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NASA: afinal o Homem não está preparado para viajar até Marte?

Na Terra, todos sabemos que a gravidade afeta tudo à nossa volta. Contudo, será que se sabe que a gravidade também influencia o que se passa dentro dos nossos corpos? Há dados que estão a preocupar a NASA e outras agências espaciais. Há efeitos colaterais que podem ser mortais nos voos espaciais de longo curso, como uma viagem a Marte, por exemplo.

Por várias vezes se referiu que ir a Marte, ou a outro ponto do universo, não é um problema para a parte técnica. O problema está no Homem.


Ausência de gravidade tem um efeito perigoso na circulação sanguínea

Conforme sabemos, a gravidade na Terra influência todos os seres vivos. Embora não tenhamos essa perceção, a gravidade, no funcionamento do nosso organismo, é fulcral. Nesse sentido, no espaço, a ausência de gravidade é um obstáculo na simples ação de puxar o sangue para a parte inferior do corpo. Como resultado, o sangue vai para o peito e para a cabeça, fazendo com que os astronautas tenham rostos inchados e vasos sanguíneos salientes no pescoço.

Apesar de se notar, a aparência não é o único efeito colateral feio. Segundo um estudo, o voo espacial pode parar e até mesmo reverter o fluxo sanguíneo nas áreas superiores dos corpos dos astronautas.

Nesta descoberta inesperada, os cientistas descobriram que o voo espacial pode afetar a forma como o sangue flui através de uma artéria principal na parte superior do corpo, que pode causar uma paragem ou até mesmo um retorno do fluxo – um perigoso problema de saúde que permanecia desconhecido até agora.

 

Problema inesperado poderá complicar ida a Marte

Neste estudo foram examinados 11 membros da tripulação da Estação Espacial Internacional. Durante as avaliações ultrassonográficas de rotina, no 50.º dia das suas missões, sete membros da tripulação foram encontrados com fluxo sanguíneo estagnado ou reverso na sua veia jugular interna esquerda, um grande vaso sanguíneo que corre pela lateral do pescoço e é responsável pela drenagem de sangue do cérebro, face e pescoço.

Além destes casos, foi mesmo detetado um problema grave. Um membro da tripulação estava a desenvolver um trombo oclusivo (coagulação) da veia jugular interna durante um voo espacial.

Esta foi uma descoberta inesperada. Não esperávamos ver estase e fluxo reverso. Isso é muito anormal. Na Terra, suspeitaríamos imediatamente de um bloqueio maciço ou de um tumor… ou algo do género!

Referiram os especialistas do Centro Espacial Johnson da NASA em Houston.

As descobertas têm implicações significativas para missões espaciais de longa duração. Assim, os voos para Marte poderiam ser impossíveis para os humanos, dado que uma viagem interplanetária durará até oito meses.

 

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