de algum aspecto da interface?
T. Choi: Sim, basta dirigir-se ao website bada Developers, registar-se e utilizar tanto a área F.A.Q. como o fórum de utilizadores. Há ainda uma área de bug reporting.
Product Manager - Nuno Silva (N. Silva): Se o cliente pretender, pode ainda contactar o nosso suporte aqui em Portugal e relatar o erro, investigaremos localmente e se o conseguirmos reproduzir, pediremos à nossa equipa de I&D para desenvolver uma nova versão de software que resolva o problema e assim uma nova versão do software será lançada para que todos os utilizadores actualizem as suas máquinas. Temos ainda uma equipa local a testar todas as aplicações submetidas para a Samsung Apps Store.
A. Narciso: Agora falando acerca da Samsung Apps Store. Já naveguei através das aplicações tanto através do Samsung Wave como pelo Kies (software para PC) e na verdade instalei e testei todas elas, até porque ainda não são muitas. Como esperam aumentar as aplicações disponíveis, tanto em quantidade como em qualidade?
G. Lee: Nós gerimos a loja de aplicações, mas o serviço em si é baseado no Ecosystem. Em primeira instância, a Samsung tem uma relação com os nossos principais parceiros que produzem aplicações muito boas. No entanto, incentivamos os utilizadores a desenvolverem as suas próprias aplicações e a colocarem-nas na loja.
N. Silva: Fazemos eco-sourcing, ou seja, incentivamos utilizadores locais, sem qualquer tipo de relacionamento com a Samsung, a começar a desenvolver aplicações para os nossos dispositivos. Organizamos ainda o Developer Day em cada país e o Developer Challenge, um concurso a nível mundial, para fazer com que os utilizadores que normalmente desenvolvem para o iPhone, Nokia e outros, comecem migrar e a desenvolver aplicações para a nossa plataforma. E claro, para ter aplicações disponíveis na data de lançamento, negociamos com algumas empresas a nível mundial para trazermos para o bada algumas das aplicações mais importantes. Mas por agora vamos, país a país, promovendo o Developer Day e o Developer Challenge, dando a conhecer a nossa plataforma aos developers. É nisto que consite o Ecosystem.
A. Narciso: E quais são os vossos principais parceiros?
G. Lee: Numa primeira fase, falamos de parcerias com a Gameloft, Electronic Arts, Gameview, ...
A. Narciso: Apenas no ramo dos jogos?
G. Lee: A EA também está a desenvolver outras aplicações não relacionadas directamente com jogos, mas sim à volta do entretenimento.
A. Narciso: Sim, mas referia-me mais ao tipo de aplicações verdadeiramente úteis para os utilizadores, por exemplo, o Skype.
N. Silva: Na verdade, nós aqui em Portugal já temos disponível o Ndrive. Esta foi uma parceria estratégica, em que a Ndrive foi uma das primeiras empresas aqui em Portugal a pegar na SDK do bada e começar a desenvolver o sistema de navegação GPS para o nosso dispositivo.
G. Lee: Nos Developer Day convidamos também os nossos potenciais parceiros a desenvolverem uma espécie de "aplicações localizadas", como por exemplo relacionadas com notícias ou serviços de localização.
A. Narciso: Como é que estão a pensar tornar o vosso mercado de aplicações lucrativo? Investir em aplicações grátis, talvez com alguma publicidade ou em aplicações pagas de grande qualidade? Falo de uma filosofia Android Market vs. App Store.
G. Lee: Actualmente Portugal ainda não tem a sua própria loja de aplicações, os utilizadores portugueses neste momento apenas conseguem descarregar aplicações grátis. Será em Setembro que desenvolveremos a loja portuguesa. Nessa altura, será possível aceder a conteúdos pagos.
N. Silva: Agora o que temos é uma "loja global", dado que este é o primeiro dispositivo da Samsung a suportar o download de aplicações para esta plataforma. A Samsung decidiu aquando o lançamento da plataforma, ter pelo menos uma loja global onde fosse possível aos utilizadores descarregar aplicações grátis e pequenas demonstrações. E a partir de Setembro, aqui em Portugal, já será possível descarregar aplicações premium, com imensas funcionalidades, ao contrário do que temos agora na loja global.
