PNEUMA: Ventilador de baixo custo criado pela Universidade do Porto
O mundo não estava totalmente preparado para a COVID-19. No entanto, a resposta rápida da humanidade tem sido incrível e há projetos a nascer que são fantásticos. Portugal tem cerca de 1200 ventiladores em hospitais, mas quantos mais... melhor.
Investigadores da Universidade do Porto criaram recentemente o PNEUMA, um ventilador de baixo para combate ao novo coronavírus.
Uma equipa de engenheiros e médicos, liderada pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), desenvolveu um ventilador de pandemia com um balão autoinsuflável, de baixo custo e fácil montagem, para apoiar os hospitais portugueses no âmbito do combate ao novo coronavírus.
PNEUMA - O ventilador alternativo para hospitais
PNEUMA. Assim se designa este ventilador alternativo criado com o propósito de possibilitar a libertação dos ventiladores convencionais para casos mais graves de Covid-19 (e não só), oferecendo apoio em hospitais de segunda e terceira linha a doentes que aguardam transferência para hospitais centrais. Na prática, funcionará como uma alternativa em situações de emergência, por exemplo em ambulâncias ou hospitais de retaguarda.
Nuno Cruz, coordenador do projeto, investigador do INESC TEC e professor na FEUP, refere que...
O PNEUMA permite o controlo do volume, frequência respiratória e relação inspiração / expiração, incluindo alarmes de deteção de paragem e filtro HEPA para mitigar risco de infeções, entre outras funcionalidades. É baseado num dispositivo médico homologado e que faz parte da rotina médica (balão autoinsuflável) e é rapidamente replicável, ou seja, é mais fácil, rápido e económico produzir soluções iguais a esta do que ventiladores novos
Especificações técnicas do PNEUMA
- Mimetiza e automatiza a utilização manual do balão auto-insuflável, não sendo um ventilador para Unidades de Cuidados Intensivos;
- Controlo de volume (250 – 700 mL);
- Controlo da frequência respiratória (8 – 26 RPM);
- Relação I:E, programável;
- Válvula de escape (insuflador) para pressões excessivas na via aérea;
- Compatível com vários modelos de balão auto-insuflável para adulto (testados 4 modelos diferentes), permitindo incorporar filtro HEPA e manter PEEP através de válvula adaptável (opção);
- Possível uso em ambulâncias (alimentação 12V-DC);
- Elevada área de contacto com o balão de insuflação para aumentar a sua durabilidade;
- Alarmes de deteção de paragem, perfil de atuação, desvio do intervalo de funcionamento.
O dispositivo, inspirado num trabalho original da Universidade de Rice (EUA), consiste num sistema de compressão e descompressão automática de balão autoinsuflável (Bag Valve Masks – BVM, ex. AMBU®), que mimetiza a utilização manual do balão. Assemelha-se a um ventilador de emergência e transporte e pode ser utilizado sem acesso à rede de energia elétrica.
O protótipo já foi testado em ensaios pré-clínicos e espera-se que agora avance para a industrialização, produção e montagem.
Este artigo tem mais de um ano
Faz um cagaçal…
Não deve fazer mais do que uma pessoa a agoniar.. -. – “
Imagino uma sala com 4 ou 5, uma pessoa fica maluca com o barulho.
BTW no segundo paragrafo, o que é “um ventilador de baixo” ?
Bom projeto mas os ventiladores que os hospitais precisam não são des te tipo. Bom para o marketing e para fazer umas notícias.