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Taiwan quer que a Foxconn abandone a sua participação numa fabricante chinesa

Há uma crescente tensão na indústria tecnológica que envolve as maiores potências neste setor, especialmente entre a China e Taiwan, juntamente com os Estados Unidos que estão sempre de alguma forma envolvidos.

Mas as recentes informações indicam que as autoridades de Taiwan querem agora que a Foxconn, popular fornecedora taiwanesa da Apple, deixe de ter participação na fabricante de chips chinesa Tsinghua Unigroup.


Taiwan quer que Foxconn termine o acordo com a chinesa Tsinghua Unigroup

De acordo com a agência Reuters, as autoridades de segurança nacional de Taiwan querem tentar levar a conterrânea Foxconn a desfazer o seu investimento de 800 milhões de dólares na fabricante de chips chinesa Tsinghua Unigroup, que se dedica ao fabrico de tecnologia e semicondutores e ao fornecimento de infraestruturas e serviços digitais.

Segundo um relatório revelado pelo Financial Times nesta quarta-feira (10), um alto funcionário do governo taiwanês, que está ligado à segurança nacional do país, refletiu que o acordo entre as duas empresas não será definitivamente aprovado.

Taiwan é atualmente a maior e mais poderosa região do mundo onde se fabricam equipamentos eletrónicos para terceiros. Como tal, o país adota uma postura de maior cautela relativamente à China no sentido de incrementar o seu setor de semicondutores. Neste sentido, o governo taiwanês tem pensado em leis e formas de impedir o ‘roubo’ da sua tecnologia de chips por parte da China, e tal acontece numa altura em que a tensão entre as duas potências aumenta. Assim, Taiwan proíbe que as suas empresas construam fábricas avançadas no país rival, de forma a garantir que a sua melhor tecnologia não vai parar às mãos da China.

Portanto, o investimento da Foxconn na fabricante chinesa não tem sido visto com bons olhos e, uma fonte não identificada, mas informada sobre o assunto, disse que os funcionários do Conselho de Segurança Nacional e do Mainland Affairs Council acreditam que este acordo precisa de ser bloqueado.

Por sua vez, em comunicado, a Foxconn diz ter apresentado relatórios às autoridades de Taiwan acerca deste investimento e que vai continuar as conversações com as autoridades do governo. Já a fabricante chinesa Tsinghua Unigroup não respondeu aos pedidos de esclarecimentos feitos pela Reuters.

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