Avião da TAP cruza-se com drone durante a aterragem
Nos últimos tempos, várias têm sido as notícias sobre a presença de drones em áreas perigosas, com especial foco nos aeroportos.
Na noite passada, uma nova ameaça surgiu, quando um drone se cruzou com um avião da TAP quando este se preparava para aterrar no aeroporto de Lisboa.
Quer sejam modelos brinquedo, ou mais profissionais, nos últimos tempos tem-se assistido a uma massificação do uso de drones. Embora estas aeronaves pareçam inofensivas, podem representar verdadeiros riscos para a segurança quer das pessoas e zonas circundantes, como para o funcionamento de aeroportos, hospitais, bases militares ou outras áreas especiais.
Nos últimos tempos, têm sido vários os relatos e notícias de incidentes com drones, com especial destaque para os perigos associados às manobras deste tipo de aeronaves junto aos aeroportos, colocando em risco o normal funcionamento destes espaços e colocando em risco as manobras de aterragem e descolagem dos aviões.
Avião da TAP cruza-se com drone a 700 metros de altitude
O último caso relatado aconteceu na noite passada às 21 horas, onde um Airbus 319 da TAP, proveniente de Milão, se cruzou com um drone a 700 metros de altura, quando o avião se encontrava à vertical da Ponte 25 de Abril, na zona de Alcântara, e se preparava para aterrar no Aeroporto de Lisboa.
A NAV Portugal (entidade responsável pela gestão de tráfego aéreo) confirmou à Lusa o incidente, identificando-o como o segundo no prazo de duas semanas, após um avião da companhia TVF ter necessitado de efetuar manobras para se desviar de um drone a 450 metros de altitude quando se preparava para aterrar no Aeroporto do Porto a 1 de Junho.
O tipo de drone usado não foi mencionado, ficando a dúvida no ar sobre o tipo de modelo usado. Embora a palavra drone direccione automaticamente para os modelos mais conhecidos da DJI, como o Phantom, Mavic Pro ou Inspire, o termo "drone" pode englobar vários tipos de aeronaves diferentes das mais conhecidas.
A legislação em Portugal permite este tipo de voo?
Em Portugal, a legislação em vigor, regulada pela ANAC, proíbe os voos acima dos 120 metros em áreas não restritas, sendo necessário licença para voar acima desse valor, além deste valor ser ainda mais restrito nas proximidades dos aeroportos.
Tal como podemos ver na aplicação Voa na Boa, nas zonas circundantes do aeroporto, o limite de altura junto à Ponte 25 de Abril do lado de Almada está limitado a um máximo de 60 metros de altura, enquanto a zona identificada como local do incidente é identificada como zona proibida de voo.
Pegando no exemplo de uma das marcas de maior sucesso no mundo dos drones, a DJI, segundo os dados oficiais, um Phantom 4 Pro atinge teoricamente uma altitude de voo de 6000 metros quando preparado para um voo de alta altitude. Embora teoricamente seja possível um drone subir a essa distância, alguns drones estão limitados a 500 metros de altura, podendo ou não este limite ser removido.
Este incidente resulta então na utilização indevida de um drone preparado para voos com maior altitude, deixando patente a irresponsabilidade do piloto que decidiu não acatar as leis que regulamentam este tipo de aeronaves, colocando em risco a vida de 130 passageiros.
É possível controlar este tipo de incidentes?
Com a introdução da legislação em Portugal que regulamenta a utilização de drones, era esperado uma maior cautela por parte dos pilotos no manuseamento deste tipo de aeronaves. Embora muitos optem por seguir as regras, existem sempre outros que preferem arriscar, colocando em risco a segurança daqueles que os rodeiam, especialmente quando as manobras são feitas junto a locais de perigo como aeroportos.
Após várias notícias referenciando incidentes com drones e com algumas pressões de entidades à mistura, a DJI tem introduzido nas últimas atualizações de firmware dos seus drones uma obrigação para um registo de conta por parte do piloto, assim como um reforço na proibição de voo em certas zonas. Através do uso do GPS, a marca chinesa tem conseguido implementar as restrições de localização específicas de cada país, fazendo com que o drone não levante voo quando se encontra numa zona de voo restrito.
