Pplware

Análise: Nokia E7

O novo Communicator da Nokia!

A Nokia é um dos maiores players no mundo dos telefones móveis. Foi em tempos até uma marca claramente dominante no segmento dos telemóveis, e é conhecida por fabricar terminais fiáveis e de grande qualidade. No entanto, com a explosão dos smartphones a que assistimos neste momento, há quem diga que a Finlandesa está a ficar para trás, não tendo produtos à altura dos grandes rivais, como o iPhone e o Android.

Mas a Nokia não se deixa ficar à “sombra da bananeira”, e mesmo com muitos dedos apontados, continuam a lançar para o mercado telefones de topo com o sistema operativo Symbian. Exemplo disso mesmo é o recentemente apresentado no mercado português Nokia E7, que hoje apresentamos aqui no PPLWARE!

O Nokia E7, como iremos ver ao longo desta análise, é um smartphone fundamentalmente virado para o mercado empresarial. Embora não seja oficialmente denominado de Communicator pela Nokia, não há dúvidas que é um telefone que segue essa linha tão conhecida de telefones empresariais. É sem dúvida um irmão mais novo dos famosos Nokia 9000 (1996), Nokia 9110 (1998), Nokia 9210 (2001), Nokia 9500 (2004) e Nokia E90 (2007).

Este novo terminal da Nokia tem também algumas semelhanças com o recentemente apresentado aqui no PPLWARE Nokia N8. No entanto, como veremos, o Nokia E7 tem características que marcam a diferença, sendo este um telefone profissional, enquanto o N8 é um telefone mais virado para multimédia, usado dessa forma em ambientes diferentes.

Caixa e Acessórios

O conteúdo da caixa recebida é o seguinte:

 

Abertura da Caixa

Em cima fica o vídeo do unboxing do Nokia E7. Conforme já estávamos habituados, também este telefone da Nokia vem numa embalagem compacta, com o equipamento e respectivos acessórios bem acomodados no seu interior. Cada vez mais se nota a preocupação das marcas em usar embalagens de pequenas dimensões nos seus produtos, de forma a reduzir os desperdícios, pelo que acho de louvar essa atitude e preocupação com o meio ambiente.

Das características que mais gostei na generalidade deste equipamento foi a sua excelente qualidade de construção e dos materiais utilizados, tanto no telefone como nos seus acessórios, conferindo a todo um conjunto uma estrutura muito robusta. Desde os cabos aos adaptadores, e obviamente o equipamento, transmitem uma sensação de grande robustez, indicando que são produtos feitos para durar, mesmo sob algumas condições mais agressivas do uso diário.

O carregador de tomada que acompanha este Nokia trata-se do modelo AC-10E, com ligação ao equipamento por tomada micro USB, respeitando a norma Europeia. Funciona entre 100 e 240 V em frequências entre os 50 e 60 Hz, com output de 5,0 V e 1200 mA. Tem um cabo com aspecto bastante robusto, característica importante neste acessório, visto ser por vezes aquele que sofre mais no uso diário.

Os auriculares têm uma boa qualidade de som, nada de extraordinário, mas o suficiente para desempenharem bem a sua função, tanto para ouvir música como para fazer chamadas, permitindo ouvir bem a voz da ou das pessoas do outro lado. Como é normal, possuem um botão para atender e desligar chamadas.

Tratam-se de auscultadores in-ear, e vêm acompanhados de dois pares de borrachas de substituição, existindo assim três pares de borrachas, todos de tamanhos diferentes. O fio dos mesmo tem também um aspecto bastante robusto, capaz de aguentar “esticões” normais do uso deste acessório.

No conjunto de acessórios vêm também incluídos cabos adaptadores de micro HDMI para HDMI, e de Micro USB para USB. O primeiro serve, como é obvio, para efectuar a ligação do smartphone a qualquer dispositivo que suporte HDMI, como televisores, monitores ou projectores, e o segundo tem como finalidade a ligação ao Nokia E7 de PEN’s USB ou discos rígidos externos, sendo possível a navegação dentro dos mesmos. Farei uma demonstração desta função mais à frente nesta análise.

Além destes dois cabos, o E7 traz ainda consigo o normal cabo USB – Micro USB, para a ligação ao computador (transferência de dados ou carregamento da bateria.

