Colecção da Apple guardada em Arquivo histórico
Conhecemos a Apple pela beleza e genialidade dos seus produtos, pela controvérsia de opiniões que giram à volta da marca, e pelas polémicas notícias acerca de patentes e rumores. Mas a Apple é muito mais que isso, é um conjunto de momentos marcantes que fizeram história, e precisam ser recordados. Para isso, a Apple doou a sua biblioteca à Universidade de Standford, onde parte da sua história pode agora ser revivida.
Já desde 1980 que a Apple reunia materiais com o objectivo de criar um museu com a sua própria história. Mas, no ano de 1997 Steve Jobs doou o arquivo que havia reunido com momentos e objectos marcantes, à Universidade de Standford que, neste momento, detém a maior quantidade de materiais da marca e da sua história.
A Apple Computer Collection, assim designada, encontra-se no Arquivo Silicon Valley da Universidade, ocupando uma área de 183 metros, em estantes, e oferece aos fãs e investigadores uma nova forma de ver a tecnologia e uma extraordinária e exclusiva perspectiva da história da Apple, a não perder.
Segundo a historiadora da Universidade de Standford, Leslie Berlin “Através desta colecção, é possível traçar a evolução do computador pessoal […] Estes documentos são o mais perto que alguém pode chegar de conhecer a história não contada pela comunicação social”. Já o restaurador de arte Henry Lewood refere que os materiais que compõem a colecção demonstram que os fundadores da empresa “estavam a fazer algo espectacularmente novo”
Veja os vídeos:
Depois de ter sido doada, a colecção foi ampliada com o tempo, com doações feitas por funcionários e ex-executivos entusiastas da Apple.
Na Apple Computer Collection constam vários objectos de valor histórico para a tecnologia e não só, como projectos para futuros produtos, fotografias de co-fundadores da empresa ainda em idade jovem, manuais de utilizador, recortes de revistas, anúncios de televisão, camisolas da empresa e ainda manuscritos dos épicos discursos de Steve Jobs.
O arquivo demonstra-se tão rico e variado, que nele foram também incluídos vídeos como filmagens em que Steve Jobs e Wozniak contam como escolheram o nome Apple “… Lembro-me de conduzir pela auto-estrada 85, quando Jobs comentou ‘tenho um nome: Apple Computer’.. continuamos a pensar em nomes alternativos, mas não conseguimos encontrar outro melhor” indica Wozniak, e Jobs explica que “Lembro-me que trabalhava na Atari e pensei que, com o nome Apple, ficaríamos à frente na lista telefónica”.
Veja algumas fotografias da Apple Computer Collection:
Ainda na colecção podem-se encontrar livros de contabilidade das vendas da Apple II, o primeiro nome comercializado em massa pela empresa de Cupertino, o registo com data de 1976, do empréstimo da fundação da empresa, e fotografias de Steve Jobs nos tempos em que se encontrava na NExT, altura que saiu da Apple. A coleção ainda possui uma carta de 1976, onde um editor, que tinha acabado de conhecer Jobs e Wozniak adverte os restantes colegas destes “este “palhaço/brincalhão (Jobs) vai ligar-vos… estes são dois rapazes que constroem kits, e trabalham numa garagem”
Outro vídeo que a colecção regista, é o realizado, e apresentado num encontro em Hawai, no ano de 1984 em que os executivos da Apple executam Blue Busters, em referência à rival IBM. [Associated Press]
Veja esse vídeo:
No entanto, a Associated Press visitou a sala climatizada na região de São Francisco, mas a universidade não autorizou a divulgação da localização do espaço.
Momentos, objectos e memórias que decerto vale a pena guardar e recordar, uma vez que são uma parte importante da história da tecnologia e do mundo como o conhecemos actualmente. Uma colecção criada não apenas para os utilizadores/fãs da Apple, mas sim para todos aqueles que se interessam pela evolução e inovação da tecnologia, e especialmente em produtos de uma marca que, sem dúvida. faz a diferença também pela sua história.
Este artigo tem mais de um ano
Só uma pequena chamada de atenção! Este arquivo não está acessível a quase ninguém, ao ponto de a sua localização ser secreta. Talvez, quem sabe, venham depois a fazer alguma coisa acessível ao público.
Tens razão, já foi adicionada essa informação que, por lapso, não constava no artigo.
A colecção é, verdadeiramente rica quer a nível de materiais quer a nível da história que alberga. E, de facto penso que irão repensar e colocar à disposição do público.
“Vale do Silício” ?!?! A sério?
lold
Yap!
A não ser que seja o vale do silicone.
Por acaso Vale do Silício tem tanto valor como “Lisbon” ou “Nova Iorque”; Mas para os mais distraídos, foi alterado, mas soar a “correcto”.. ou será correct? Vou pesquisar..
Bom ano
BLUE BUSTERS !!!