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Vacina COVID-19: Universidade russa já concluiu os testes em humanos

A Rússia tornou-se num dos primeiros países a concluir os ensaios clínicos de uma candidata à vacina COVID-19, depois de a Universidade de Sechenov ter dito que tinha terminado o seu estudo. De acordo com a investigadora responsável, Elena Smolyarchuk, os dados do estudo mostraram a eficácia da candidata à vacina. Assim, os primeiros voluntários vão ter alta esta quarta-feira, dia 15.

Nas próximas semanas, muito provavelmente, iremos ver várias outras candidatas a vacinas a revelar mais resultados. Contudo, este fármaco russo parece estar mais adiantado.


Os números não mentem e as mortes atribuídas à doença COVID-19 somam quase 600 mil pessoas. A Rússia segue nas primeiras posições com mais de 11 mil mortes entre os mais de 735 mil infetados. A doença não parece estar controlada, bem pelo contrário, levando o responsável pela OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a referir nesta segunda-feira, que estava preocupado com o aumento de casos COVID-19, endurecendo a mensagem:

Se o básico não for seguido, só há uma maneira de esta pandemia evoluir: vai ficar pior e pior e pior.

 

Uma vacina que poderá ser um oásis no deserto da pandemia

A Rússia parece estar adiantada no desenvolvimento daquela que poderá ser a vacina que libertará o globo de uma situação complicada em termos sanitários e financeiros. Segundo as palavras da investigadora, Smolyarchuk:

A investigação foi concluída e provou que a vacina é segura. Os voluntários serão dispensados a 15 de Julho e 20 de Julho.

Portanto, nesta fase as pessoas vacinadas conseguiram com sucesso ultrapassar a doença. No entanto, os participantes no ensaio serão monitorizados em regime ambulatório, após terem recebido alta.

No mês passado, a Rússia concedeu autorização para ensaios clínicos de duas formulações da candidata à vacina COVID-19, desenvolvida pelo Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia de Gamaleya. Uma solução intramuscular da vacina foi testada no Hospital Militar Burdenko, enquanto a Universidade Sechenov avaliou a vacina sob a forma de pó para a preparação de uma solução intramuscular.

A primeira fase dos testes na universidade começou a 18 de junho num grupo de 18 participantes. O segundo grupo do estudo envolveu 20 voluntários que foram vacinados a 23 de junho.

A Universidade Sechenov numa situação pandémica atuou não só como uma instituição educacional mas também como um centro de investigação científica e tecnológica capaz de participar na criação de produtos tão importantes e complexos como os medicamentos…

Referiu o diretor do Instituto de Medicina Translacional e Biotecnologia, Vadim Tarasov.

 

Depois dos ensaios em animais, os humanos estão agora a testar a vacina

Antes dos ensaios em humanos, a vacina foi testada quanto à sua toxicidade, segurança, imunogenicidade e eficácia em grandes e pequenos animais no 48.º instituto central de investigação do Ministério da Defesa russo. Agora, os voluntários receberam a primeira dose da vacina, mas os resultados preliminares só vão ser revelados em setembro.

Os responsáveis sabem e transmitem a ideia de que não há garantias. No entanto, referem estar confiantes que conseguirão chegar a um resultado positivo.

 

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