“Ouvir” com a língua poderá ajudar pessoas surdas
Depois de termos visto partituras impressas em 3D para auxiliar músicos invisuais, hoje mostramos mais um avanço significativo da tecnologia no que toca a sistemas de leitura dirigidas a pessoas portadoras de incapacidade auditiva.
Falamos de uma nova tecnologia que poderá permitir a pessoas surdas incapazes de possuir um implante coclear, recuperarem a sua audição.
Actualmente, em todo o mundo, são milhares as pessoas portadoras de qualquer uma deficiência auditiva e este projecto promete trazer uma nova vida para estes pacientes.
Um grupo de investigadores da Universidade do Estado do Colorado tem vindo a trabalhar e a desenvolver uma tecnologia que poderá permitir a pessoas surdas e sem possibilidade de colocar um implante coclear recuperarem a sua audição.
Na verdade, a solução encontrada por estes investigadores é um pouco diferente do que se estaria à espera, isto porque esta tecnologia não irá resolver o problema da surdez, vai sim trocar os sentidos aos pacientes.
Basicamente, estes investigadores desenvolveram um dispositivo que será ligado a um conjunto de eléctrodos e que irá pressionar o céu-da-boca dos pacientes.
Ligado a um microfone Bluetooth, este dispositivo irá detectar sempre que alguém falar e irá traduzir os sons numa série de vibrações que o paciente vai sentir no seu céu-da-boca. Desta forma, as pessoas apenas terão de aprender a descodificar essas vibrações, o que segundo estes investigadores, é muito mais fácil do que se pensa ou possa estar a conjunturar.
Este projecto tem sido orientado pelo professor John Williams e pela neurocientista Leslie Stone-Roy, ambos especialistas neste tipo de deficiência sensorial.
Embora haja já uma luz ao fundo deste túnel, o resultado final ainda necessitará de um longo caminho, contudo, é também verdade que esta solução pode ser uma excelente forma dos pacientes que sofrem de surdez voltarem a ter uma vida muito mais fácil, com mais percepção do que os rodeia e sem alguns tratamentos e intervenções cirúrgicas invasivas.
Devido ao sucesso dessa investigação, este projecto irá transformar-se numa startup, a Sapien LLC, o que significa que iremos ouvir falar muito nesta tecnologia nos próximos tempos.
Por Hugo Sousa para Pplware
Este artigo tem mais de um ano
Mais uma vantagem decorrente da evolução das novas tecnologias.
Hugo, não tenho a certeza da correta utilização to termo “invistais” presente na primeira linha do artigo, não seria melhor utilizar “invisuais”?
Cumprimentos.
Viva, corrigido. Foi o corrector automático (que não conhece o termo “invisuais”.
Obrigado pelo reparo.
Uma tecnologia interessante, permitindo que essas pessoas possam consigo saber o que outros querem dizer, que não saibam a língua de sinais.
Só levanto uma questão:
É nos transportes públicos? A pessoa ficaria confusa com tanta vibrações que iria sentir… Deverá ter de existir uma forma de desligar esse aparelho.
Mais um artigo com uma boa hipótese.
Mas fico com a dúvida. É mais do que uma hipótese? Ou seja, foi testada?
Isto porque indo à fonte que é citada neste artigo não encontrei nenhuma referência a publicações científicas do trabalho referido.
Diogo