Características Técnicas

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[tabtext]Geral[/tabtext]

[tabtext]Ecrã[/tabtext]

[tabtext]Câmara[/tabtext]

[tabtext]Bateria[/tabtext]

[tabtext]Conectividade[/tabtext]

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Hardware

O Nokia E7 tem uma constituição simples e elegante. Quando fechado é muito semelhante ao Nokia N8, apresentando pela frente um grande ecrã de 4 polegadas, sensível ao toque, e um único botão físico, mesmo abaixo do ecrã. Acima do ecrã encontram-se os sensores de proximidade, luminosidade e a câmara frontal para vídeo chamada. O botão frontal tem ainda um pequeno LED que dá um sinal luminoso quando há alguma notificação, como novas SMS ou chamadas não etendidas.

Na parte superior encontra-se, da esquerda para a direita, a entrada Micro USB, para carregamento da bateria e ligação ao computador, a entrada Micro HDMI, a tecla ON/OFF e a entrada dos auscultadores, jack 3,5mm.

Do lado esquerdo do telefone existe um único botão/tecla, deslizante, que serve para bloquear e desbloquear o telefone. Posso dizer que esta forma de desbloqueio e bloqueio foi muito bem implementada, sendo bastante prática a forma a localização da “tecla”.

Do lado oposto, ou seja, do lado direito do telefone, pode-se ver, de cima para baixo, a ranhura para o cartão SIM, outra tecla deslizante (esta com duas direcções) para controlo de volume, e uma tecla destinada à câmara fotográfica, tanto para lançar a aplicação da câmara, como para tirar fotografias e/ou iniciar e parar a gravação de vídeo.

Na parte traseira do telefone encontra-se, na zona inferior, uma coluna, e na zona superior, a câmara e o flash duplo LED. Trata-se de uma câmara de 8 Megapixel e é capaz de gravar vídeo em HD, ou seja, 720p. Mais à frente na análise irei deixar alguns exemplos de imagens captadas por ela em diferentes ambientes, para que possam tirar as vossas próprias conclusões acerca da mesma.

Este telefone não possui qualquer tampa amovível, e por isso a bateria não é facilmente removida. A única parte do telefone que é facilmente “desmontável” é o slot do cartão SIM. Embora esteja já divulgada quase toda a constituição deste aparelho, falta ainda mostrar o grande trunfo deste Nokia E7: o teclado físico. Deslizando o ecrã do telefone da esquerda para a direita, é revelada a característica mais marcante deste telefone, o seu magnífico teclado físico. Não se pode exigir melhor teclado num smartphone que este que acompanha o Nokia E7.

Trata-se de um teclado muito confortável e prático de utilizar, com teclas muito suaves e com uma boa resposta, grandes e espaçadas entre si, permitindo uma experiência muito boa a escrever texto, como seria impossível conseguir num teclado touch. Estão presentes todas as teclas necessárias à escrita em português, como o “ç”, e todos os acentos são de fácil acesso, fazendo com que a escrita neste smartphone se assemelhe bastante à escrita num computador, tornando-a rápida e intuitiva.

Durante todo o tempo que utilizei o E7 não tive nenhum ponto negativo a apontar ao teclado, sendo este ideal para quem usa intensivamente email e/ou necessita de escrever textos com alguma dimensão no smartphone. E com o teclado aliado ao enorme ecrã de 4’’, o E7 torna-se no companheiro ideal para a escrita on the go.

Como já devem ter reparado, não tenho nenhuma crítica a apontar à construção do Nokia E7. É um telefone extremamente robusto e com um grande qualidade de construção, tanto nos materiais utilizados como em todos os acabamentos. Inicialmente pode parecer um telefone enorme e pesado, mas depois de uns dias de uso acabamos por nos habituar facilmente a essas características.

 

Primeiras Impressões

Como já referi, ao segurar pela primeira vez o Nokia E7 tive a sensação de ser um telefone enorme e pesado. E é bem verdade, é um telefone bastante grande (123,7 x 62,4 x 13,6 mm) e pesado (176 g), mas perfeitamente compreensível, visto ter de albergar o grande ecrã de 4’’ e o fantástico teclado qwerty.

 

Ecrã

Além do teclado físico, já comentado, outra das características que se destacam no telefone é o ecrã. Trata-se de um ecrã sensível ao toque, capacitivo, de 4’’, 16:9 nHD (640 x 360 pixels), AMOLED, 16 milhões de cores e com tecnologia ClearBlack.