G. Lee: Actualmente temos cerca de 20 países já com as suas próprias lojas, com conteúdo premium, mas como pode ver, estamos a expandir rapidamente a outros países.
A. Narciso: Reparei que na loja de aplicações acessível aqui em Portugal existem muitas aplicações noutros idiomas que não o Inglês,. Haverá algum tipo de restrições ou políticas por parte da Samsung relativamente às aplicações desenvolvidas pelos developers, por exemplo, relacionadas com o idioma?
G. Lee: Em relação a políticas gerais, tal como disse anteriormente, temos o Ecosystem. Um developer é livre de vender as suas aplicações em qualquer país, mas claro que terá de respeitar o idioma do país, ou pelo menos, escrevê-la em Inglês.
N. Silva: O que temos agora é a loja global, onde são colocadas todas as aplicações independentemente do idioma. Mas quando tivermos a loja local, com os tais conteúdos pagos, o developer terá de dizer onde quer vender a sua aplicação e caso não respeite o idioma local, isso será detectado pela nossa equipa. Portanto, caso seja submetida para a loja local (lançada em Setembro deste ano) temos uma bateria de testes mais restrita que garantirá que todos os portugueses compreendem a aplicação.
A. Narciso: Por último, notei a ausência de aplicações nativas relacionadas com o Google. Existe apenas um widget com um atalho para a interface web do Gmail e do Google Maps, ambas muito limitadas face a uma versão nativa. Qual a razão para este facto?
N. Silva: Trata-se de uma questão de parcerias. É precisa uma licença especial para incluir esse tipo de aplicações no nosso dispositivo. É claro que estamos correntemente em expansão relativamente ao nº. de aplicações disponíveis tanto na loja global como nas lojas de cada país (sendo a portuguesa lançada em Setembro). Chegará a uma altura em que será inevitável a competitividade do nosso mercado de aplicações e assim serão atraídos novos investimentos.
A. Narciso: Muito obrigada pela oportunidade de vos entrevistar, em nome de toda a equipa do Pplware.
Gostaria de agradecer mais uma vez à Samsung em nome da equipa PPLWARE, com especial apreço à Relações Públicas Cátia Neves, pois sem a sua disponibilidade, este encontro não seria possível. Obrigada.
Este artigo tem mais de um ano
Boa entrevista, Ana! 🙂
Achei curioso, como eles por vezes “tornearam” as tuas perguntas e não responderam directa e objectivamente ao que perguntaste (p/ exº: Skype!)! lol
estavam a vender o peixe deles 😀
Não se trata de tornear, lembra-te de como era o Android Market ou a App Store quando começou.
Está ainda tudo muito verde. Mas eu acredito que em Setembro, tal como eles me disseram, quando a loja portuguesa estiver no ar e sejam incluídas aplicações em força, a Samsung Apps Store venha a crescer mais e mais. Temos de dar tempo ao tempo não é. 😛
Dá-me a sensação que estão a experimentar a coisa, no entanto, eles têm um mercado espectacular para investir! Basta ver a quantidade estrondosa de equipamentos Samsung no mundo. Eles querem “democratizar” os smartphones, querem ser aquilo que o Android não foi. SO potente e instalado em telemóveis de baixo custo.
Quando eles entrarem nessa fatia dos “feature phones” e se tiverem uma boa estratégia, não duvido que vinguem.
Vamos lá ver a guerra dos smartphones! 😉
Referia-me ao Skype, porque… é uma guerra antiga.
Os fabricantes querem ir ao encontro dos desejos dos utilizadores, mas… por vezes esses desejos vão contra o negócio dos operadores.
Os operadores moveis, por enquanto ainda vendem principalmente comunicações de voz. Mas brevemente o maior negócio vai ser as comunicações de dados móveis e as tradicionais chamadas vão necessariamente ter que ser tipo VoIP, ou algo semelhante.
