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China está a usar o LinkedIn para recrutar espiões

A China tem uma relação muito particular com o Ocidente. Economicamente há uma co-dependência, mas regista-se uma eterna rivalidade e desconfiança entre ambos. O mais recente caso remete para isso, devido ao facto de a China estar a usar o LinkedIn para contratar espiões.

A espionagem tem como principal alvo os países ocidentais, especialmente os Estados Unidos da América. Algo surpreendente neste caso é o facto de estar a ser usada a rede social da Microsoft para o efeito.


Segundo a imprensa internacional, têm sido vários os antigos executivos de governos ocidentais a receber contactos da China para envergarem em projetos de espionagem para este país. Os indivíduos são abordados sobretudo por empresas de recrutamento com propostas aliciantes e com promessas de “remunerações bastante consideráveis”, “acesso ao sistema de investigação chinês” e muito mais.

A procura é feita especialmente por antigos elementos de entidades governamentais devido aos seus conhecimentos e por estarem mais sujeitos a aceitar um novo desafio profissional na sua carreira. Os serviços secretos dos países ocidentais já estão a par da situação e a investigar o assunto que afeta milhares de cidadãos que são aliciados para as atividades de espionagem chinesa.

We’ve seen China’s intelligence services doing this on a mass scale. Instead of dispatching spies to the U.S. to recruit a single target, it’s more efficient to sit behind a computer in China and send out friend requests to thousands of targets using fake profiles.

| William R. Evanina, diretor dos serviços secretos e de segurança nacional dos Estados Unidos da América

Estes episódios de espionagem por parte da China não são novos, mas o uso do LinkedIn para estes fins é inédito. Não obstante, no passado já ocorreram casos de propagação de desinformação por parte da China usando o Facebook e o Twitter.

Desta vez, o uso do LinkedIn é justificado pelo propósito da plataforma. Ao ser uma rede social especializada em criar contactos profissionais, é o meio indicado para aliciar cidadãos ocidentais a tornarem-se espiões ao serviço da China. Para além disso, o LinkedIn é uma das grandes redes sociais que não estão bloqueadas na China.

Os episódios de espionagem não se limitam apenas à China e ao LinkedIn…

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