Temos afirmado, e parece confirmar-se, que o mundo poderá dar agora uma nova oportunidade aos robôs. Temos visto vários exemplo, sendo o Spot da Boston Dynamics aquele que está já em operações na vida real. Contudo, cada vez há mais exemplos. O robô quadrúpede Unitree A1 vem da China e, ao contrário do Spot, pode ser comprado por menos de 10.000 euros!
Como será daqui a uns tempos quando tivermos estas máquinas a “conviver” com os humanos no dia a dia?
Unitree A1, o cão robô que a China fabricou
Com aspeto negro, substancialmente autónomo, este robô de 4 “patas” alude a uma imagem inquietante, para quem viu Black Mirror. Contudo, estamos sim perante uma peça de tecnologia que poderá ser muito útil. Embora o Spot, o cão robô da Boston Dynamics, seja o robô que o mundo tem seguido com atenção, porque é o único com um emprego de verdade, existem mais robôs que têm aspeto de animais que já se podem comprar.
Se quiser ter em casa o Unitree A1, terá de desembolsar um valor abaixo do 10 mil euros.
Robô quadrúpede como o do Black Mirror, mas inofensivo… para já!
Por trás do desenvolvimento do Unitree A1 está a empresa chinesa Unitree Robotics. Segundo a marca, o produto robótico desloca-se em 4 pernas e é controlado remotamente. Embora esteja já em testes, ainda aguarda a finalização do projeto para chegar ao mercado. Contudo, o seu preço de venda foi revelado e deve rondar os 10 mil euros. Se o Spot custa mais de 20 mil euros, por unidade, e não pode ser comprado, mas alugado na Boston Dynamics, este pode ser uma solução “barata”.
Vagueando um pouco pela página do fabricante e vendo as imagens de treino, o desenvolvimento da tecnologia parece muito promissor. Aliás, é muito interessante mesmo comparar com o que tem mostrado a Boston Dynamics.
Face ao Spot, o robô Unitree a1 é mais pequeno (620x300mm) e, portanto, mais leve. Este pedaço de tecnologia pesa apenas 12 kg. Contudo, tem uma desvantagem, em comparação com o Spot, dado que só pode carregar até 5 quilos no topo.
Autonomia, desempenho e capacidades
O seu esqueleto é leve, duro e, como vimos, permite carregar cinco quilos. Tal estrutura poderá encontrar no nosso quotidiano muitas serventias, no entanto, também não alberga uma grande bateria e a sua autonomia é de uma hora a duas horas e meia. Segundo o descrito, este tem uma velocidade máxima de quase 12 km/h, o que é suficiente para acompanhar uma pessoa a caminhar, mas também pode correr alguns metros.
No que toca à sua navegação, este robô possui sensores e câmaras que informam o que está ao seu redor e transmitem vídeo em tempo real. Nas suas patas existem sensores que identificam o tipo de terreno por onde se movimenta. O poder dos motores que tem nos membros permite que, não apenas se mova rápido, mas também salte e até dê cambalhotas.
O robô pode identificar gestos que permitem interagir com a tecnologia e dar comandos de ação.
O sensor LiDAR, em conjunto com a câmara, criam um mapa de até 10 metros ao seu redor e podem ser programados para seguir sempre uma pessoa e ficar de olho nela.
A ideia é que este quadrúpede eletrónico possa ser usado no dia a dia nas mais diversas tarefas. Pode ir às compras, pode ser um sistema de vigilância, pode ser um sistema de alerta e comunicação e muito mais. Aliás, com esta pandemia, estas máquinas podem ser uma mais-valia, dado que não enfrentam os desafios dos humanos.
Vejam o vídeo a seguir para perceber o potencial da máquina:
Em resumo, estamos a entrar num futuro em que, dentro de poucos anos, estes robôs estarão espalhados pela nossa vida. Dentro de casa, no trabalho e em todo o lado junto do ser humano.