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China quer proibir mineração de criptomoeda porque entende ser um desperdício de energia

Minerar criptomoedas, ou, de forma mais simplista, fabricar as moedas virtuais, consome muita energia. Já no passado investigadores mostraram que minerar bitcoin consome mais eletricidade que 20 países europeus. Agora, a China parece não estar pelos ajustes e quer mesmo banir a mineração no país. Segundo o gigante asiático, este é um desperdício de energia estúpido.

No início desta semana, as entidades reguladoras chinesas consideraram a proibição da mineração de criptomoedas como uma atividade económica “indesejável”.


A China é o país com mais mineração de criptomoeda

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC) publicou um novo documento que inclui uma proposta para proibir a mineração de criptomoedas como bitcoin. Na base desta decisão estão preocupações ambientais. Segundo esta comissão, a mineração criptográfica é um desperdício de recursos valiosos. Torna-se num facto que é difícil discordar quando existem dados sobre o seu terrível impacto ambiental.

Criptomoedas como bitcoin são extraídas usando computadores dedicados que absorvem uma enorme quantidade de energia. Esse consumo de energia atualmente rivaliza com a quantidade usada por países inteiros para operações normais. Esta atividade está a causar danos significativos ao planeta, referem os especialistas.

Como o South China Morning Post aponta, as regiões dependentes da China, como Xinjiang e a Mongólia Interior, tornaram-se destinos populares para os mineiros à procura de eletricidade barata.

 

Minerar poluiu o planeta de forma silenciosa

Estima-se que até 74% da mineração global de criptografia esteja a acontecer na China, um lugar onde é também o mais carregado em carbono. De acordo com um relatório recente na Nature Sustainability, a mineração criptográfica emite entre 3 milhões e 15 milhões de toneladas de dióxido de carbono em todo o mundo.

Há um mito, que vem desde a origem das criptomoedas, de que o dinheiro é falso. Diz-se que as moedas como a bitcoin, por exemplo, não dependem da sociedade como um todo para operar. Isso é falso. A bitcoin e outras criptomoedas dependem da infraestrutura moderna e energia barata para permanecer nos negócios e, uma vez que os governos começam a reprimir as moedas criptografadas, tornam-se um ativo menos atraente para as instituições financeiras tradicionais e para os consumidores.

Como referem vários especialistas, o Bitcoin tornou-se pouco mais do que o “culto da morte de um especulador”. Além disso, referem que a quantidade de criptomoedas hoje existentes estão a causar danos ao planeta. E, embora o governo chinês tenha noutros parâmetros muito que evoluir, neste caso, a proibição da mineração de criptografia parece, na ótica dos responsáveis chineses, um movimento perfeitamente sensato diante do desastre ambiental global.

 

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