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Foxconn vai vender a sua participação na fabricante de chips chinesa Unigroup

Praticamente todos os dias nos chegam notícias do setor tecnológico que mostram a dimensão das tensões políticas entre alguns dos mais poderosos países do mundo. Falamos concretamente dos EUA e da China, sendo que outras regiões são também arrastadas neste conflito, como Taiwan.

Assim, tal como já se havia falado, a taiwanesa Foxconn confirmou recentemente que a sua subsidiária na China vai vender a sua participação na fabricante de chips chinesa Tsinghua Unigroup.


Foxconn venderá a sua participação na chinesa Unigroup

Segundo as informações avançadas pela Reuters, a Foxconn, que é a maior fabricante de equipamentos eletrónicos do mundo, disse nesta sexta-feira (16) que a sua subsidiária na China concordou em vender toda a sua participação na fabricante de chips chinesa Tsinghua Unigroup. A possibilidade desta decisão já era falada desde o mês de agosto.

Parece que Taiwan se tem sentido apreensiva e cautelosa quanto à ambição da China em promover a sua indústria de semicondutores. Nesse sentido, esta e outras medidas permitem com que se afaste gradualmente deste conflito, ao mesmo tempo que fortalece a sua legislação no sentido de impedir aquela que diz ser uma situação de potencial roubo da tecnologia de chips por parte da China.

Nas suas declarações, a empresa referiu que a subsidiária Xingwei, que é 99% controlada pela sua unidade chinesa Foxconn Industrial Internet Co. Ltd., concordou em vender as suas participações por pelo menos 5,38 mil milhões de yuans, cerca de 772 milhões de dólares, a uma empresa chinesa designada Yantai Haixiu.

A Foxconn é conhecida sobretudo por ser uma das mais importantes fornecedoras de componentes da Apple e responsável pelo fabrico do iPhone. E já no início do mês foi referido que a empresa de Cupertino começou a definir uma estratégia para deslocar a sua produção para fora da China.

Em julho deste ano, a taiwanesa revelou que era uma das acionistas do grupo Tsinghua Unigroup, contudo na altura a polémica prendeu-se com o facto de a Foxconn não ter procurado a aprovação do governo de Taiwan antes do investimento. Assim, de acordo com os dados divulgados, as autoridades do país entenderam que a marca violou uma lei que define as relações entre Taiwan e a China.

Para já, a Tsinghua Unigroup ainda não respondeu a um pedido de comentário sobre o assunto.

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