Enquanto os operadores não virem no skype e outros que tal, uma oportunidade de negócio, vão tentar ao máximo não os deixar entrar nos seus equipamentos. E, claro está, vão pressionar os fabricantes parceiros, ao mesmo.
Os fabricantes de terminais não vivem sem os operadores… e vice-versa 😉
Mas voltando ao caso da Samsung, parece-me que onde já dão cartas (e grandes) e vão continuar no topo, é nos ecrãs.
Os Amoled são prova disso, agora os touch… e a era do 3D já começa a mexer. Sempre com a qualidade de imagem e consumos energéticos baixos, como prioridade.
Ana…Acho que poderias ter ido mais longe na entrevista….revelaste alguma inexperiência e falta de conhecimento do wave….dou-te um exemplo. eles falam da parceria do ndrive….A verdade é que o Ndrive não funciona na maioria dos Waves por causa da licença de utilização…outra entrevistadora com mais conhecimento do telemóvel teria aprofundado a questão.
Abraço
António Veiga
Olá António,
É preciso compreender que esta é apenas uma entrevista inicial acerca da nova plataforma da Samsung, nomeadamente o sistema operativo bada. Na altura da entrevista aquilo que procurei no Samsung Wave foi ambientar-me ao bada para ter algum conhecimento de causa, principalmente o seu funcionamento interno.
Em relação às aplicações experimentei umas quantas antes da entrevista para inteirar-me acerca da Samsung Apps Store. Não passei pelo Ndrive, deixei essa situação para a futura análise que será publicada brevemente.
Por esta razão, quando fui abordada acerca da parceria da Samsung Portugal com a Ndrive, não aprofundei a questão.
O que te posso prometer é que na análise extensiva à máquina focarei essa mesma questão.
Obrigada pelo teu comentário.
Ana
Falei-te da questão da Ndrive porque tal como eu há muitas pessoas que estão dependentes da compra do Samsung Wave o correcto funcionamento do GPS pois caso contrario irei escolher o Nokia que tem GPS gratis incluindo navegação.
Ha um forum na internet onde ha muitos utilizadores a opinar sobre o samsung wave. Se quiser depois posso-lhe indicar o site.
Quando pensa proceder a analise exaustiva do equipamento?
obrigada.
António
A análise está em construção e será publicada muito em breve. Está programada a saída de uma análise a outro smartphone primeiro.
Para primeira entrevista está excelente!!!
Parabéns Ana.
Excelente trabalho. agora só falta mesmo a análise ao bada.
fcamos à espera…
É a seguir, também estou curioso por ver a análise ao equipamento, mas principalmente ao Bada.
“bada, escreve-se sempre com letra minúscula e significa “oceano” em coreano.”
Vai ser feita nos próximos dias. Vai dar um trabalhinho… bem, quem corre por gosto não cansa! 😉
Excelente trabalho Ana!
Ana parabéns pelo trabalho, está excelente!
Quanto ao Bada parece promissor, mas pela tua entrevista chego a uma conclusão (espero que não precipitada) mas o Bada poderá correr o mesmo risco que o WebOS da Palm correu.
Falta de aplicações suficientes para fazer frente ao mercado actual. Pelo menos tive essa percepção ao ler essas partes da pergunta…
Vamos lá ver como é que a Samsung irá dar volta a isto, mas é sem duvida interessante e é uma grande marca.
Na entrevista, cheguei a dar a minha própria opinião aos entrevistados. Se a Samsung for inteligente e souber aproveitar as parcerias com os produtores de aplicações competitivas (Google, Skype, etc.), eles têm futuro.
Eles estão ainda na fase da divulgação do seu produto aos “home developers”, sabes que nestes concursos e eventos acabam por surgir muitas aplicações bem interessantes. Depois de criar um mercado interessante, é claro que este se torna apelativo a grandes empresas, e aí sim, poderemos esperar grandes parcerias.
Acho cauteloso e bem pensado por parte da Samsung.