Embora esta medida ainda seja reversível através da instalação manual de um firmware anterior a esta implementação, a DJI começa aos poucos a introduzir algumas medidas que ajudam a impedir este tipo de acidentes.
Estas novas medidas não são de agrado de todos, prejudicando especialmente os profissionais da área que contam agora com mais uma burocracia para realizar o seu trabalho, mas acaba por ser uma medida que pretende aumentar a segurança no manuseamento dos drones, acabando alguns por pagar pela irresponsabilidade dos outros.
Este artigo tem mais de um ano
Aeroporto Sá Carneiro em LISBOA?? Manda a prudência pesquisar primeiro antes de publicar alguma coisa.
Corrigido o lapso 😀
O sono ontem já não ajudou à atenção. Obrigado pelo reparo.
Enfim….não podem ver um lapso simples de quem trabalha , que vêm logo para aqui por-se em bicos de pés e mostrar que pensam ser melhor que os outros em tudo, menos na boa educação! Enfim…. Autores de palhaçadas.
Afinal foi no Aeroporto Sá Carneiro ou foi em Lisboa ?
Foi em Lisboa. O avião sobrevoava a ponte 25 de Abril na zona de Alcântara.
Era um erro que já foi corrigido 😀
em s. francisco não foi. o aeroporto fica a sul da cidade.
Eu tenho um drone, seguro de terceiros e carta para pilotar devido às exigências do país onde habito. considero k voar a mais de 100 metros é uma inresponsabilidade e um perigo. Um drone de 1 kilo caindo de uma altura de 600 metros equivale a 6x mais o seu peso! Mata uma pessoa! Deveria dar prisao voar a mais de 100 metros de altitude! Para correção do texto os dji não voam ate 6000 metros de altura. Voam até 6000 metros de altura do nível do mar… Tem a ver com a pressão atmosférica. Se tiverem numa montanha à altitude de 6001 metros ele não vai conseguir voar… E já a bem 1 ano k teem implementado o Skysafe onde através do gps não deixa descolar o drone nas proximidades dos aeroportos (5km) e estádios!
O Skysafe não era uma solução totalmente efetiva e não resolvia os problemas da dji nestes pontos. Agora com o novo firmware, os cuidados começam a ser outros e o cerco começa a apertar.
Por causa de bestas quadradas e irresponsáveis, um dia destes proíbe-se o voo com este tipo de aeronaves. E claro que a proibição, não irá resolver o problema.
Tem que haver coimas pesadas, apesar de eu achar um pouco inutil para o meu dia dia os drones admito que ha quem tire rendimento e diversao com os mesmos.
Agora apelar à responsabilidade e à proibição não chega, porque já sabemos como é o ser humano.. coimas não resolvem a 100% o problema, mas ajuda bastante. Neste momento, conduzir estes brinquedos é quase como conduzir um automovel ao telemovel e não levar multa..
Obriguem o registo imediato de todos os modelos com se faz nos EUA; fica resolvido
É possível controlar este tipo de incidentes?
Claro que sim, nao vendam a INÚTEIS.
Tempos idos, a este tipo de pessoas, era dito que se nao tinham mais nada que fazer…tirassem a pilinha para fora e brincarem com ela, como uma certa categoria de individuo-os nao consegue resistir as MODAS, sejam elas quais forem, neste caso os drones, o melhor era fazerem o registo de todos os existentes, exigir um seguro de responsabilidade civil…MUITO ELEVADO, para desencorajar os brincalhões, e um exame e respectiva licença ANUAL, e de custo MUITO ELEVADO. Claro que muitos poucos iriam cumprir, dai levavam com MULTAS ELEVADÍSSIMAS, acrescidas de outras “benesses”, tipo serviço comunitário, e em ultimo caso para os repetentes…PRISÃO EFECTIVA.
ATENÇAO, que este tipo de comportamento é hoje em dia aceite como NORMAL, e corriqueiro, bom sensso e maneiras, sao características cada vez mais raras, se nao acreditam vejam:
Acabei de ler que durante o incendio no prédio em Londres, onde morreram 17 pessoas, enquanto em desespero cidadãos e bombeiros tentavam fazer algo para por cobro há tragédia, um dito CANALHA, dedicou-se a abrir os sacos que continham os cadáveres, fotografa los e colocar as fotos “live” nas redes sociais. Nao vale a pena dizer mais nada, é para isto que servem os smartphones, que tanto publicitam aqui e noutros lugares ?
