Miguel Claro é um fotógrafo profissional português, autor e comunicador de divulgação científica. Este astrofotógrafo foi destacado pela NASA na rubrica “Imagens do Dia” no site da agência espacial americana. A imagem captada mostra-nos, de forma muito fácil de perceber, “o campo estrelado de poeira no núcleo da nossa galáxia Via Láctea”.
Entre várias outras distinções atribuídas pela NASA, o fotógrafo tem uma coleção fabulosa de imagens no nosso Universo.
Fotografo português “despe” a Via Láctea para que a percebamos
Este fotografo profissional, autor e comunicador científico, cria imagens espetaculares do céu noturno. Como embaixador da fotografia do Observatório Europeu do Sul, membro do The World At Night e astrofotógrafo oficial da Dark Sky Alqueva Reserve, é especialista em “Skyscapes” astronómicas que ligam a Terra ao céu noturno.
Conforme podemos ver, a sua imagem destacada permite viajar com a imaginação sobre “O Campo de Pó Estrelado do Núcleo da Nossa Galáxia Via Láctea”.
Por norma costumamos ver imagens típicas das estrelas com técnicas de captação que usam longas exposições para captar vistas detalhadas de estrelas, galáxias e nebulosas. Contudo, nesta imagem, o panorama da galáxia Via-Láctea mostra como uma pequena exposição pode percorrer um longo caminho.
A Via Láctea é uma galáxia espiral, da qual o Sistema Solar faz parte. Vista da Terra, aparece como uma faixa brilhante e difusa que circunda toda a esfera celeste, recortada por nuvens moleculares que lhe conferem um intrincado aspeto irregular e recortado.
Segundo o que foi mostrado, como a Imagem Astronómica do Dia da NASA, temos um panorama constituído por apenas nove fotografias de 60 segundos. Segundo o autor, esta imagem foi captada com uma lente de 105mm a f/1.8 durante uma recente viagem ao Deserto do Atacama, no Chile. Conforme é descrita, a astrofotografia revela um amplo e profundo campo desky da região central da nossa galáxia.
Uma amalgama de vida que compõe a Via-láctea
Ao redor está o disco galáctico, num fundo cheio de estrelas, podemos facilmente reconhecer muitos objetos de céu profundo bem conhecidos, incluindo várias nebulosas de emissão – nuvens brilhantes de poeira e gás interestelar – como a Nebulosa da Águia (também conhecida como Messier 16, ou M16), a Nebulosa Ómega (M17), a Nebulosa da Laguna (M8) e a NGC 6357.
A imagem mostra um panorama colorido com algumas nebulosas de reflexão, ou nebulosas que não emitem luz própria e brilham ao refletir a luz das estrelas locais, e nebulosas escuras, que bloqueiam a passagem da luz. Os três tipos de nebulosas – emissão, reflexão e nebulosas escuras – podem ser vistos juntos aqui na Nebulosa Trífida (M20).
A imagem da galáxia também mostra muitos aglomerados de estrelas, como Messier 23. O par de estrelas azuis brilhantes no lado direito da imagem é Shaula e Lesath, enquanto estão localizadas na cauda da constelação Scorpius, o escorpião. Acima dela estão duas nebulosas de emissão vermelhas, NGC 6357 e a Pata do Gato (NGC 6334). No canto superior direito, podemos ver outro objeto “rosa” conhecido como a Nebulosa do Camarão, ou IC 4628.