Esta tecnologia permite a visualização da imagem do ecrã mesmo quando exposto directamente ao sol. Embora não seja perceptível nas fotografias, é possível ver, sem qualquer problema, as imagens no ecrã no E7 quando exposto directamente aos raios solares, mostrando a eficácia da tecnologia ClearBlack.

No geral o ecrã tem muito boa qualidade, e aliado às suas dimensões muito generosas, é um dispositivo ideal para diversas tarefas, como por exemplo a leitura e escrita de textos e a visualização de filmes durante viagens ou situações semelhantes.

 

Câmara

O E7 traz consigo uma câmara traseira de 8 MP, não tendo herdado a impressionante câmara de 12 MP do seu irmão N8. Este é um ponto que reforça a ideia de o N8 ser um telefone mais virado para multimédia, e este E7 um telefone empresarial, não sendo dessa forma necessária uma câmara com a mesma qualidade. A câmara está acompanhada de flash LED duplo, tem software de reconhecimento facial, guarda as imagens no formato JPEG/EXIF e permite zoom digital até 2x (para fotos). De referir ainda o suporte ao Geotagging das fotografias e vídeos.

Embora no geral esta câmara se porte bastante bem, tirando boas fotografias tanto no interior como no exterior, tem, na minha opinião, um enorme defeito, que é a ausência de autofocus. Este é para mim um ponto em que a Nokia falhou redondamente, pois considero o autofocus bastante importante numa câmara de telemóvel, visto ter que servir para as mais variadas situações, e principalmente num telefone empresarial, em que dá muito jeito para digitalizar documentos fotografando os mesmos.

Quanto à câmara de vídeo, não há qualquer aspecto negativo a apontar. Grava vídeo em qualidade HD (720p), em 16:9, a 25 fps com codecs H.264, MPEG-4. Como o telefone está provido de uma saída HDMI, podem ser vistos directamente numa televisão os vídeos gravados no E7, característica de grande utilidade. Uma análise aprofundada será feita mais à frente neste artigo, tanto à câmara fotográfica como a modo de gravação de vídeo.

Além da câmara traseira, o E7 está também dotado de uma câmara frontal VGA (640 x 480 pixels), para a realização de chamadas de vídeo.

 

Bateria

Neste smartphone a bateria não é facilmente removível. O E7 vem equipado com uma bateria de iões de lítio de 1200 mAh (modelo BL-4D). O fabricante anuncia uma autonomia máxima em conversação até 540 min (9 h) em GSM e até 300 min (5 h) em WCDMA. Em Standby, a autonomia será de até 430 h em GSM e 470 h em WCDMA. Na utilização que dei ao smartphone, quando não foi ligado durante o dia ao computador, a bateria chegou ao final do dia já quase completamente descarregada.

 

Memória

A Nokia decidiu neste smartphone não manter a memória extensível por cartão Micro SD, estando este dotado de 16 GB de memória interna. No entanto, a memória do telefone e memória “de massa” está dividida.

 

Índice

Página 1 – Especificações técnicas, Abertura da caixa e Hardware Página 2 – Testes: HDMI, USB e Câmara Página 3 – O Sistema Operativo e a Interface Página 4 – As aplicações Página 5 – Prós & Contras e Conclusões

 

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Teste HDMI

Uma das particularidades deste smartphone que gostei bastante foi o facto de ter uma saída Micro HDMI, que facilita bastante a ligação do mesmo a um televisor ou projector, permitindo assim rapidamente fazer apresentações, demonstrações, reprodução de vídeos, entre outras possíveis utilizações. E a cereja no topo do bolo é o facto de o Nokia E7 trazer consigo adaptador necessário para esta fácil ligação através de um cabo HDMI.

Esta função é extremamente útil, e estando o Nokia E7 apto para reproduzir praticamente qualquer tipo de ficheiro, é uma mais valia enorme esta possibilidade de ligar o telefone a um ecrã de maiores dimensões. Como já referi, esta característica pode ser utilizada para diversos fins, como uma apresentação em PowerPoint directamente do telemóvel, mostrar as fotografias das férias à família e amigos, directamente do Nokia E7, ou mesmo a reprodução de um filme no televisor da sala, ficando assim o E7 com a função de media player.

Como podem ver no vídeo acima, a ligação por HDMI é extremamente fácil, recorrendo ao adaptador que vem com o Nokia E7, e permite passar para um ecrã maior exactamente a imagem do que está presente no telefone.

