Delta Mobile App Hackathon 2012
Os vencedores vão a Sillicon Valley!
Durante este fim-de-semana começou o Delta App Mobile Hackathon na Universidade Católica, em Lisboa. Este evento reúne 20 equipas de 1 developer, 1 designer e 1 gestor que terão de desenvolver uma aplicação móvel, sempre acompanhadas por um investidor.
A equipa vencedora ganhará uma viagem a Sillicon Valley onde poderá tomar contacto com empresas sonantes como a Google, Facebook, Linkedin e tantas outras. O Pplware esteve lá.
Este fim-de-semana foi dedicado à formação de equipas, aprendizagem de tecnologias e modos de trabalho e começo do desenvolvimento da melhor app do mundo. Hoje de manhã, depois de uma directa frenética e um discurso motivacional do já conhecido Miguel Gonçalves da Spark Agency, as equipas terão de apresentar a sua ideia perante um painel de investidores.
De seguida, os participantes terão 2 semanas para concluir um esboço da aplicação e no próximo dia 17 de Novembro farão a apresentação final perante um painel de júris.
Ontem o dia começou com uma série de apresentações acerca de inovação e empreendedorismo. Zeinal Bava, CEO da PT começou por falar da criação e monetização das aplicações móveis, da importância do investimento na experiência de utilizador e na georeferenciação como forma de contextualizar a publicidade ao utilizador.
Ashok Rao, empreendedor de sucesso nos EUA, da TiE Global, falou acerca do outro lado do espectro. Refere que em Portugal ainda existe muito medo de arriscar, não faz parte da cultura empresarial portuguesa, ao contrário dos EUA. É necessário aprender com o falhanço e não abominá-lo.
Estiveram ainda presentes representantes de diversas startups portuguesas.
Diogo Teles, da Mobitto, falou acerca da importância do gamification, isto é, a aplicação de conceitos de game design em contextos não directamente relacionados com jogos. Um exemplo bem conhecido é o Foursquare, onde os utilizadores ganham pontos e badges por fazerem check in em sítios geograficamente dispersos.
Luis Vaz da MuchBeta, é um designer e alertou para as dificuldades de ser um verdadeiro empreendedor, sem horários. "Não pensem que vão focar nichos de mercado, vão fazer um pouco de tudo", afirmou.
Ricardo Sécio, da BestTables, um guia de restaurantes bastante conhecido, apresentou o seu caso de estudo, que em apenas 1 ano, atingiu uma dimensão muito considerável: mais de 500 restaurantes, 30.000 clientes. "É muito importante saber para onde nos dirigimos, definir o business plan desde cedo, marcar reuniões e reunir capitais de risco", aconselhou.
Frederico Cardoso, da Mark APP, apresenta a sua aplicação de realidade aumentada recentemente lançada e que permite tirar fotografias e marcar um determinado sítio, enquanto os nossos amigos conseguem ver essas mesmas fotos se passarem pelo mesmo sítio, usando realidade aumentada.
Finalmente fomos almoçar. Durante "networking lunch" foram formadas equipas constituidas por 1 programador, 1 designer e 1 gestor.
De seguida, Miguel Vicente, da Microsoft Portugal, deu uma aprentação acerca do recente Windows 8, do ponto de vista do designer, programador e gestor.
Depois de jantar... mais workshops. Design, programação e empreendedorismo foram os temas abordados.
Trabalho... trabalho e mais trabalho, noite fora.
De manhã, já Domingo., bem "fresquinhos", nada como ouvir um discurso motivacional por parte do Miguel Gonçalves da Spark Agency, quando o corpo não aguenta mais.
Às 9h começa a hora da verdade, o Investment Pitch, onde cada equipa apresentou a sua ideia perante um painel de investidores e obtém feedback útil para as próximas 2 semanas de árduo trabalho.
O Pplware estará na Universidade Católica no próximo dia 17 de Novembro para ver como tudo correu. Quem sabe, poderá sair daqui o próximo Angry Birds português!
Fotos: Facebook Spark Agency
Este artigo tem mais de um ano
Só agora é que estes tipos acordaram para a vida… Apesar de tudo mais vale tarde do que nunca.
Boa Iniciativa, Só é pena que as grandes empresas, e estes eventos só ocorram em Lisboa e não se expandam mais ao norte do pais. (Sem contar com o evento que a microsoft vai fazer no porto, são raras as iniciativas no norte do nosso pequeno pais, TAMBÉM A INFORMÁTICOS NO NORTE!!!)
Se vais por aí, também não ha iniciativas no interior do País..
Eu dei o exemplo onde vivo, nas restantes regiões não sei que eventos ocorrem, mas pela “publicidade” presumo que nenhuns também.
Vou reformular o que quis dizer, tirando Lisboa não existe mais eventos deste tipo no nosso pais.
