Durante a pandemia, um dos temas em destaque foi a escassez de semicondutores e a crise que estava a afetar a produção dos mais variados equipamentos. Agora, a indústria está no limbo e o CEO da Intel já demonstrou a sua preocupação relativamente a este cenário.
Em entrevista, Pat Gelsinger explicou a situação da sua empresa, bem como o ponto de situação de toda a indústria.
O mundo está a atravessar uma fase pouco animadora, económica e politicamente falando. Temos assistido a conflitos, insatisfações, aumentos incomportáveis, entre outros elementos que têm deixado os cidadãos receosos relativamente ao futuro, mas também ao presente. As mudanças que se fazem sentir têm impacto nas empresas e nos cidadãos, e a recessão económica para a qual alguns países estão a caminhar está a promover a diminuição da procura de chips.
Portanto, apesar de poucos analistas terem sido capazes de o prever, uma das indústrias que está, atualmente, no limbo é a dos semicondutores.
Indústria dos semicondutores está em risco a curto-prazo
O The Wall Street Journal entrevistou o CEO da Intel, uma gigante da indústria dos chips, e procurou perceber a conjuntura atual da empresa e da indústria, no geral. Durante a conversa, Pat Gelsinger revelou estar preocupado com o abrandamento a curto prazo.
Além da diminuição da procura, que se está a dar de forma percetível e rápida, a inflação, que está a dificultar a vida dos cidadãos, está também a prejudicar os custos de produção dos chips. Aliás, Gelsinger diz que os componentes químicos e equipamentos necessários à indústria estão a tornar-se mais caros, assim como o transporte e os custos energéticos. Em consequência, reconhece que as fabricantes poderão ver-se obrigadas a aumentar o custo de alguns produtos e, claro, esse aumento será sentido pelos clientes.
Mais do que isso, Gelsinger está preocupado com o impacto que a decisão que o governo dos EUA tomou, no sentido de proibir as suas tecnologias de chegar à China, está a ter na cadeia de produção.
Embora esteja preocupado com o curto-prazo, o CEO da Intel revelou que está convencido de que, até ao fim da década, a indústria de chips duplicará o seu volume de negócios.
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