Teste USB

Outra característica que também me agradou bastante, e que não é usual vermos em smartphones, foi o facto de o Nokia E7 vir acompanhado com um adaptador de Micro USB para uma entrada USB. Este adaptador dá a possibilidade ao utilizador de ligar directamente ao E7 uma Pen, ou mesmo um disco rígido externo, permitindo a leitura dos ficheiros contidos nesse dispositivo de armazenamento.

Tal como a ligação HDMI, esta função tem também uma grande utilidade. Pode-se, por exemplo, criar uma apresentação ou documento em qualquer computador, guardar numa Pen, e de seguida, numa viagem, ou instantes antes de uma apresentação, reler a apresentação directamente no smartphone, ligando a Pen onde estão armazenados os ficheiros. Da mesma forma, é também possível reproduzir qualquer ficheiro guardado no dispositivo de armazenamento, permitindo a visualização de filmes numa viagem, por exemplo, ou até, juntando as duas funções acima descritas, ligar em simultâneo o adaptador USB e o adaptador HDMI, e ver numa televisão um filme guardado numa Pen ou disco externo, usando o Nokia E7 como reprodutor.

Esta opção da Nokia em incluir os adaptadores referidos acima junto com o telefone parece-me muito bem pensada, e deveria até servir de exemplo a outros fabricantes, evitando assim gastos extraordinários para se poder usar todas as potencialidades destas grandes máquinas.

Teste Câmara

Enquanto utilizei o Nokia E7, tal como faço com qualquer equipamento que teste, procurei explorar as suas potencialidades num uso diário, nas várias situações com que nos deparamos no decorrer do dia.

Foi exactamente isso que fiz também com a câmara deste smartphone, tentando recolher com ela imagens em diversas situações diferentes, de forma a conseguir avaliar o seu desempenho com máquina fotográfica ou câmara de filmar.

Como já tinha referido neste artigo, encontrei uma falha na câmara que considero imperdoável num smarphone para utilização profissional, que é a falta de autofocus, impossibilitando assim fotografias muito próximas dos objectos a fotografar. Isto impede que sejam rapidamente “digitalizados”, recorrendo à câmara do telefone, documentos, textos, fichas técnicas, e um enorme número de outras informações que por vezes sentimos necessidade de guardar rápida e facilmente, para mais tarde consultar. Pessoalmente é uma função que uso com muita frequência num telemóvel, pelo que senti a falta de poder fazer isso com o Nokia E7.

 

Teste máquina fotográfica:

Teste Câmara de filmar:

 

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Página 1 – Especificações técnicas, Abertura da caixa e Hardware Página 2 – Testes: HDMI, USB e Câmara Página 3 – O Sistema Operativo e a Interface Página 4 – As aplicações Página 5 – Prós & Contras e Conclusões

 

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O Sistema Operativo e a Interface

Embora o sistema operativo Symbian^3 já tenha sido analisado no Nokia N8, como se pode ver aqui, vou aqui relembrar os aspectos mais relevantes deste sistema operativo móvel.

 

Ecrã Principal

Tal como já estamos habituados, existem no Symbian^3 três ecrãs diferentes, nos quais podem ser colocados até 6 widgets em cada um. Estes widgets poderão ter variadas funções, podendo simplesmente mostrar informações da hora e data, ou informações meteorológicas, ou mostrar um grupo favorito de contactos, as últimas mensagens de uma conta de email sincronizada no telefone, atalhos para aplicações, entre outros. O leque de widgets disponíveis para o ecrã principal é relativamente grande, havendo cada vez mais disponíveis para download na OVI Store.

Ecrã 1:

Por defeito no ecrã 1 encontra-se o widget das horas e data, e os atalhos mais relevantes, mas todo isto é completamente configurável, podendo o utilizador escolher todos os widgtes e respectiva localização entre os 3 ecrãs.

Ecrã 2:

A passagem de um ecrã para outro pode ser com o deslizar do dedo na horizontal, no sentido desejado, ou simplesmente tocando na zona inferior, ao centro (entre os botões opções e chamar), sendo que neste caso a passagem entre ecrãs se dá apenas num sentido.

Ecrã 3:

Como se pode ver na imagem acima, o ecrã principal admite duas posições, vertical e horizontal, ordenando os ícones em função da posição em que se encontra o telefone. Para configurar os widgets, ou seja, adicionar ou remover widgets do ecrã, basta tocar durante alguns segundos em qalquer zona do ecrã, passando este para modo de edição.

