O famoso caso Dieselgate, do grupo Volkswagen, continua a dar que falar. O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) avisou recentemente que os veículos do grupo afetados pelo problema que não sejam reparados ficam impedidos de circular nas estradas portuguesas.
A Deco lançou recentemente um inquérito sobre este caso e os resultados e informações são simplesmente surpreendentes.
Mais consumo, menos potência e aumento do ruído do motor são as alterações apontadas no inquérito a 10 584 consumidores (realizado pela associação de defesa dos consumidores portuguesa, em conjunto com as associações de consumidores da Bélgica, Espanha e Itália).
Os portugueses que tiveram de voltar à oficina pagaram 957 euros para reparar os problemas causados pela atualização de software, revela a Deco.
Das 10 584 respostas ao inquérito confirmam um cenário negro:
- 55% notou um aumento no consumo
- 52% notou uma perda de potência no motor
- 37% notou o motor mais ruidoso
Alguns consumidores também se queixam de problemas mecânicos ou erros no computador de bordo, entre outros. Segundo referem, não é preciso esperar muito para sentir os efeitos: a maioria dos problemas são detetados menos de um mês depois.
No campo das marcas, que fazem parte do grupo Volkswagen, os proprietários de veículos da marca SEAT (58%) são os que mais queixas reúnem. Seguem-se os proprietários dos veículos Skoda (51%), da Volkswagen (46%) e por fim os proprietários de veículos AUDI (38%).
Regresso à oficina
Dos proprietários inquiridos, 13% voltaram à oficina para reparar danos provocados pela atualização do software. Outros 10% ainda não o fizeram, apesar de terem sentido essa necessidade. As segundas intervenções incidem maioritariamente sobre a válvula do sistema de recirculação dos gases de escape (34%), os injetores (23%) e o filtro de partículas (22 por cento).
O desespero é tal que 13% dos inquiridos portugueses confidenciaram terem reinstalado o software original para reporem o carro como era antes, algo que só pode ser feito recorrendo a canais não oficiais.
Via DECO