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Maior é melhor? As 5 razões para comprar um Phablet

Vou contar a história de alguém que fazia parte do grupo de cépticos “gosto-do-meu-smartphone-pequeno-que-horror-isso-é-enorme-não-cabe-nos-bolsos” e não teve alternativa senão admitir as vantagens óbvias da utilização de um phablet no seu dia-a-dia.

Este artigo tem a pretensão de comparar a utilização de um smartphone, um tablet e o misto dos dois, o chamado phablet. São explicadas afinal quais as vantagens da utilização de um equipamento que nem é carne nem peixe, é um gadget que procura juntar o melhor de dois mundos. Cabe ao leitor determinar se estas vantagens são realmente decisivas.

A IDC estimou que a venda de phablets superava a venda de computadores portáteis já em 2014 (dados de Setembro de 2014) e que o crescimento dos primeiros andou na ordem dos 210% contra os 13% dos smartphones tradicionais e o crescimento negativos dos computadores. Com o iPhone a assumir a liderança mas a perder terreno para os phablets, principalmente os oriundos de países orientais, resta perceber o porquê desta nova tendência.

Smartphones, phablet e tablet – a guerra pelo domínio do mercado.

A primeira, a mais óbvia, é a capacidade do phablet substituir de alguma forma as funções de um smartphone e de um tablet, dispensando a utilização de dois equipamentos distintos. A segunda razão pode ser o facto de muitas pessoas que vivem em países orientais como a China, Coreia, Japão, etc. se deslocarem essencialmente com recurso aos transportes públicos e, com bons acessos a pacotes de dados, não dispensam as séries, filmes, livros e jogos que lhes ocupam as viagens, e se tornam mais confortáveis num phablet que num smartphone.

A história de uma céptica

Durante as últimas semanas tenho usado simultaneamente um smartphone de 4.5”, um tablet de 7” e ainda um phablet de 6”. O primeiro, mais pequeno, é o Motorola Moto G (1ª geração), um equipamento que decidi comprar há cerca de 1 ano pelo seu preço altamente competitivo (199€) para um equipamento desbloqueado, com Android Kit Kat, rápido e com a promessa da actualização Lolipop para breve. Estou completamente satisfeita, é um excelente equipamento.

O segundo, é o Google Nexus 7 (2013) de 7”, um tablet  que adquiri também há 1 ano com o objectivo de substituir (parcialmente) o meu velhinho Samsung Galaxy S que já não dava conta das tarefas de produtividade e lazer do meu dia-a-dia (chegava a ser doloroso vê-lo tentar). O Nexus 7 é tudo aquilo que a Google prometeu e, passado um ano, voa com o Lolipop.

O terceiro é o mais recente phablet da Huawei, o Ascend Mate 7 de 6”. A fabricante decidiu facultar alguns exemplares da sua coqueluche aos jornalistas e bloggers que, como eu, se inserem na categoria dos cépticos no que toca à utilização de phablets. Um phablet não é nada mais nada menos do que um equipamento híbrido que tem como objectivo reunir a portabilidade de um smartphone com a experiência multimédia de um tablet de 7” (phone + tablet = phablet).

Smartphones e tablets… e eis que surge algo no meio: os phablets.

Tenho então feito o meu dia-a-dia com o recurso a estes 3 gadgets tão diferentes, a começar no tamanho do seu ecrã que, como veremos, traz vantagens e desvantagens.

1 – Maior… é melhor!

A maior vantagem de um phablet é sem dúvida o tamanho gigante do ecrã, apesar das piadas ocasionais dos amigos acerca da “televisão” ou “tablet” que insistem em confundir com o verdadeiro tablet (Nexus 7).

Um ecrã maior e com maior resolução traz naturalmente uma melhor experiência multimédia. Seja na visualização dos seus vídeos favoritos, navegação web, edição de imagem e até leitura de ebooks – um ecrã maior permite-lhe executar tarefas que seriam limitadas pelo pequeno ecrã de um smartphone tradicional.

Claro que pode ser menos prático para quem gosta de colocar o telemóvel no bolso da frente, mas não é assim tão grande como se espera. Veja o exemplo do phablet de 6” referido neste artigo. Pessoalmente prefiro transportá-lo no conforto da mala de mão, mas isso já é mania feminina. 🙂

Um phablet de 6” como o Ascend Mate 7 cabe perfeitamente no bolso, apesar do seu tamanho bem maior quando comparado com as 4” do iPhone 5s.

Diferentes modelos diferem no design e tudo depende da espessura, do peso e do tamanho da moldura do ecrã. Hoje em dia já é possível adquirir ecrãs de 6” com molduras finíssimas, 8mm de espessura e leves (~180g) como o Huawei Ascend Mate 7. Estou convencida… ecrã maior é melhor.

A Huawei consegue um ecrã de 6” Full HD num equipamento mais fino que um vulgar smartphone e tablet e também com uma moldura ainda mais pequena. É assim justificada a portabilidade de um smartphone e o conforto de um tablet.

