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SpaceX garante que os próximos satélites da Starlink serão invisíveis a olho nu

Embora pretenda garantir que todos, estejam em que parte do mundo estiverem, têm acesso a Internet, os astrónomos não estão muito satisfeitos com o resultado do projeto. Um dos problemas apontados à Starlink da SpaceX é o facto de dificultar o trabalho científico realizado a partir da Terra.

Para resolver esta questão, a SpaceX garante que os próximos satélites que forem enviados serão invisíveis a olho nu.


A Starlink começou a ganhar forma há três anos e já garante Internet em vários locais pelo mundo fora. A par dessa vantagem, existe um senão apontado pelos astrónomos: a presença dos satélites dificulta o trabalho da comunidade científica, pois interfere com a visualização a partir da Terra.

Embora já tenha feito alguns ajustes para minimizar o reflexo do Sol nos satélites, a SpaceX pretende resolver definitivamente o problema na próxima geração de dispositivos. Segundo a empresa, serão “invisíveis a olho nu”.

A novidade foi partilhada num documento que detalha os passos a dar para mitigar o brilho da constelação de satélites por causa do Sol. Apesar de já ter sido ponderada a integração de viseiras solares, essa solução afeta o desempenho do satélite, pois bloqueia as ligações que garantem a cobertura.

 

Novo documento da SpaceX planeia que Starlink deixe de estar visível

De acordo com o novo documento da SpaceX, a próxima parte da Starlink a ser enviada será maior e, por isso, os satélites terão uma área maior e utilizarão três técnicas para atenuar o encadeamento:

A primeira é uma nova versão de película espelhada capaz de reduzir o brilho do satélite em mais de 10 vezes, comparativamente à atual. A empresa espacial explica que o núcleo dessa película é um espelho Bragg que inclui uma série de camadas finas de plástico com diferentes níveis de refração. As camadas criam padrões de interferência internamente para refletir a luz e são revestidas com dióxido de titânio e dióxido de silício para evitar que se degradem.

Dois satélites da Starlink a atravessar o céu noturno em 15 segundos, no dia 18 de abril de 2020.

A segunda técnica passará por apontar os painéis solares para longe do Sol quando os satélites atravessarem a linha entre o dia e a noite. Embora esta solução reduza a potência dos satélites em 25 %, a SpaceX garante que a segunda geração do equipamento está pronta para ela.

A terceira e última técnica fará com que os satélites da Starlink utilizem materiais mais escuros em algumas das suas superfícies. Para isso, a SpaceX desenvolveu uma cor preta de baixa refletividade, que utilizará para pintar os vários componentes dos satélites que não podem ser cobertos com películas.

Apesar de invisível a olho nu, a SpaceX disse que, quando os satélites se dispersarem após o lançamento e se dispuserem em órbita para começarem a funcionar, ficarão visíveis. Além disso, serão também visíveis a executar manobras para evitar colisões e no final da sua vida útil.

Ainda assim, a empresa espacial garante que continuará a pensar, desenvolver e implementar técnicas para atenuar ao máximo o brilho dos equipamentos da Starlink.

 

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