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Trump ataca produtos farmacêuticos: taxas de até 200% “muito em breve”

O segundo mandato de Donald Trump ficará marcado pela imposição de taxas a todo o mundo e pelos seus eventuais resultados. Em mais uma ameaça, o Presidente dos Estados Unidos informou sobre a imposição de tarifas de até 200% sobre os produtos farmacêuticos “muito em breve”.


Na terça-feira, durante uma reunião, o Presidente dos Estados Unidos ameaçou a imposição de taxas de até 200% sobre os produtos farmacêuticos importados.

Com “taxas muito altas” em mente, Donald Trump avisou que estas taxas não entrariam imediatamente em vigor: “Vamos dar-lhes um certo tempo para se organizarem”.

Segundo o secretário de Comércio, Howard Lutnick, à CNBC, após a reunião, os detalhes sobre as taxas a serem efetivamente impostas serão divulgados “no final do mês”.

Com os produtos farmacêuticos e semicondutores, esses estudos estão a ser concluídos no final do mês e, então, o presidente definirá as suas políticas, e vou deixá-lo esperar para decidir como vai fazer isso.

Numa nota, citada pelo mesmo órgão de comunicação, o analista David Risinger, da Leerink Partners, disse acreditar que o anúncio é positivo para o setor, “porque as taxas não serão implementadas imediatamente… e não está claro se o governo vai implementá-las, no futuro”.

 

Farmacêuticas alertam que taxas podem prejudicar pacientes

Conforme a informação, este é o comentário mais significativo de Trump sobre taxas específicas para produtos farmacêuticos desde abril, quando o seu governo iniciou uma investigação da chamada Section 232 sobre esses produtos.

A autoridade legal permite que o Secretário do Comércio investigue o impacto das importações na segurança nacional.

Para as empresas farmacêuticas, estas taxas altíssimas representariam um duro golpe. Afinal, muitas já alertaram que as taxas poderiam aumentar os custos, dissuadir investimentos nos Estados Unidos e perturbar a cadeia de abastecimento de medicamentos, colocando os pacientes em risco.

Cada dólar gasto em taxas é um dólar que não pode ser investido na produção americana ou no desenvolvimento de futuros tratamentos e curas para os pacientes.

Disse Alex Schriver, vice-presidente sénior de relações-públicas da PhRMA, o maior grupo de lobby da indústria no país, numa declaração.

Na perspetiva de Trump, por sua vez, as taxas incentivarão os grupos a transferir a sua produção para os Estados Unidos.

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