Tenho lido as tuas explicações, e tenho tentado perceber melhor este segmento, e pelo que percebi terá fortes chances de vingar. Não como um iOS ou até mesmo Android, mas como um “Symbian” de luxo… talvez este seja o forte concorrente do Meego, e seja a disputa mais directa, tendo em conta o tipo de mercado e o tipo de smartphones. (Samsung vs Nokia)
Penso que a Samsung está com uma estratégia bem definida e analisou bem os seus “rivais” e está a adoptar um modelo promissor, aquilo que a Nokia ainda anda um pouco “desorientada”.
Eles para cativarem o mercado, e atingir as massas, precisam apenas de uma prioridade apenas, antes de Skype e afins… focarem-se nas redes sociais (Facebook, Twitter, e afins) …
Que são as funções/aplicações mais usadas nos smartphones. Este tipo de segmento, a baixo preço vende muito mesmo.
Segmento superior, como o Samsung Galaxy S, optam por um sistema mais completo, como foi o caso do Android. Talvez mais tarde e com a evolução do bada, a pouco e pouco dêem um passo gigante para rivalizar então o iOS e Android.
Parece uma estratégia bem definida, feita por estágios… pelo que tento perceber. Se assim for, estão a fazer DE LONGE melhor trabalho que a Nokia. É que sejamos realistas, nem toda a gente quer/necessita de um iOS ou Android, e o segmento mais baixo anda “estagnado” com o Symbian e um Megoo (ex.Maemo) em fase do ata não desata.. tanto querem o segmento baixo como alto quando deveriam ter feito como a Samsung está a fazer, começar por baixo…
Sim, mas redes sociais têm eles em força, como mais tarde poderão ver na análise. Acho excelente a integração e importação de contactos que o bada faz das redes sociais.
A minha lista de contactos passou de uma lista de letras, com alguns números de telemóvel para uma lista colorida cheia de fotos, nrs., emails e resumo de actividades das pessoas nas redes sociais. Muito bom. Para quem adora as redes sociais, é uma aposta excelente.
E bem, vou-me calar porque daqui a pouco faço uma review aqui. 😛
Muito bom mesmo para uma primeira vez, continua que vais no bom caminho…
Sinceramente estou mt céptico qt ao bada, isto é, n percebo a política da Samsungs em apostar num SO só deles e dp nos seus modelos mais “avançados” como Galaxy S colocam Android, demostrando aos meus olhos que não acreditam realmente na sua própria plataforma.
A meu entender o Wave (q é um tlm com características excelentes, diga-se) é, digamos q, um teste a ver como o mercado se comporta, se o mercado comer mt bem, se não, ficaremos por o Android, e isso n me parece bem p os utilizadores q o comprem. Pois se para a Samsung são umas unidades vendidas a mais, para o utilizador que o comprou foi um investimento (mesmo tendo em consideração a óptima relação q o Wave tem face ao seu hardware/preço).
Bem agora q já disse tudo o q pensava deste SO (sem o testar diga-se), os meus parabéns Ana por a magnifica entrevista.
Antes de mais excelente entrevista! Gostei muito Ana!
Relativamente ao Bada: eu sou uma pessoa que gosta que haja opçoes mas nao fragmentaçao. De momento há WinMo, Android (aberto), Symbian (aberto), iOS e sinceramente parece-me uma horrível política formar mais SO.
– Primeiro porque os developers começam a cansar-se de APIs diferentes, HW diferente e distintos SO com que lidar.
– Segundo porque eu compro um telemóvel hoje Android e se daqui a um ano trocar para um outro modelo que por infelicidade nao usa o mesmo SO tenho que investir novamente nas mesmas apps/jogos mas de outro SO.
– Terceiro porque a qualidade das apps/jogos e aproveitamento do hardware começa a descer: uns usam SoC estilo Q7201 a 528-800MHz, outros usam Snapdragon 1GHz, outros umas modificaçoes com GPU diferentes, uns 800×480, outros 852×480… enfim, já ninguém sabe o que fazer.
A Samsung é boa a fazer hardware, a nível de software nao só fica muito aquém como nao tem pessoas suficientes para elevar o Bada a um nível de Android, iOS. Era preferível que se dedicassem a sério a construir apps/mods para os seus telemóveis actuais do que ter imensos SO e demorar a actualizar/optimizar cada um deles. Como toda a gente sabe a Samsung demora ETERNIDADES a actualizar os FW, imaginem ainda a meter os seus engenheiros a trabalhar noutro SO… enfim.