Ainda no ecrã principal, há uma zona dedicada às notificações e/ou configurações rápidas. Basta tocar na zona superior direita, em cima do ícone da bateria, para surgir um pequeno “balão” com as notificações, atalhos para algumas configurações, ou simples informações úteis.

 

Menu

O menu principal, acessível a partir do botão físico localizado abaixo do ecrã, continua com o mesmo formato, sendo já inconfundível, dando acesso para diversas funções, como contactos, mensagens, definições.

É também a partir daqui que é possível aceder às aplicações.

Uma vez dentro das aplicações, estas estão dispostas em grelha, estando presentes tanto as aplicações nativas, como as instaladas a partir da loja OVI. A deslocação no ecrã das aplicações é feita na vertical.

 

Teclado

Aqui também não há novidades, na vertical é apresentado o teclado T9, aquele teclado característico dos telemóveis mais antigos, ou mais simples, que num smartphone com estas características poderá já não fazer muito sentido.

Embora me tenham dado a informação de que iria sair uma actualização para permitir o teclado qwerty na vertical, e mesmo já havendo imagens a circular pela internet, não encontrei tal opção, ou pelo menos não consegui encontrar. Verifiquei que tinha a última versão do firmware, mas mesmo assim não consegui activar o teclado qwerty na vertical.

Na horizontal, também nada de novo, é apresentado um teclado qwerty, com teclas largas e espaçadas. No entanto, posso dizer que este teclado, neste telefone, será muito pouco utilizado, visto que existe um fantástico teclado físico, de longe melhor e mais confortável para escrever.

 

Multitask

O multitask funciona relativamente bem e, embora apresente alguns “freezes” quando estão muitas aplicações abertas, gostei da forma funciona. Bata clicar durante uns segundos no botão principal, abaixo do ecrã, e aparece a informação das aplicações que se encontram abertas, havendo um screenshot dessa mesma aplicação exactamente como foi deixada. Cada aplicação apresenta também um grande “X”, servindo este para facilmente “matar” a aplicação.

No geral, o que senti ao utilizar o Nokia E7 foi que o sistema operativo não acompanhava a qualidade do telefone. Para um smartphone deste nível, tanto a nível de características, como a nível de preço, exigia-se mais qualidade ao seu sistema operativo. Embora consiga realizar quase todas as tarefas que lhe são pedidas, a forma com as alcança, a forma como se trabalhano sistema operativo, não e a melhor, e não foi um sistema operativo que me desse prazer usar, que respondesse da forma que eu pretendia. Considero que muito trabalho terá de ser feito neste Symbian^3, ou ficará cada vez mais longe da corrida dos sistemas operativos móveis.

 

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As Aplicações

Email

Pessoalmente, a aplicação nativa de email não me seduz muito. Acho a interface confusa, o tipo e tamanho de letra do remetente e assunto demasiado grande, causando alguma confusão na hora de descobrir rapidamente um email. Tive alguns problemas inicialmente, mas acabou por funcionar relativamente bem a sincronização de emails.

 

SMS

A aplicações de mensagens escritas funciona bem, com uma interface com balões, que começa a ser muito comum vermos nos smartphones.

 

Contactos

Aqui também nenhuma novidade, a típica aplicação de contactos, com a possibilidade de organização dos mesmos por grupos, identificação através de fotografias, etc.

 

Browser

O Browser nativo do Nokia E7 é bastante mau. É inconcebível um smartphone de topo ter um browser assim.

São as formatações das páginas, a lentidão, os crashes, uma série de falhas que não deveriam estar presentes num telefone deste nível, ou pelo menos não de uma forma tão acentuada. Sem dúvida um ponto negativo no Browser.

 

Redes Sociais

Nestas aplicações, também nada de novo. Embora não sejam uma aplicações que fascinem, fazem o seu trabalho, e respondem ao que lhes é pedido.

Ainda relativamente às redes sociais, o Nokia tem uma aplicação específica, o Social, que reúne num só local as redes sociais mais conhecidas.

Música

O leitor de música é bom, apresentando as capas dos álbuns que são importados para o nokia, mantendo uma boa organização, bastante importante no que toca a audiotecas.

 

OVI Store

A Loja OVI tem sido alvo de melhorias visíveis ao longo dos últimos meses. Está bem organizada, com uma oferta já bastante boa, estando portanto no bom caminho.

