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EUA adicionam à lista negra mais 7 entidades chinesas de supercomputação

Mesmo com a saída do ex-presidente Donald Trump, a animosidade dos Estados Unidos da América face às empresas chinesas continua bem presente. A Huawei é o caso mais conhecido, assim como o TikTok e WeChat.

No entanto, segundo as mais recentes informações, os EUA adicionaram à sua lista negra mais 7 entidades chinesas da área da supercomputação.


Há mais 7 entidades chinesas na lista negra dos EUA

Segundo as informações, no passado dia 8 de abril, o Departamento do Comércio norte-americano anunciou que sete entidades chinesas da área da supercomputação foram adicionadas à famosa lista negra dos EUA. Esta lista obriga então que as empresas sediadas nos Estados Unidos da América cessem qualquer tipo de colaboração e negócio com as empresas que nela constem.

Assim, à Huawei, e outras, juntam-se agora sete novas entidades, entre elas uma das mais importantes da China, a Tianjin Feiteng (FETL).

A Feiteng é uma empresa chinesa que existe desde 1999, apoiada pela National Defense Technology University. Trata-se de uma entidade direcionada para CPUs académicos que usam a mesma arquitetura ARM do Kunpeng da Huawei. Atualmente a Feiteng conta com três linhas de produção principais: CPUs para servidores de alto desempenho da linha TengYun S; CPUs de desktop de alto desempenho da linha TengRui D; e CPUs embutidos de última geração da linha TengLong E.

Esta empresa chinesa tem já mais de 90 conjuntos de soluções para a indústria, nomeadamente na área das telecomunicações, finanças, energia, transporte, medicina, cidade digital, manufatura, etc. Para este processo, a marca conta já com cerca de 1.600 membros.

No ano de 2020, a Feiteng conseguiu 1,3 mil milhões de yuans em receita, algo como 140 milhões de euros. Este valor representou um aumento anual de 520% e a entrega de chips também aumentou de 200.000 para 1,5 milhões de unidades. Assim, prevê-se que a receita ultrapasse os 2 mil milhões de yuans (~215 milhões de euros) em 2021, com a entrega de chips a dever ultrapassar os 2 milhões.

Contudo, com esta inclusão na lista negra dos EUA, é possível que estas previsões fiquem mais complicadas de concretizar.

TSMC suspende pedidos da Feiteng

De acordo com as informações, assim que os Estados Unidos atualizaram a lista negra, a TSMC ativou o sistema de inventário para contabilizar a capacidade de empresas como a Feiteng, através de empresas de design e IC, e suspendeu por completo os pedido de clientes dessa lista para respeitar então a regulamentação norte-americana.

A TSMC afirma que vai seguir todas as normas legais, respeitando as regras de controlo de exportação. Segundo os dados, a Feiteng encomenda menos de 10.000 wafers por ano à fabricante taiwanesa. Em 2020 a TSMC enviou cerca de 12.398.000 unidades de wafers de 300 mm, sendo que a Feiteng ficou com cerca de 0,8% desse volume.

Fontes da rede de componentes referem que após esta suspensão dos pedidos da FETL, a produção foi preenchida com os pedidos do ramo automóvel. E como a SMIC também já havia sido incluída na lista negra dos EUA, então a decisão da taiwanesa deverá ter impacto nos processadores Tengun S5000 ou Tencent S6000 de 5 nm.

Foram ainda incluídos na lista negra quatro centros nacionais de supercomputação: Jinan, Shenzhen, Wuxi e Zhengzhou. E também duas entidades ligadas à Shenwei: o Shanghai High-Performance Integrated Circuit Design Center e a Sunway Microelectronics. Estas empresas também são responsáveis por CPUs chineses de alto desempenho.

Assim, resta aguardar por eventuais respostas da China a esta situação, e também por mais ações dos EUA. Numa altura em que o mundo atravessa uma escassez de chips, talvez os Estados Unidos queiram, desta forma, garantir toda a produção para as empresas do ocidente.

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