2 – Smartphone + Tablet = Phablet

No Huawei Ascend Mate 7, de 6”e resolução Full HD, consigo ver as minhas séries e já não sinto a necessidade de recorrer ao tablet – é um tamanho confortável à vista. Quem diz filmes e séries diz livros, editar fotos e claro, navegar pela web. Ver páginas web na versão desktop não é mais um suplício, dependente dos sucessivos pinch & zoom num smartphone como Moto G (4.5”) ou mesmo um iPhone 5s (4”) ou 6 (4.7”).

A página do Pplware vista a partir de um iPhone 5s (4”), Moto G (4.5”), Huawei Ascend Mate 7 (6”) e Nexus 7 (2013) (7”). Com o phablet de 6” consegue-se o mesmo conforto do tablet de 7”, sem perder demasiada portabilidade.

3 – A experiência de escrita é mais fluída

Com um ecrã maior, o teclado é naturalmente maior, e a escrita é mais fácil, principalmente para todos aqueles que se queixam do tamanho dos dedos face às teclas virtuais. É verdade que escrever com uma mão apenas é um grande desafio, embora já muitos fabricantes incluam modos de acessibilidade que permitem deslocar todo o teclado para o lado que segura o equipamento e escreve ao mesmo tempo.

Escrever com uma só mão num ecrã de 6” não é impossível utilizando os modos de acessibilidade que muitos teclados já incluem.

Com duas mãos a experiência de escrita é bem mais intuitiva que num smartphone comum, principalmente para quem tem os dedos um pouco maiores.

4 – Produtividade em movimento

O ramo dos phablets começou por ser popularizado pelos Galaxy Note que trazem a S Pen e ferramentas de produtividade como blocos de notas, reconhecimento automático de escrita, divisão do ecrã que potencia a verdadeira multi-tarefa e muitas outras aplicações dedicadas. É neste campo que os phablets se distinguem.

Mesmo sem a S Pen, o tamanho grande dos ecrãs permite a uma gestão mais eficaz do e-mail, utilização de processadores de texto, folhas de cálculo e até construção de slides de apresentação e edição de imagens e vídeo, tudo em movimento, o chamado on the go. É em movimento, nos transportes públicos, na espera em filas, nos tempos mortos, que um phablet se revela realmente útil, pois substitui perfeitamente um tablet, que por si só já substitui um PC, pelo menos nas tarefas de produtividade mais simples.

A edição de documentos no Google Docs no phablet não fica nada atrás do tablet.

Quer criar, gerir e partilhar notas de forma eficiente? Evernote e Google Keep. Editar textos, construir folhas de cálculo e até apresentações de slides? Google Docs, Google Spreadsheets, Google Slides. E se preferir Microsoft, use o Office Mobile. Aceder remotamente ao PC em casa ou no trabalho e conseguir ver a resolução de todo o ecrã? Teamviewer ou Chrome Remote Desktop. Um launcher que tire partido do tamanho do ecrã e que mude consoante a hora e localização? Aviate. Editar fografias rapidamente? O editor do Google+, o Pixlr Express ou o Photoshop Express. Estes são exemplos de aplicações disponíveis no Android, mas encontrará as mesmas ou equivalentes nos restantes sistemas operativos móveis.

5 – Voltar ao smartphone é como “ir de cavalo para burro”

Eu fazia parte do grupo de cépticos “gosto-do-meu-smartphone-pequeno-que-horror-isso-é-enorme” e não tive outro remédio senão engolir a opinião quando a Huawei me cedeu o seu mais recente modelo phablet. Demorei cerca de 1 a 2 semanas a habituar-me mas pouco depois, ao voltar ao Moto G de 4.5” senti logo uma diferença demasiado grande. Não só em tamanho, mas na qualidade do ecrã, a definição, fluidez do sistema operativo e até na autonomia (2 dias e meio).

Acima da pontuação do Huawei Ascend Mate 7 apenas se encontram equipamentos reconhecidos como phablets.

É claro que não se deve comparar gamas de preço completamente diferentes, mas um phablet vem tradicionalmente equipado com melhores especificações, bateria maior e melhor, devido ao seu tamanho, e isso nota-se bem num gadget que corre Android. Basta olhar para os equipamentos com melhor classificação no conhecido Antutu Benchmark. São praticamente todos phablets, e chineses. O mercado chinês de gama alta está sem dúvida a crescer a olhos vistos, apresentado equipamentos com grande relação qualidade-preço e cada vez mais capazes, deitando por terra o mito dos materiais de baixa qualidade. O acabamento de um phablet chinês como este da Huawei é premium, e isso nota-se no simples toque.

Procure ir a uma loja da especialidade, escolha um phablet, sinta-o na mão, coloque-o no bolso. Se puder experimentá-lo alguns dias, melhor ainda.

O pensa acerca dos phablets? Se tem um, conte-nos a sua experiência. Conseguirão assumir a maior fatia do mercado como previsto?

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