Casas de banho públicas na China só dão papel após ver publicidade (vídeo)
A China, em certos aspetos pelo menos, começa a assemelhar-se ao mundo distópico de George Orwell, repleto de sistemas de crédito social para controlar o comportamento dos cidadãos. Agora, aparentemente, também pode acrescentar as casas de banho públicas a esta expansão de controlo. Sim, a máquina dispensadora de papel higiénico obriga a ver alguns segundos de publicidade!
Anúncios em troca de papel higiénico
De acordo com uma publicação no Instagram da China Insider, as pessoas em algumas casas de banho públicas têm agora de digitalizar um código QR impresso nos dispensadores de papel higiénico e, em seguida, assistir ao anúncio que surge nos seus smartphones para receber uma pequena porção do papel.
Além disso, se precisar de mais papel higiénico ou simplesmente quiser saltar o processo de ver anúncios, terá de pagar 0,5 Yuan (cerca de 7 cêntimos).
Os responsáveis chineses, no entanto, defendem este mercantilismo declarado como uma medida de prevenção do desperdício, que desincentiva os cidadãos de usarem mais papel higiénico do que o estritamente necessário.
Vigilância e privacidade em risco
Como seria de esperar, os comentários no reel da China Insider contêm inúmeras referências às conotações orwellianas que esta medida evoca.
Claro que esta não é a medida mais extrema que os responsáveis chineses instituíram nos últimos anos para regular o acesso a algo que deveria ser um bem livremente disponível.
Em 2017, o parque do Templo do Céu, em Pequim, chegou mesmo a instalar dispensadores de papel higiénico com tecnologia de reconhecimento facial, levantando sérias questões sobre a privacidade dos utilizadores e a monitorização ubíqua, apoiada pelo Estado.






















É triste ser-se Chinês… têm liberdade para tudo, até onde for a trela…
Eles andam aí….
0,5 yuan não chega a 6 cêntimos ao câmbio atual…
para o governo chinês uma pessoa que receba mais de 284 euros por ano não é pobre . dá que pensar nos 6 centimos nao dá
Não estou a defender nada nem ninguém, mas o artigo inicialmente dizia que 0,5 yuan era o equivalente a 70 cêntimos. só apontei esse erro.
Obrigado pelo reparo.
ups enganei-me os valores foram actualizados e passou a ser 4000 yuan, ou seja 478 euros por ano para nao seres considerado pobre
Cá em Portugal, nos sanitários públicos normalmente não têm direito a coisa alguma além da própria da sanita.
Ocasionalmente existe água no lavatório, mas sabonete líquido se alguma vez o teve foi quando inauguraram a dita instalação, e papel higiénico normalmente só existe se você o levar. Papel para secar as mãos ou aqueles tecidos de puxar é coisa que se calhar nem no dia de inauguração existia.
isso é mentira, longe vai o tempo do buraco no chão
Mentira? Só se for aí na sua zona. E estou a referir-me aos sanitários públicos, geridos pelos municípios ou juntas de freguesia.
Em Portugal, temos de pagar sacos de plastico. eu preferia ver anuncios ao invés de pagar os sacos… Esta medida é mais capitalista do que socialista… Em vez do estado estar a pagar… os anunciantes pagam….as pessoas consomem…. Em Portugal nem existem nada disto… o que existe é horrivel…
Pagar sacos… que fazem publicidade, à empresa, que lhos vende. Paga para fazer publicidade, à dita empresa (ou a um cliente, que pagou 600000 euros, para que 20 milhões de sacos, usem os seus logos).
Nas farmácias, isto era usado, para oferecer sacos. A publicidade pagava-os. Hoje, a publicidade paga e o cliente paga, em todas, as lojas. E, o estado, ainda paga por ajudarem o ambiente.
Só pagas os sacos porque queres, leva de casa que já não pagas nada e ao mesmo tempo combates os bandidos dos capitalistas.
Tanta medida capitalista na China. Aliás, a única razão pela qual a China não está na idade da pedra foi porque houve líderes no passado que abriram parcialmente ao capitalismo.
os chinese têm o habito de levar lenços; segundo ponto, se nao tens lenços vai a maquina comprar ou ver a publicidade para ter uma pacote de graça, é um ato comercial. porque isto tem a ver com o “mundo distópico de George Orwell” e o tal dito “repleto de sistemas de crédito social para controlar o comportamento dos cidadãos”?
PPS ? Pay Per Shit … novo modelo de financiamento
As razões são outras… que também acontece por cá.
Nos WC públicos, era habitual colocarem rolos, menos de meia hora depois, já havia queixas, que não havia papel higiénico disponível ou, alguém, tinha colocado o papel, todo, na sanita, entupindo-a. Começaram a obrigar, os funcionários, a filmarem, quando colocavam rolos, nos dispensadores, assim como provarem que a sanita não estava entupida. Mesmo assim, as queixas continuavam.
Arranjaram uma forma de trancar, o papel, obrigando a acessos limitados.
Por cá, há muitas lojas que exigem autorização, ou precisam pagar 50 cêntimos (ou 3 euros, como é caso de uma, na baixa de Lisboa) para as usarem.
Acho estranho tanto comentador reclamar, quando, por cá, está a tornar-se normal, acesso aos WC, exigirem pagamento de 50 cêntimos, em, cada vez mais, sítios. E é pelo acesso, muitas vezes limitado a 5 minutos (uma coisa nova, que descobri numa estação de autocarros, em Coimbra, que se se demorar, mais do que os 5 minutos, é preciso pagar, mais 50 cêntimos, para sair).
Qual deles é para orwelliano?
Nas estações de metro já há muitos anos que se pagava para usar a casa de banho, da última vez que usei foi 50 cêntimos. Mas estava tudo limpo e havia papel. Eu não tenho problema algum em pagar um valor desses para usar a casa de banho se a mesma estiver asseada. Na Bélgica é muito comum nos restaurantes ter de se pagar a casa de banho, está lá inclusive uma pessoa que é responsável por receber o pagamento e efetuar a limpeza.
Defecar é devolver à natureza, não queiram o capitalismo em todos os aspectos das vossas vidas, serão engolidos e espremidos até ao tutano, as vezes é deixar o natural seguir o seu curso!
Pagar à entrada tudo bem, agora lá dentro não entendo, nem sequer é higiénico.
Uma vez em Londres fui a uma casa de banho pública e tinha que pôr uma moeda para a porta se abrir. Não tinha moeda, mi*** na rua, mas preferia ter visto a publicidade.