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Apple em forte queda, Xiaomi e Huawei em alta e Samsung no topo

A agência IDC partilhou o seu mais recente relatório referente ao primeiro trimestre de 2019. Aí, temos o volume de smartphones vendidos nos primeiros três meses do ano, além das quotas de mercado das principais fabricantes. A Samsung lidera, a Apple e Nokia caem, a Xiaomi e a Huawei em crescendo.

Há, desde logo, uma contração de 3,3% no volume de smartphones vendidos face a 2018.


Em primeiro lugar, cumpre realçar que este relatório engloba o mercado da Europa, Médio Oriente da África. Por outras palavras, os mercados que compõe a sigla EMEA, ficando assim de fora a China (maior mercado mundial de smartphones), a Índia (2.º maior) e os EUA (3.º maior mercado).

A Europa e os demais mercados EMEA

Assim, nos primeiros três meses de 2019, sentimos uma contração significativa face aos valores registados em 2018. Já em termos do valor monetário associado à massa de smartphones vendida, há também uma queda estimada de 10%, ou cerca de 26,8 milhões de dólares que não foram gerados neste trimestre.

Ao mesmo tempo, como margem de comparação estamos aqui a utilizar o período homólogo de 2018, portanto, o 1.º trimestre de 2018. Foi também esta a métrica e esquema de análise adotado pela IDC, pelo que nos parece ser esta a melhor abordagem. Já em seguida, detalharemos as principais fabricantes.

 

Acima podemos ver o resumo dos dados partilhados pela IDC. Nos mercados EMEA a Samsung continua a liderar, com a Apple a a Nokia (HMD) em queda. Já, por outro lado, a Xiaomi e a Huawei continuaram a crescer significativamente ao longo do período em análise.  Algo que se poderá inverter no futuro.

A Samsung contrai mas mantém a liderança

Nos EMEA, a Samsung mantém a liderança, tal como no mercado global. Com efeito, a Samsung mantém uma quota de mercado de 29,47% no primeiro trimestre. Uma cifra que se traduz em 15,7 milhões de smartphones vendidos neste período, ainda que a sua quebra tenha sido de 6,82%.

A Samsung mantém assim a sólida liderança sobre a segunda classificada, Huawei, similar nas vendas no período em questão. Ainda assim, certo é que ao contrário da sua rival chinesa, a Samsung derrapou ligeiramente. Note-se, contudo, que a geração Galaxy S10 pouco impacto teve neste trimestre.

Esta é uma das primeiras conclusões que podemos retirar do relatório da IDC. Aliás, o mesmo foi recentemente partilhado por Marta Pinto, analista desta agência. Já para nós, portugueses, torna-se particularmente interessante por se analisar especificamente a Europa, além das duas outras regiões.

Novamente em crescendo temos a Huawei e Xiaomi

E se a Samsung derrapou, a Xiaomi e a Huawei cresceram significativamente. Aliás, vemos a Huawei com 25,39% de quota de mercado. Uma cifra que corresponde a 13,5 milhões de smartphones  vendidos e com um crescimento incrível de 66,13%. Na prática, estando já muito próxima da líder, Samsung.

Por sua vez, a Xiaomi conta agora com 5,55% de quota de mercado. Um valor que se traduz em 2,9 milhões de smartphones vendidos nestes meses e um crescimento notório de 33,26%. Face ao período homólogo de 2018, a Xiaomi deu um bom salto, mas foi a Huawei quem realmente surpreendeu.

De acordo com o testemunho de Marta Pinto, os ganhos da Huawei e Xiaomi foram conseguidos às custas da quota de mercado da Apple. Com efeito, foi a tecnológica norte-americana a que mais contraiu no período em análise, dando lugar ao crescimento forte das rivais chinesas.

A Apple foi quem mais caiu – 23%

A Apple teve o pior resultado de todas as fabricantes apresentadas nesta tabela com o Top 5 das fabricantes. Ainda que a Nokia não esteja muito longe (percentual de queda), foi a tecnológica de Cupertino quem mais contraiu. Vemos, assim, uma contração de 22,73% da Apple face ao 1.º trimestre de 2018.

Já, por outro lado, a Apple tem uma quota de mercado de 14,74%, estando assim em terceiro lugar. Na prática, vendeu 7,8 milhões de smartphones (iPhones) nos primeiros três meses do ano. Ainda de acordo com a IDC, esta foi a pior prestação da Apple nos últimos 5 anos.

O volume de vendas abrandou e os consumidores mantêm os seus dispositivos durante mais tempo. A Apple foi a que mais sofreu com a contração do mercado e com a concorrência chinesa. Como tal, os seus resultados trimestrais foram baixos, Marta Pinto (IDC).

A Nokia (HDM) também derrapou – 21,86%

Popular e destacada pelos seus smartphones com Android puro, a Nokia, sob a alçada da HMD Global, também caiu. Os fatores para tal prendem-se sobretudo com a crescente popularidade das fabricantes chinesas. Marcas como a Huawei e Xiaomi continuam a ganhar terreno, sobretudo na Europa.

Vemos assim uma retração da Nokia que pode ser colmatada com os seus novos lançamentos. Sobretudo agora, para o segundo e demais trimestres do ano. Perante a incerteza que já vela a Huawei, empresas como a Xiaomi e sobretudo a Nokia podem aproveitar este enquadramento para se destacarem.

Terminando a análise, no período em questão, a Nokia (HMD) vendeu 2,2 milhões de smartphones. Uma cifra que se traduz em 4,21% de quota de mercado e, como referido supra, uma contração de 21,86% face ao  período homólogo de 2018.

Enquanto isso, de acordo com a IDC, foi o médio oriente a região que maior queda registou no volume de vendas. Entre o 1.º trimestre de 2018 e 2019, a contração foi de 18,9%, algo que arrastaria, todo o desempenho dos mercados EMEA.

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