Pois tem lógica no que dizes, sob o ponto de vista do marcado dos sistemas operativos vs equipamentos.
Mas, o problema ou o a razão nuclear, está nas Apps Stores 😀 É isso que fascina as marcas, é esse “revenue” que permite, no mercado actual, que as marcas invistam na sua própria estrutura.
Usando, por exemplo Android, apenas estariam a beneficiar a Google, que vende apps e publicidade.
Assim, com um bada à altura e ainda bem que existem opções (e o que não faltam são programadores e tem de haver mercado para todos), a Samsung poderá fazer como faz a Apple, a Google e a Nokia.
É uma questão de mercado, onde a Apple sustentou fortemente os seus ganhos e a sua estrutura gigantesca de aplicações.
É precisamente por isso que o iOS tem 43 mil programadores, contra cerca de 11 mil do Android.
O pessoal gosta do Android e é natural gostarem, mas vejam da pespectiva do programador. Há dias vi comentários de muitos que andam “cansados” ter que fazer com que as App’s funcionem em diferentes aparelhos, pelas diferentes Specs encontradas, ou seja, o trabalho que eles têm é superior ao lucro, daí o iOS, embora criticado pela politica rigorosa que tem, ser o alvo mais apetecido por eles.
Um sistema para vingar BEM, precisa não só cativar os clientes, como também programadores… ou seja, se não agradam a gregos e troianos, o caldo entorna-se mais cedo ou mais tarde. Talvez seja por isso que a Samsung ande a apostar no “bada” e a Nokia no “meego” … para terem control da plataforma, obter lucros com a mesma, o que lhes permite mudar a politica de venda “abusiva” de hardware para ter lucros, traduzindo-a em lucro de software, o que lhes permite dar um suporte mais longinquo ao hardware… que é basicamente o que a Apple faz e sempre fez.
Eu antes de experimentar estava um pouco céptica também. Depois de experimentar e ter a oportunidade de falar com a Samsung, fiquei bem mais na expectativa. A estratégia deles faz sentido. O “Ecosystem” que eles praticam no desenvolvimento inicial de aplicações faz todo o sentido.
Mas sim é verdade, hoje em dia um SO não sobrevive sem um apoio sólido de apicações ÚTEIS. É aí que eu espero que a Samsung chegue.
Por acaso já toquei num Wave e achei o o bada muito like ios, mas a metade do preço.
Por isso estou a ponderar se não avanço para uma máquina destas, uma vez que acho o preço do iphone demasiado elevado.
Cumprimentos,
PS. Aguardo a análise.
Ana… Fantástico. O som estava bem mais divertido, pareceu-me uma entrevista muito descontraida com os coreanos.
Está um trabalho de referência e será certamente importante para num futuro próximo podermos enquadrar o que o Bada trará ao mercado dos smatphones.
Excelente trabalho! Parabéns!
É mais um na corrida dos smartphones…espero que venha para ficar! Agora só falta a review! 😛
[Comentário removido por violar as regras do site.]
O que é que isso têm a ver com o assunto?
Muito bom trabalho, Ana!
Gostei de ler a tua “preview” ao acontecimento, e achei a tua entrevista muito bem estruturada 🙂
Temos Jornalista
OffTopic
O pplware podia era fazer ai um benchmark dos vários portáteis existentes no mercado das várias marcas. Neste momento, estou a pensar comprar um e já não sei quais são as melhores soluções visto que o mercado mudou muito!
Bom trabalho Ana!
Agora ficarei à espera pela análise…
Muito boa entrevista e um excelente trabalho! Parabéns! É sempre bom vermos iniciativas destas na nossa língua!
Quanto ao bada, e por já termos testado o Wave, a impressão que fica é que é realmente um sistema com uma estabilidade apreciável para uma primeira tentativa.
