Já aqui dissemos por diversas vezes que o mercado dos chips eletrónicos tem tido um especial destaque no mundo tecnológico. A pandemia da COVID-19 veio sublinhar a importância deste setor e, no geral, a população ficou mais consciente sobre o impacto que problemas e escassez deste segmento podem ter em vários mercados do mundo inteiro.
Como tal, várias empresas e países estão a apostar cada vez mais no crescimento deste setor. E as informações recentes indicam que a Alemanha quer agora atrair fabricantes de chips e, para isso, o governo do país irá disponibilizar uma ajuda de 14 mil milhões de euros.
Alemanha quer mais fabricantes de chips
Segundo avança a agência Reuters, o governo da Alemanha vai investir um apoio de 14 mil milhões de euros para atrair fabricantes de chips para o país. A informação foi referida nesta quinta-feira (5) pelo ministro da Economia alemão, Robert Habeck que também adiantou que a falta de semicondutores usados em vários produtos, desde smartphones a carros, é um problema significativo.
Numa reunião com algumas empresas em Hanover, o ministro terá referido que este investimento monetário representa “muito dinheiro“.
Recordamos que no mês de fevereiro deste ano, a União Europeia informou que iria investir 11 mil milhões de euros na indústria de semicondutores. Este incentivo aconteceu exatamente com o objetivo de estimular este segmento, devido a um crescimento sem precedentes na procura.
Mais recentemente, em março, a gigante Intel também anunciou um investimento de 80 mil milhões de euros no fabrico de chips na Europa. A empresa de Pat Gelsinger referiu que a cidade alemã de Magdeburg seria a região escolhida para receber a primeira fase de investimentos que incluía 17 mil milhões de euros destinados ao aumento da sua capacidade de produção no continente europeu. Nessa altura, Robert Habeck indicou que esse investimento iria impulsionar a “soberania digital da Europa”.
Contudo, o ministro da Economia da Alemanha também reconhece que muitas empresas do país ainda continuam dependentes dos produtos vindos de outras nações para o fabrico de componentes como, por exemplo, as baterias. “Devemos desenvolver a nossa própria estratégia para garantir matéria-prima“, indicou Habeck.