Uma das maiores ambições atuais do Homem é a criação de baterias potentes, com alta densidade energética, baixa degradação e que sejam pouco nefastas para o Ambiente. Uma investigação da Universidade de Bristol pode ser um passo nesse sentido, ao criar baterias de diamante para armazenar energia de resíduos nucleares!
Esta solução, ainda em fase embrionária e de testes, poderá ser uma fonte de energia elétrica durante milhares de anos.
O mundo tecnológico e científico está em constante inovação e a criar baterias com novos compostos. Apesar de tudo, as de iões de lítio continuam a ser as mais usadas. Não obstante, tal pode muito bem ser diferente no futuro!
Uma investigação da Universidade de Bristol pode ser um passo nesse sentido. Os cientistas estudaram os resíduos nucleares de uma central localizada em Gloucestershire, no Reino Unido. Estes resíduos podem agora ser usados para criar energia que perdura milhares de anos, de forma segura.
Nas centrais nucleares, onde é feita a fissão do Urânio, constam também blocos de grafite que são essenciais para o processo de produção de energia. Estes blocos, estando sujeitos a elevada radioatividade, veem os seus elementos serem alterados.
Resíduos de grafite das centrais nucleares são uma rica fonte de energia
Estes blocos de grafite, com o trabalho feito ao longo dos vários anos de atividade da central nuclear, sofreram alterações. A sua superfície, ao invés de conter grafite, contém agora o arranjos moleculares do isótopo Carbono 14 que é radioativo.
A investigação dos cientistas focou-se sobretudo nestes isótopos. Ao conseguir extraí-los e submetê-los a um tratamento de temperatura e pressão, podem transformá-los em diamantes artificiais! Conseguindo tal feito, as possibilidades são infinitas!
Estes diamantes artificiais poderão ser usados para criar baterias de diamante. Tendo em conta o arranjo molecular dos diamantes, esta seria uma solução segura e, visto que estamos perante isótopos radioativos, contêm energia que pode ser usada para diversas situações.
Energia das baterias de diamante dura milhares de anos e é segura
O tempo de semi-vida do isótopo Carbono 14 é de cerca de 5.730 anos. Ou seja, apenas no final deste período é que a bateria irá perder metade da sua energia!! Ao comparar com as tecnologias atuais, estamos perante uma evolução considerável.
Apesar de os cientistas não terem divulgado pormenores relativos à potência das baterias de diamante produzidas, deram exemplos em que estas poderiam ser usadas: desde pacemakers a satélites, as utilizações são imensas e decerto serão mais exploradas no futuro!