Claro que a culpa nao é do drone, ou do smartphone, mas o que fazem com eles.
Ao invés de ensinar os putos a programar, com tenra idade ou a distribuir-lhes smartphones desde o berço, que tal EDUCÁ-LOS !!!
E como saber que é um inútil?
Em parte concordo contigo, eu à pouco tempo adquiri um Drone (que ainda não chegou) e no entanto sinto me na obrigação de entender as Leis que rodeiam todo este “novo” mundo. Concordo sim em registar os Drones e ter um seguro de responsabilidade Civil, não precisa de ser muito elevado, mas algo que já desse a entender que o que têm nas mão pode ser uma arma de arremesso. (Considero Drone elementos voadores acima de 1 kilo ou maquinas fotográficas voadoras).
Por exemplo no caso do meu drone, após o registo de uma conta e do modelo e após 72 horas de voo em simulador é que ele me deixa fazer conexão ao drone e me deixa po-lo no ar.
Muitas marcas já têm nas suas próprias apps “Avoid Restricted Areas” e simplesmente o Drone volta para traz.
Agora prisão, serviço comunitário…. Isso é muito extremista…. (na minha opinião)
Para quê?
Vou ser extremista agora, vê se percebe esta analogia:
Também, no teu PC tens certamente algo ilegal, algo que é preciso licença ou algo que exige treino para executar, no entanto, não pagaste provavelmente os direitos de autor, ou o software ou não tiveste aulas para executar o programa nas melhores condições e não vais preso por causa disso.
E se calhar a pirataria é mais devastadora do que mandar um drone ao ar. (Percebes o que te quero dizer??)
Eu não estou a defender ninguém só acho que não é preciso ser tão hardcore nas resoluções dos problemas.
(a minha resposta foi baseada no teu comentário que vai da frase “É possivel…… até……. PRISÃO EFETIVA.)
Por curiosidade, que drone compraste?
E que tal tratarmos a utilização de drones como fazemos a utilização de viaturas? Afinal com certos delitos é possivel ter prisão
Faz sentido pensar numa solução que inclua no software só próprio dorne, limitações nas zonas onde voam? Muitos funcionam com antenas GPS certo?
É mesmo isso que a dji já implementou mas que está a restringir ainda mais
Tudo é hackavel, a solução passa por drones com inteligencia artificial para neutralizar outros drones, serão drones azuis com capas vermelhas e as mortes serão reduzidas em 70% nas zonas ricas e 35% nas pobres.
Eu tenho uma sugestao, munir os avioes com tecnologia para “abater” drones num raio de X metros com um bloqueador de frquencias para as frquencias em que operam os drones.
Enquanto nao houver um acidente grave ninguem toma consciencia do mal que fazem ao operarem os drones sem qualquer cuidado.
depois cai em cima de uma pessoa e temos uma morte.
Nunca erraram? É preciso dirigirem-se dessa forma para fazer um simples reparo a um erro inocente?
Indo ao que interessa, obrigado pplware pelo trabalho que têm feito!
Deveria de existir uma espécie de “drone jammer” nessas áreas críticas…assim mesmo esses inúteis que criam riscos desnecessários ficavam impossibilitados de fazerem porcaria.
A minha pergunta é se esses “jammers” não interferem com o normal funcionamento de aeroportos por exemplo?
Era simples… das duas uma… ou registavam os donos dos drones na altura da compra ou então era radicais…proibidos em Portugal!
Porque as pessoas falam e falam… quando tiverem dentro de um avião e o mesmo tiver que fazer uma manobra de evasão por causa de um drone, e por acaso, pode acontecer… cairem ou baterem com a cabeça na janela do avião por causa dessa mesma evasão… vão pensar duas vezes!!
(sarcasm on)
Qualquer dia é possível ir de Lisboa a Nova Iorque… De drone!
Em vez de um aeroporto não querem construir uma espécie de área de serviço para… Drones??