No entanto, também aqui me deparei com alguns crashes. Um deles, exactamente quando filmava um dos vídeos desta análise. Tive a infeliz ideia de iniciar o download de uma aplicação durante a demonstração, com o intuito de no final voltar à loja e mostrar a aplicação descarregada, mas foi uma ideia completamente impossível de concretizar, dada a lentidão que se instalou, impossibilitando de realizar qualquer tarefa com o mínimo de fluidez, acabando mesmo por crashar completamente.

 

Widgets

Existem widgets bastante úteis para colocar no ecrã principal, e há já uma quantidade razoável de widgets na OVI Store. Não há dúvidas que alguns deles dão muito jeito na utilização do smartphone, como por exemplo o widget de eventos perdidos (mostra SMS não lidas e chamadas não atendidas), de email (mostra últimos emails da conta seleccionada), atalhos de aplicações, agenda, contactos favoritos, ligações Wi-Fi, etc.

 

OVI Maps

Uma aposta que considero muito boa por parte da Nokia é o OVI Maps. Além de se tratar de um sistema de navegação por GPS completamente gratuito (para quem tiver um telefone nokia), tem já bastante qualidade e características muito intressantes. Uma delas é, por exemplo, mostrar as linhas de transporte públicos com apenas dois toques no ecrã.

O OVI maps é sem dúvida um projecto que a Nokia não deve deixar para trás. Nos testes que efectuei funcionou relativamente bem, tanto como simples mapa de consulta, como quando a funcionar como sistema de navegação.

 

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Prós:

 

Contras:

 

 

Conclusões:

O Nokia E7 é um telefone, digamos, particular.

Como fui dizendo por diversas vezes ao longo do artigo, se falarmos apenas no telefone, ou seja, no hardware, na construção do equipamento, nos materiais utilizados, o nokia E7 é excelente, dos melhores smartphones que já tive na mão. A robustez e confiança que transmite ao utilizador é espantosa, e mesmo sendo um telefone com peças móveis, tudo parece muito bem montado, com uma boa resistência para um uso durante muito tempo.

Depois, como não poderia deixar de mencionar, há o teclado físico. Este teclado é muito bom, também com aspecto robusto e durável, que permite uma escrita muito confortável, ideal para quem pretende escrever muito no telemóvel.

No entanto, nem tudo são rosas neste Nokia E7, e apresenta a meu ver falhas que não deveriam existir, ou pelo menos não tão acentuadas, num equipamento deste nível, tanto de qualidade como de preço (não esquecer que está à venda por aproximadamente 600 €).

A crítica mais negativa que tenho para este Nokia E7 recai sem dúvida num ponto principal: o Sistema Operativo.

Muito se tem falado sobre o Symbian, e como estará a ficar para trás em relação à concorrência, e este talvez seja um exemplo disso mesmo. Critico este SO não relativamente às suas capacidades, porque é capaz de fazer quase tudo, ou mesmo tudo, o que os outros fazem, mas na forma como o faz.

Desde falta de fluidez nas operações, até pequenos freezes, grandes freezes, crashes, lentidão, de tudo acontece com apenas alguns minutos de utilização. Já para não falar nas opções, nos menus, nas configurações perdidas aqui e ali… nota-se uma relativa desorganização, onde apenas alguém com alguma experiência consegue encontrar o que pretende à primeira.

A sensação que fica é que o Symbian parou mesmo no tempo, e embora ainda espreite alguma potencialidade neste sistema operativo, a verdade é que precisa de evoluir bastante, não no que consegue fazer, mas na forma de o fazer, e no equilíbrio geral que lhe falta. Não digo que seja um mau sistema operativo, mas é um sistema desequilibrado, que precisa de equilíbrio para conseguir fazer frente à concorrência, que como todos sabem, é forte e não brinca em serviço.

Concluindo, trata-se de um excelente equipamento, muito bom mesmo, castrado pelo sistema operativo que o acompanha, pois não consegue atingir o mesmo nível do hardware, baixando o nível geral do conjunto hardware + software.

É um smartphone, pelo seu teclado físico, muito bom para o mundo empresarial, para situações em que seja necessária muita escrita no telemóvel.

Deixando uma comparação entre o Nokia E7 e o Nokia N8, cito palavras da própria Nokia: O E7 é um telefone profissional, e o N8 um telefone mais virado para multimédia. Não deixam, no entanto, de ser capazes de realizar as tarefas um do outro, podendo ambos ser usados em qualquer uma das situações.

Para terminar, quero deixar os nossos agradecimentos à Nokia pela disponibilização do equipamento para testes.

 

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