Se te auto-denominas “INFORMÁTICO” mais vale nem ires a estes eventos.
Obrigado.
Não percebi o que quis dizer com a afirmação. Mas pelo facto de não ter justificado já significa algo.
É uma pena que qualquer evento na minha área profissional (a do artigo), ou a maioria das ofertas de emprego sejam todas em Lisboa.
Já vou ter que ir a Lisboa este mês devido ao Codebits, e como tal não podia ir novamente para este evento que pensei em participar.
É uma pena que as grandes empresas deste país, que publicitam e criam estes eventos (e bem), não usem do seu poder para descentralizar um país que foi centralizado ao máximo através do poder politico.
Não peço eventos no Porto (Portugal não é apenas e só duas cidades), pois os Portugueses de qualquer lado de Portugal são tão Portugueses como os outros e pagam também impostos (que nunca os vêm investidos na sua área de residência/distrito).
Deviam começar a fazer estes eventos em outros locais.
Já não chega o desequilíbrio a nível de serviços (sejam eles de qualquer tipo)?!
Mais uma vez digo que não falo do Porto, falo sim do interior e todo o restante território nacional que foi entregue ao abandono sem qualquer motivo ou justificação. Há pessoas que nem saneamento básico têm, e preferem dar mais luxo a alguns que já tanto têm e esperar que todos os habitantes morram, que fazer o moralmente correcto.
Mas se calhar há portugueses de 1ª e de 2ª (sou de 2ª) …
Desculpem o desabafo, mas também não disse nenhuma mentira nem insultei ninguém. Quanto ao argumento de que não vale a pena o investimento, é um carrossel/ciclo vicioso que só tem um cenário possível: desertificação do interior do país, desertificação de algumas zonas do litoral … e no fim os Portugueses ou são do Porto ou de Lisboa.
Não é por causa deste evento acontecer em Lisboa que o mundo cai, mas grão a grão …
P.S: Boa Sorte aos participantes 😉
Errata:
“Mais uma vez digo que não falo do Porto, falo sim do interior e todo o restante território nacional que foi entregue ao abandono sem qualquer motivo ou justificação. Há pessoas que nem saneamento básico têm, e preferem dar mais luxo a alguns que já tanto têm e esperar que todos os habitantes” desses locais abandonados “morram, que fazer o moralmente correcto.”
Faz falta um botão para editar comentários 😉
António,
Este evento foi organizado por estudantes de dois núcleos estudantis de duas universidades de Lisboa, a saber, IEEE-IST Student Branch e BET – Bring Enterpreneurs Together, que durante meses trabalharam para que tal acontecesse.
De facto é pena estes eventos não existirem em outros locais do país, mas agora que foi provado que os estudantes conseguem fazer um evento destes acontecer, espero que outros grupos de várias universidades percebam que tal é possivel.
Uma sugestão que deixo, é contactarem grupos de estudantes de universidades perto de vocês, ou em que tenham andado, para motiva-los a criar e potenciar iniciativas como o Delta App.
Aproveito ainda para parabenizar e agradecer ao PPLWARE por este artigo!
Obrigado pela educada resposta.
Claro que quando as coisas são organizadas por estudantes de Lisboa é perfeitamente normal que seja esse o local do evento, mas falava de forma geral (como compreendeu).
De facto o mais importante a retirar daqui é a possibilidade de realizar eventos destes sem esperar que outros o façam por nós.
Cumprimentos.
P.S: Dou também os parabéns à Pplware, só lamento não terem dado atenção também ao Innovation Challenge da PT e Galp no ano passado 😉
António… para cobrir alguns eventos e ter essas informação… precisamos de vós, leitores atentos e participativos. Ainda não conseguimos estar em todos os lados 🙂 mas muitas vezes, temos o vosso suporte, o que para nós é importantíssimo.
😉
Meu caro, muito rapidamente quero dizer-te que muitos eventos deste género foram feitos. Desde Mirandela até Coimbra e mais uns quantos. Eu de lisboa já fui a Braga…e nem queiras saber como porque não tinha dinheiro…e mais estão agendados. Pesquisa os eventos como soluções e não os vejas os eventos como problemas…e Lisboa também precisa, bem mais devido à dimensão geográfica…
Acredito Paulo, mas por minha experiência a grande maioria é na capital – peço desculpa se estou errado, mas é a minha experiência.
Não digo que sejam todos, mas os mais relevantes e aqueles que mais facilmente me chegam aos ouvidos são todos, sem excepção, em Lisboa.
Eu não vejo os eventos como problemas, muito pelo contrário, apenas acho que podiam muitas vezes ser usados para combater algo que irá dar barraco no tempo dos nossos filhos/netos (se tivermos a felicidade de ter uma vida estável para ser pais que os tempos estão difíceis).
Cumps.