O mundo pula e avança e a tecnologia permite que algumas tarefas, outrora executadas por pessoas, sejam agora realizadas por máquinas. No entanto, a pergunta que se impõe pretende perceber se as empresas estão dispostas a largar os seus funcionários por robôs.
É a essa questão que este novo estudo responde.
De acordo com um relatório elaborado pelo HSBC, uma em cada três empresas está a planear a automatização das suas atividades, tendo como objetivo priorizar esse investimento. O inquérito abordou 670 empresas do Reino Unido e descobriu que 40 % está com um sentimento negativo relativamente aos seus níveis e disponibilidade de pessoal.
Aliás, o mesmo relatório revela que as empresas que enfrentam problemas de recrutamento têm uma maior probabilidade de definir essa automatização como prioridade. A par disto, provou que existem preocupações crescente em relação à perda de postos de trabalho para as máquinas, pelos britânicos.
Empresas terão menos pessoas e mais robôs
A corroborar estas conclusões, um estudo da Arden University sugeriu que quase um terço dos postos de trabalho no Reino Unido poderá tornar-se desnecessário até 2030, motivado pela automatização e pela mudança na força de trabalho.
Conforme revelado pela pesquisa mencionada pelo Sky News, o setor mais suscetível de ser afetado é o da indústria do transporte e armazenamento, uma vez que mais de metade dos postos de trabalho parecem estar destinados a desaparecer. Por sua vez, a indústria transformadora perderá 45 % dos funcionários, e o comércio grossista, retalhista e de reparação de veículos automóveis ficará pelos 44 %.
Os setores do transporte e armazenamento, manufatura e comércio grossista e a retalho representam 28 % da mão-de-obra do Reino Unido – o que significa que 4,2 milhões de empregos estão agora em risco de se tornarem desatualizados e erradicados nas mãos da automatização.
Partilhou Carl Lygo, vice-chanceler da Arden University.
No caso dos serviços de administração pública, segurança social, serviços financeiros e seguros, a previsão aponta para uma perda de 32 %.
Para James Cundy, diretor-geral do HSBC UK e chefe da banca de empresas de médio porte e finanças estruturadas, a “investigação mostra que o infame espírito empresarial das empresas britânicas continua a levá-las a investir, a inovar e a redefinir as suas ambições de crescimento”.
Apesar de a previsão não ser risonha para os funcionários, o HSBC disse que, pelo contrário, o investimento será bom para as empresas, uma vez que as vai ajudar a prosperar.
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