O projeto da empresa russa StartRockets parece já ter o primeiro cliente. A Pepsi quer um anúncio luminoso no espaço recorrendo aos satélites Cubesat. Estes equipamentos espaciais são capazes de criar anúncios luminosos projetados no espaço e visto na Terra.
A empresa de refrigerantes americana quer ser a primeira a ter publicidade no Espaço.
Pepsi quer anunciar no Espaço para se ver na Terra
A startup russa StartRocket está a planear usar satélites em miniatura para lançar anúncios que podem ser vistos no céu noturno. Desta forma, o espaço publicitário parece já ter um cliente: PepsiCo.
Segundo o que foi veiculado pela porta-voz da PepsiCo, Olga Mangova, o anúncio, que usará a rede de satélites CubeSats, irá promover a bebida energética Adrenaline Rush. Assim, sob o lema “campanha contra estereótipos e preconceitos injustificados contra os jogadores”, irá nascer um novo meio de publicidade.
the orbital display in action from Vlad Sitnikov on Vimeo.
A StartRocket informou no começo do ano que os seus equipamentos estariam prontos para enviar anúncios ao espaço até 2020. Contudo, a startup já informou que planeia lançar o seu sistema em órbita em 2021.
A empresa está atualmente a publicitar o seu serviço para colher frutos entre possíveis anunciantes e parceiros. A título de curiosidade, a tabela de preços informa que oito horas de publicidade no céu noturno poderá custar 20 mil dólares. No entanto, o valor que a Pepsi pagou à empresa russa não foi revelado.
Por outro lado, há fatores que também ainda não foram explicados. Como será o aspeto do anúncio no céu noturno?
Iremos ter publicidade no céu? Haters gonna hate!
A StartRocket revelou anteriormente o seu plano de usar o CubeSats para iluminar diferentes mensagens no céu durante seis minutos cada um. As imagens seriam projetadas pela constelação de satélites e seriam visíveis do solo a uma altura entre 400 e 500 quilómetros. O sistema é possível graças aos desenvolvimentos recentes na tecnologia de satélite que está a tornar mais fácil e barato lançar os CubeSats.
O plano de negócios da startup russa recebeu críticas de diferentes frentes. Enquanto algumas pessoas odiariam ver um céu noturno repleto de anúncios, também há preocupações de que as constelações artificiais tornem a órbita baixa da Terra ainda mais saturada, aumentando o risco de colisões causadas por lixo espacial. Já em 1993, a ideia de painéis espaciais foi condenada pela American Astronomical Society, com o falecido astrónomo e cosmólogo Carl Sagan a chamar de “abominação”.
O membro da equipa da StartRocket, Alexey Skorupsky, no entanto, disse anteriormente que “haters gonna hate”, e permaneceu inflexível quanto à viabilidade do projeto. A startup agora afirma ter testado a tecnologia com um lançamento bem-sucedido de um balão de hélio para colocar um dos seus refletores na estratosfera.