Como já foi referido, tudo vai depender da recepção da comunidade e das aplicações. Mas uma coisa é certa: a Samsung também pretende que o bada se alastre a todos os “feature phones” e telemóveis de gamas mais baixa, substituindo de vez o SHP o que lhe irá dar uma projecção e um parque de máquinas com uma dimensão apreciável, tornando assim a aposta no desenvolvimento neste SO muito mais interessante.
Resta ver como é que esta aposta da Samsung se irá sair 🙂
Bem… Estou estupefacto! 😉
Parabéns, excelente trabalho Ana! E também fico à espera de uma review, “fisicamente”… 😀
Faltou falar do wave vs galaxy S…………:(
Calma. Cada coisa a seu tempo. A seguir teremos vários equipamentos, já em testes, para serem apresentados.
As análises não podem ser feitas com base numa utilização esporádica ou imatura, se apresentarmos uma análise errada, sem rigor, perdemos a confiança dos nossos visitantes e a dedicação, das marcas em causa, ao pplware.com 🙂
Neste teste de certeza que a Samsung vai enviar um equipamento autorizado para correr NDRive, enquanto os restantes nicles…..
Devido à magnitude da entrevista e à qualidade presente nos tópicos colocados pela Ana, fiquei com a dúvida, a Ana é colaboradora do Pplware como hobbie ou profissionalmente?
O pplware.com não tem “profissionais”. O projecto é um hobbie para todos os que compõe a equipa.
Mas percebo a dúvida. A resposta está na qualidade que o projecto tem e no que significa hoje no mercado nacional. Obviamente um exclusivo com um dos mais altos responsáveis mundiais da Samsung, deve-se ao trabalho que esta equipa tem desenvolvido e à qualidade de visitantes que mantém gravitando em seu redor.
Ora nem mais. É um projecto que vive de “teimosos”. Teimosos por teimarem constantemente em tornar este espaço melhor, por boa vontade, disposição e prazer em partilhar conhecimento.
Como hobbie, sempre. 🙂
Mas obrigada por considerar ao nível de um profissional, fico bastante lisonjeada!
Parabéns Ana pelo óptimo trabalho.
Muito bem conseguida a entrevista. A entrevista teve semppre um fio condutor bem destacado e vale a pena realçar o facto da defesa persistente e contínua do seu novo produto, por parte do staff da Samsung como era de esperar.
A minha opinião pessoal é que este sistema, nasceu e vai morrer (ou estagnar).
O Android 2.2 é realmente o sistema operativo móvel mais avançado e com mais ecalabilidade do mundo, pelo que na minha opinião profissional e pessoal, nem o iOS chega próximo do seu poder..
*PS: Para os críticos a este ideal focalizado, as aplicações no Market continuam a crescer de forma realmente evolutiva, não só em quantidade mas também em qualidade.
Abraços.
Excelente entrevista, bem estruturada e fácil de ler (E gostei da introdução, não foi logo a cair na entrevista). Realmente o que não me convenceu foi o bada, da maneira que fugiam às perguntas. Vai ser “mais um” para o mercado casual dos smartphones.
De resto, parabéns à Pplware. Acho excelente como um grupo noticioso sem fins lucrativos já está na ribalta.
Existindo o Android só vejo que a Samsung consiga vender alguma coisa excepto com vendedores bons e clientes distraídos.
Tirando isso a máquina até é boa, mas a Sansung também vai mudar (totalmente) para o android, não têm massa crítica para impor um sistema proprietário num segmento em que grande parte dos utilizadores sabem o que estão a fazer (ou pelo menos perguntam aos colaboradores/amigos).
Em segmentos de telefones abaixo de 100 euros têm talvez um hipótese, mas Samsung bada não está nesse segmento.
José Simões
O bada visará telemóveis de baixo custo. O Samsung Wave foi apenas a 1ª máquina escolhida para acolher a novidade. Segundo me foi transmitido, o bada pretende invadir a gama mais baixa de smartphones, já que corre em CPUs de “apenas” 300Mhz. Tendo em conta que os smartphones a 500Mhz com Android custam bem mais de 200€, eu penso que o bada trará máquina bem mais competitivas a nível preço-qualidade.
