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As cores até então invisíveis do nosso satélite natural, a Lua

O único satélite natural da Terra, a Lua, cativa a curiosidade do ser Humano há milhares de anos. Aliás, desde que temos a sapiência suficiente para olhar para o céu e questionar a natureza dos astros e pontos de luz que nos rodeiam. Assim, é com naturalidade que vemos o nosso astro vizinho a revelar agora novos “tons”.

Tudo isto graças ao trabalho do astrofotógrafo, Andrew McCarthy que nos mostra agora a Lua a cores. Sim, uma representação a cores, baseada na abundância de certos metais na sua superfície.


Estamos habituados a contemplar o nosso satélite natural nestes tons de cinza. Principalmente devido à luz solar que por si é refletida, e tal como é percecionada na Terra. Contudo, tal como qualquer outro astro telúrico, a nossa Lua possui vários metais na sua composição. Elementos utilizados nesta paleta de cores.

A Lua, o nosso satélite natural e as suas cores “secretas”

Este mesmo fotógrafo, que já nos tinha presenteado com uma foto da Lua em alta-resolução, resolveu agora colorir o nosso satélite natural. O resultado final é inegavelmente cativante e, diria, inesperadamente belo. Isto devido à grande variação da concentração dos materiais presentes na superfície da Lua.

Assim sendo, com a finalidade de nos dar uma perspetiva única deste astro, Andrew McCarthy deu a conhecer a seguinte imagem. A mesma, abaixo, foi publicada primeiramente na plataforma Reddit e, em seguida, já fez as manchetes em vários países, incluindo em Portugal. Por conseguinte, podemos agora observar a sua criação.

Com o intuito de representar fielmente a distribuição dos vários elementos metálicos na superfície do satélite natural, o fotógrafo baseou-se em mapas geológicos detalhados. Em seguida, diz ter extraído as informações de cerca de 150 mil imagens do astro para que possamos agora contemplar as suas “cores”.

Uma visão única a partir da Terra

Antes de mais nada, McCarthy já nos havia providenciado uma imagem em alta definição da “super-lua”, com 225 megapíxeis. Assim, o fotógrafo revela ter redimensionado o arquivo para uns modestos 64 MP para evitar perder detalhes ao processar repetidamente o arquivo. McCarthy afirma o seguinte:

A cor já se encontrava presente naquela fotografia (super-lua), escondida atrás do albedo da Lua e representa o conteúdo mineral da mesma.

 

Por albedo define-se o coeficiente de reflexão de um corpo. Por outras palavras, a relação entre a quantidade de luz refletida por um corpo não luminoso e a quantidade de luz que nele incide. Assim sendo, vemos agora uma faceta do satélite natural da Terra que permanecia oculta. Algo que McCarthy explica através do Reddit:

Ao passo que as minhas imagens anteriores mostravam o detalhe que os nossos olhos podiam ver se tivessem mais resolução e nitidez, esta foto mostra aquilo que poderíamos ver se os nossos olhos fossem mais sensíveis à cor.

Por fim, podemos ver uma forte incidência do azul. Algo que se deve ao alto teor do metal titânio nessa região da Lua. Já, por outro lado, os tons laranjas indicam um diminuto teor deste mesmo metal (titânio) na rocha basáltica que reveste a superfície do satélite natural.

Como classifica esta nova representação do satélite natural da Terra?
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