“Vision Pro” da Samsung e da Google têm duas vantagens que podem ser decisivas: IA e voz
A Samsung e a Google estão prestes a lançar os seus próprios óculos de realidade aumentada para rivalizar com os Vision Pro da Apple. Mas já há quem tenha tido um primeiro contacto com estes óculos e tenha descoberto dois pontos que podem ser essenciais para dominar o mercado: a integração com IA e o controlo por voz.
Controlo por voz: a grande aposta da Google e da Samsung
O conhecido youtuber Marques Brownlee teve a oportunidade de experimentar brevemente o dispositivo e partilhou as suas primeiras impressões no YouTube. Entre os vários aspetos abordados, um em particular destacou-se: a possibilidade de controlar várias funções através de comandos de voz.
Se o reconhecimento de gestos já é uma funcionalidade útil, a incorporação do Gemini - o poderoso modelo de IA da Google - eleva a experiência a um novo patamar.
A grande inovação reside na capacidade de interação com o ambiente virtual por meio da voz. Por exemplo, ao utilizar o Google Earth, é possível navegar pelo mapa apenas com comandos verbais. Além disso, o Gemini "vê" aquilo que o utilizador vê, permitindo-lhe responder a perguntas sobre o que está a ser observado através dos óculos.
Outra funcionalidade interessante é a gestão do espaço de trabalho virtual, que possibilita abrir e fechar aplicações ou reorganizar janelas com simples instruções de voz. Funcionalidades como "Circle to Search" também foram mencionadas como diferenciais deste sistema face aos Vision Pro da Apple.
Design familiar, mas com diferenças em relação aos Vision Pro da Apple
Brownlee observou que o design dos óculos do Project Moohan é bastante semelhante ao dos Vision Pro, mas há algumas diferenças notáveis. Destacam-se os botões físicos, um painel tátil lateral e um sistema de fixação traseiro inspirado nos Meta Quest Pro. Estes pequenos ajustes podem traduzir-se numa experiência mais confortável e intuitiva para os utilizadores.
Ainda não há especificações técnicas detalhadas sobre os ecrãs, mas Brownlee destacou a excelente qualidade de imagem dos óculos, ainda que ligeiramente inferior à dos Vision Pro. No entanto, no seu testemunho, realçou que a experiência ao vivo é bastante superior ao que se pode perceber no vídeo.
Embora não tenha sido abordado diretamente, Brownlee deixou no ar a possibilidade de que estes óculos venham a contar com controladores dedicados para experiências de realidade virtual, algo que diferenciaria ainda mais o Project Moohan dos Vision Pro, que dependem exclusivamente de gestos.
Ainda não há informações oficiais sobre o preço ou a data de lançamento destes óculos. No entanto, Brownlee indicou que deverão chegar ao mercado ainda este ano. A grande incógnita prende-se com o preço, mas espera-se que sejam significativamente mais acessíveis do que os Vision Pro, que na Alemanha começam nos 3.999 euros.
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Vai falhar, tal como os da Apple. Não passam de VR recauchutado.