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Governo da Rússia quer produzir chips de 28 nm até ao ano 2030

Devido à guerra, que dura há quase dois meses, a Rússia tem sofrido diariamente pesadas sanções em vários setores, entre eles o tecnológico, que também se uniu para castigar o país de Vladimir Putin pela sua conduta.

Assim, as últimas informações dão conta que a Rússia irá fazer um significativo investimento para reativar o fabrico de semicondutores. Segundo o que foi revelado, o país pretende produzir chips com um processo de fabrico de 28 nm até ao ano de 2030.


Rússia quer produzir chips de 28nm até 2030

Desde o início da guerra que temos informado sobre várias empresas, marcas e entidades que se mostraram contra o conflito na Ucrânia através de medidas sancionatórias aplicadas ao país de Vladimir Putin. Tais ações já tiveram um impacto na indústria de chips, sendo que empresas como a Intel, AMD e Nvidia suspenderam a venda dos seus produtos, nomeadamente componentes, para a Rússia.

Assim, a situação neste setor está a ficar complicada para os lados o país russo, uma vez que não consegue obter stock de chips por parte dos fornecedores habituais. Então, segundo as recentes informações, o mesmo não outra escolha a não ser fazer um forte investimento para reativar o fabrico de semicondutores.

Neste sentido, o governo russo já revelou uma versão preliminar do seu plano de desenvolvimento na área da microeletrónica, onde prevê aplicar 38,43 mil milhões de dólares até ao ano de 2030. O dinheiro será investido nas tecnologias de produção locais, no desenvolvimento de chips domésticos, nas infraestruturas de data centers, no desenvolvimento de talentos locais e na comercialização de chips.

A Rússia pretende aplicar cerca de 5 mil milhões de dólares em novas tecnologias de fabrico e, até ao final deste ano, quer aumentar a produção local de chips com processo de 90 nm. Para além disso, o país de Putin quer também produzir chips com um processo de 28 nm até 2030. E caso consiga concretizar estes planos, estará então 19 anos atrás da taiwanesa TSMC.

Até ao final deste ano, o país eurasiático quer implementar um programa de engenharia reversa de “soluções estrangeiras” para transferir o seu fabrico para a Rússia. Por outro lado, estima-se que aquilo que o país não consiga produzir, seja enviado pela China. Caso os planos corram como esperado, o projeto será submetido para aprovação do primeiro-ministro russo Mikhail Mishustin, no dia 22 de abril.

A ideia parece bastante aliciante nessa altura, no entanto levanta algumas preocupações. Uma fonte não identificada e ligada ao setor tecnológico disse ao jornal Kommersant que o plano pretende “aumentar o número de centros de design para 300 até 2030. Cada um deve empregar pelo menos 100 especialistas, ou seja, estamos a falar de 30 a 50 mil pessoas. Tendo em conta que o ciclo de formação de um especialista é de pelo menos oito a nove anos, essas 50 mil pessoas já deveriam estar a ingressar nas universidades”.

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