(sarcasm off)
Qualquer insturmento até uma faca de cozinha pode fazer algo de muito desastroso se nas mãos erradas. Há bem pouco tempo um piloto se queixou de um laser que quase cegou um piloto? É bem possível. Não acre dito que um drone faça muita mossa num avião, no entanto eu vivo de fazer imagens aéreas e nunca nem passei perto de um avião já que não vôo NUNCA a mais de 400 pés altitude reservada à aviação civil. Basta seguir esta regra e não existirá nenhuma interferência entre um UAV e uma nave tripulada. Acredito que os pilotos tenham excelentes sentidos entre os quais a visão mas avistar um “objeto” de 50 cms no ar é extremamente difícil…e muito menos à velocidade que uma avião se desloca que exista alguma manobra a fazer para evitar seja o que fôr…também acredito que os pilotos se possam enganar e confundir um UAV com um balão metereológico ou qualquer outra espécie de ovni e que a primeira coisa que lhes venha à cabeça seja a palavra drone.
Também me faz confusão eles conseguirem ver um drone à velocidade a que o avião vai…
Gostava de saber se os aviões têm algum tipo de registo (câmara de filmar) no cockpit, porque se não têm, acho que os drones vão dar muito jeito para possíveis erros de pilotagem no futuro.
Vocês vão o que está porcaria do uso indevido dos drones, ainda vai dar. É uma irresponsabilidade dos seus utilizadores. O que me espanta, é que poem-se a exercer estás actividades perigosas e outras, sem haver legislação regulamentar. Quando houver um problema grave, vamos ver quem são os responsáveis,o trabalho que vão dar à justiça – que somos nós que pagamos e depois fica tudo em branco e a culpa solteira. Investiguem e metam esses malfeitores na prisão, antes que se percam vidas.
qd vir um bicho destes a sobrevoar a casa vai haver chumbo…
Claramente e daquelas coisas que acontece em Portugal. Noutro país tinham atacado a força aérea e os militares para patrulhar em a zona do aeroporto e apanharem o fulano. Porque o driver põe até atingir uma certa altura mas o dono não devia estar assim tão longe em terra. Os drives devia emitir algum tipo de sinal com número de série público e id do dono. Ia acabar com o problema.
Medidas que eu propunha a quem quisesse comprar um drone com capacidade de voar até pelo menos 100 metros de altitude:
– Obrigatoriedade de registo do drone;
– Obrigatoriedade de tirar uma licença, com noções básicas do que pode e não pode fazer (pelo menos a legislação, eu não posso filmar as outras pessoas sem consentimento, etc);
– Obrigatoriedade de seguro de responsabilidade civil;
– Colocação de sinalética a partir de onde é proibido usar drones;
– Os Municípios deviam também fazer um pequeno esforço para por exemplo criar zonas onde se pode utilizar os drones, afastando as pessoas das zonas mais complicadas (especialmente nos grandes centros urbanos);
Julgo que já minorava bastante o problema.
Ler de cruz dá sempre disparate, para além da falta de conhecimento. O Airbus estava na vertical da Ponte 25 de Abril, ou seja a “alinhar” com a pista para aterrar, atravessando Lisboa no sentido Ponte 2ª circular
Trata-se um momento delicado em que a tripulação tem que reduzir velocidade, mantendo a sustentação do aparelho, o mesmo deverá “tocar” na pista cerca de 250 a 300 km hora, se não erro e claro em descida controlada
Não tem nada a ver com a velocidade de cruzeiro a 900 km/h a 30.000 pés
Por experiência própria, estava no cockpit, um Fokker 27, turbohelice, no exacto momento de abordar a pista depara-se com um “papagaio” e ondular à sua frente, teve que tentar desviar-se e quase que se “rezou” para que o fio não se tivesse enrolado na helice
Sobre os drones meios drones, é como tudo há sempre os “espertos” que se acham dono do mundo, até com uma bicicleta a pedalar por cima do passeio no meio das pessoas ou dos carros em sentido contrário
Hoje mais um avião da AeroVip a chegar a Cascais… é o que eu digo…quando houver um acidente com um avião, a serio, é quando vão mudar as leis… e dps já vão tarde, infelizmente…..!!!!
Aeromodelismo já existe há mais de 50 anos. É de estranhar que só agora é que começam a criar problemas…talvez desde que começaram a meter camaras a bordo…existe muita gentinha com medo de que possa estar a ser filmado no interior da sua fortaleza….
Não metas o aeromodelismo ao barulhos sff.
Dentro da minha fortaleza existe uma coisa direito de imagem, se for na via publica não, mas não minha fortaleza existe.