Com esta “Democratização”, que é como a Samsung a apelida, eu acredito que ao existirem mais dispositivos bada, o mercado de aplicações cresça igualmente e assim se forme um mercado interessante.
Vamos ver…
Parabéns pela entrevista.
Duas “palavras” chave no seu comentário:
“preço-qualidade”
“Democratização”
A Samsung já utilizou estas “armas” em outros segmentos de mercado, e teve sucesso. É esse que eles vão aplicar no bada.
* É esse Know-how…
😛
Viva!! Tenho um WAve comprado desbloqueado mas NDRIVE era uma vez……
A samsung não autorizou mais nenhum WAVE a correr o NDRIVE. Quando é para activar dá não autorizado. Procurem nos foruns que há montes de pessoal a queixar-se disto.
Se dão importância ao GPS, esqueçam o WAVE, NDRIVE Era uma vez e o resto é a pagar e bem.
Jony Bravo, O meu NDrive funciona e bem. A Samsung não anunciou que o Wave traria o NDrive gratuito para todos os que adquirissem um Wave. Tens o Route66 que funciona durante 30 dias e o Google Maps.
Foste um dos sortudos que estava na lista……
Mas na samsung app aparece o ndrive como gratuito.
Nem a própria NDRIve vende para o WAVE.
Em que ficamos!!!!!!!????
apenas uma coisa, se viesse com android comprava, mas fazer um OS… até parece que fizeram só para dizer que conseguiam.
Penso que a principal razão para fazerem outro SO, foi explicada nesta entrevista…
“Por exemplo no Android, não nos permitem incluir os nossos serviços, pois eles têm o seu próprio serviço, o Android Market. Esta é uma das razões para termos decidido implementar a nossa própria plataforma.”
O Android é open-source. Mas tem regras impostas pela Google. Se o fabricante implementar a sua própria loja, deixa de ser um Android 😛
Muito bom Ana, gostei bastante de ler!
Aguardemos então o que interessa 🙂
Excelente trabalho Ana. Boa entrevista.
Só faltou um pormenor, levares contigo o criador do “badalado”… LOL
Já agora aproveito para dizer que a minha filha e uma amiga adoraram estar ontem o Optimus Alive10, em Algés, através das entradas que o Pplware proporcionou no passatempo. Obrigado mais uma vez.
E não se esqueçam, “badalado” – oceano deste lado!!!
Ainda bem que gostaram. 🙂
Parabéns já agora pelo “slogan”!
Não acredito nesta plataforma da Samsung.A forma como a Apple e o Google se estruturaram no mercado são demasiado poderosas
Aliás a Samsung está a tentar fazer uma coisa que na realidade nunca soube fazer.Sistemas operativos está fora do seu alcance.
Esta é aliás uma das sua grandes falhas.
Tendo trabalhado com eles no passado, ao mesmo tempo que recolhia feedback dos clientes, nunca senti que tivessem criatividade para resolver o problema.
O hardware é bom, mas precisam que alguém que saiba escrever o OS.
O facto de terem ignorado a questão do Skype, e de não serem claros no que respeita ao gmail e outras ferramentas, não parece ser bom sinal.
No final é o cliente que vai ditar as regras.
E esse está cada vez a ficar mais inteligente.
Em breve http://meego.com/ será o OS mais poderoso do mercado, tal como já é o Maemo.
Embora não seja mass market permite opções sem limites ao utilizador….
Ex Nokia N900 já permite video calls através do Skype e do Gtalk, para além dos 32GB e de todo o hardware/software.Permitindo ao utilizador actualizar o software over the air.
Comparando com outros OS, este Bada parece muito amador.
A Samsung é forte, atrevida e tem vindo a crescer.
Ainda assim, nesta matéria vem por arrasto, de uma forma em geral. Não me estou a ver a saltar para um bom dispositivo como por ex. o Galaxy-S só pelas especificações técnicas.
É que o valor que a Google apresenta com o seu vastíssimo portfolio de serviços é que me interessa… e o resto, claro!