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Tesla – Investigadores duplicam durabilidade das baterias

O tema “baterias” está em voga e será sempre a base do desenvolvimento, isto porque está implícita a energia necessária para o mundo evoluir. Energia essa que está cada vez mais a contas com as baterias e a sua capacidade de armazenar.

Não só em termos de performance (tendência) mas também debaixo do fogo das regras ambientalistas, os fabricantes de automóveis estão a começar a introduzir cada vez mais automóveis híbridos ou mesmo puros elétricos. A Tesla, dirigida pelo ex-CEO da PayPal, Elon Musk, foi a grande impulsionadora dos carros 100% elétricos. Ao adaptar essa opção surge um grande problema, a duração e durabilidade das baterias.


Há cerca de um ano, o investigador de baterias na Universidade de Dalhousie, Canadá, e pioneiro no desenvolvimento da bateria de iões de lítio, Jeff Dahn, criou uma nova parceria com a Tesla, que consistia no aumento da durabilidade de baterias.

 

Tesla na frente de investigação

A investigação decorreu acima das expectativas, conseguindo os resultados esperados 4 anos antes do termo da investigação. A equipa de investigadores conseguiu duplicar a bateria útil das baterias de produtos da Tesla.

Dahn conseguiu tais melhorias recorrendo à criação de equipamentos que monitorizam, com alta precisão, as baterias durante o carregamento e descarga, de modo a identificar as causas de degradação. Dahn não reclama o total conhecimento sobre o processo químico por trás da degradação, mas os equipamentos que desenvolveu permitiram que estes conseguissem testar novos químicos de proteção com maior precisão e muito mais rapidamente, resultando numa significativa descoberta sobre a longevidade das células.

Com estes novos métodos de teste foi possível descobrir que um determinado revestimento de alumínio superava qualquer outro material. As células testadas com este revestimento mostraram degradação praticamente nula sob um elevado número de ciclos à temperatura moderada e apenas pouca degradação em condições extremas.

Um dos seus alunos que integra o projeto passou a trabalhar para o grupo de investigação de células de bateria internamente na Tesla. Um outro iniciou uma empresa para comercialização das máquinas de teste de células de bateria que desenvolveram. A sua lista de clientes inclui Tesla, mas também a Apple, GM, 24M e muitos outros grandes fabricantes de baterias.

Na descrição do projeto que enviámos ao CRSNG (Conselho de Pesquisas em Ciências Naturais e Engenharia do Canadá) para conseguir fundos do governo para o mesmo, escrevi que o objetivo do projeto era duplicar a vida útil das células usadas nos produtos Tesla na mesma tensão de corte superior. Excedemos isso no 1º Round. Então esse foi o objetivo do projeto e já foi superado. Nós não vamos parar, temos ainda mais quatro anos para a investigação. Vamos até onde pudermos.”

Referiu Dahn.

Dahn, não adiantou de que forma a sua descoberta está a afetar os produtos da Tesla, ou quais, no entanto, afirmou que os resultados da sua pesquisa já está a começar a ser utilizados nos produtos da Tesla, embora as células não sejam propriedade da Tesla, mas sim do projecto iniciado pelo investigador.

 

Tecnologia para baterias de armazenamento residencial

Embora a pesquisa de Dahn tivesse como foco as células de Óxido de Níquel-Manganês-Cobalto ou (LiNiMnCo – NMC), que a Tesla usa para os seus produtos de armazenamento Powerwall e Powerpack e nos seus veículos, Dahn referiu que estão também a trabalhar nesse formato. Sendo possível que o arranque das novas baterias do Model 3 previstas para junho deste ano, na Gigafactory 1, possua já a tecnologia descoberta pela equipa de Dahn.

Dahn explicou que aumentando o tempo de vida dessas baterias, a Tesla reduz o custo de kWh que considera nas contas dos seus projetos residenciais e projetos de grande escala. Um exemplo disso é o custo de $0,23 por kWh para armazenamento de energia solar e $0,139 por kWh para a grande escala, isto baseado nos projetos atuais da Tesla:

O investigador acrescentou que, considerando que a Tesla utiliza alumínio no fabrico dos chassi nos seus produtos, não há razão para que tanto os carros como as baterias não possam durar 20 anos.

Via: Electrek

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