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NASA: Voyager 1 tem um problema… terá encontrado algo inesperado?

A Voyager 1 é uma sonda espacial norte-americana lançada ao espaço em 5 de setembro de 1977 para estudar Júpiter e Saturno prosseguindo posteriormente para o espaço interestelar. Hoje, 19 de maio de 2022, a sonda somou 44 anos, 8 meses e 14 dias em operação. Contudo, esta nave tem um problema que, pela distância da Terra, será difícil resolver.

Os engenheiros da missão continuam intrigados com esta “avaria”. As mensagens que a Voyager 1 envia não fazem sentido, apesar de parecer estar tudo OK com o equipamento.


Os responsáveis que gerem a missão da sonda Voyager 1 tentam resolver um mistério: embora quase tudo pareça estar a correr bem, um dos seus sistemas não está a reflectir o que está realmente a acontecer a bordo. O problema é também particularmente difícil de resolver por uma razão: a Voyager 1 está tão distante que demoram dois dias a obter-se uma resposta da mesma.

Voyager 1: O problema poderá ser o AACS

Segundo o que refere a NASA, o Sistema de Articulação e Controlo da Atitude (AACS) controla a orientação da nave espacial e mantém a antena da sonda apontada para a Terra, para que esta possa enviar e receber dados. O sistema parece estar a funcionar, mas os dados de telemetria que envia são inválidos e, de facto, parecem ser gerados aleatoriamente.

A nave não parece estar em perigo. Pelo menos, até agora, o problema não ativou os sistemas de segurança da sonda, o que colocaria a nave num “modo seguro”. O sinal também não enfraqueceu e as antenas parecem estar bem orientadas, mas é impossível saber neste momento se o conflito irá eventualmente afetar outros sistemas.

Onde está agora a Voyager 1?

Conforme foi referido no início, esta nave foi lançada há 45 anos. Depois de uma vida a cruzar o espaço, atualmente encontra-se a 23,3 mil milhões de quilómetros da Terra: a luz demora 20 horas e 33 minutos a percorrer esta distância, e isso significa que demora quase dois dias a enviar uma mensagem e a receber uma resposta.

Este timing não é preocupante para os engenheiros da NASA. Até porque já estão habituados e mantêm contacto com o equipamento humano que já chegou “ao fim do espaço”.

A equipa da NASA explicou que a sonda se encontra agora no espaço interestelar, um ambiente de alta radiação que poderia representar um desafio para a nave espacial. Mesmo assim, a NASA recorreu a planos B únicos no passado: em 2017 ativaram os propulsores auxiliares quando os propulsores primários se degradaram. Não eram utilizados há 37 anos e, no entanto, o seu desempenho foi impecável.

A Voyager é supereficiente. Os seus painéis produzem cerca de 4 W de eletricidade por ano, mas obriga a um racionamento de recursos a usar. Apesar disso, o sistema funciona muito bem mesmo em modo limitado. Vários subsistemas e radiadores já foram desligados para poupar energia aos instrumentos científicos, e de facto a NASA acredita que tanto a Voyager 1 como a Voyager 2 continuarão a funcionar para além de 2025 e a dar-nos cada vez mais surpresas.

 

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