O mercado dos smartwatches está ao rubro. Sendo ainda uma área nova e onde as marcas começam a investir, seria esperado que a sua expressão fosse ainda reduzida, mas a verdade é bem diferente.
Com uma variedade de modelos e de funções disponíveis, esperava-se que os números de vendas de 2014 fossem ainda baixos, mas aparentemente os smartwatches parecem ser muito mais do que uma moda.
Em 2014 foram vendidos mais de 6.8 milhões de smartwatches, com a Samsung a dominar de forma clara este mercado. Mas o futuro pode não ser assim tão brilhante.
Os números de vendas de 2014 reflectem uma realidade que muitos não julgavam ser possível. Mostram que o mercado está a receber de forma muito interessada estes novos dispositivos e que estes parecem ter vindo para ficar.
As ofertas são muitas e variadas, com verdadeiros relógios ligados à Internet, completamente autónomos até a simples bandas que monitorizam a actividade física dos utilizador. Pelo meio temos ofertas mais reduzidas em funcionalidades ou com aplicações específicas.
Este é um mercado em crescimento e os números do Smartwatch Group mostram que se o ano de 2014 foi de verdadeiro crescimento. 2015, com todas as suas novas ofertas, deverá ser ainda mais rentável para as empresas que se dedicam a este mercado.
Os números apresentados são claros e, para além das vendas totais elevadas, mostram também que algumas marcas estão já bem posicionadas para continuar a investir e a servir os utilizadores.
Foram mais de 6.8 milhões destes dispositivos dispositivos vendidos. Em termos de receitas, este novo mercado gerou 1.291 mil milhões de dólares, um aumento de 82% face a 2013.
O preço médio de um dispositivo wearable foi de 189 dólares, o que representa uma redução de 16% face ao preço médio de 225 dólares que existia em 2013.
Do top apresentado pelo Smartwatch Group destaca-se por uma muito larga margem um player já bem conhecido deste meio e com uma oferta muito variada. A Samsung em 2014 conseguiu vender cerca de um milhão e duzentas mil unidades.
O curioso é que este número da Samsung representa na verdade uma redução das vendas. De uma quota de mercado de 34% em 2013 passou para 23% em 2014.
Depois da Samsung seguem-se, a uma distância considerável, duas marcas que são bem são bem conhecidas já no meio. Falamos da Pebble, a mãe dos smartwatches, com 700 mil smartwatches e a Fitbit, com 600 mil dispositivos.
Abaixo destas três marcas seguem empresas já com dispositivos bem reconhecidos no mercado, como a LG, a Sony, a Motorola ou a Asus.
Mas 2015 será de certeza um ano de mudança destes players e destas tabelas. A chegada de novas ofertas de fabricantes já estabelecidos, como a Pebble com os seus novos smartwatch Time, ou de novos players, também eles referências noutras áreas, como a Huawei com o Huawei Watch ou a Apple com o seu Watch, vão com certeza atrair novos utilizadores e que vão procurar avaliar bem o mercado.
Há ainda a distinção entre os smartwatches mais funcionais, os que apenas monitorizam a actividade física ou os híbridos, diferentes áreas dos mesmos produtos e que vão mais uma vez dividir os utilizadores, sempre em função das suas necessidades.
Um mercado que se julgava apenas ser uma moda e sem qualquer interesse a longo prazo está a revelar-se uma nova área de investimento por parte das empresas que agora se aplicam e querem trazer novidades e características distintas face à concorrência.
Fonte: Smartwatch Group/Statista