Tendo em conta as elevadas emissões de dióxido de carbono, muito se tem falado da sua captura e armazenamento. Nesse sentido, um grupo de cientistas do MIT apresentou um novo método que poderá resolver este último problema, para o qual têm surgido várias soluções.
A proposta foi apresentada na Advanced Carbon Mineralization Initiative do concurso MIT Climate Grand Challenges.
As emissões de dióxido de carbono são, como sabemos, um dos grandes problemas que enfrentamos há já algum tempo. Como solução para isto, têm sido apresentados projetos que preveem a captura desse carbono do ar e o seu posterior armazenamento. Apesar dos métodos que têm surgido, de acordo com investigadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), as iniciativas atuais são “infernalmente complicadas”.
Aliás, em janeiro, a gigante Shell’s Quest, que foi concebida para capturar o dióxido de carbono que resultasse das operações e para o armazenar no subsolo, foi acusada de emitir mais carbono do que aquele que capturava.
Agora, um grupo de cientistas do MIT apresentou um novo método que poderá resolver este problema de armazenamento, apresentando orientações sobre como executar o processo eficazmente. Além disso, divulgou algumas ideias sobre o que seria necessário para o mundo manter as temperaturas globais dentro dos limites considerados seguros pelo Intergovernmental Panel on Climate Change.
Se quisermos estar perto desses limites [de 1,5º ou 2º C], então temos de ser neutros em carbono até 2050, e depois disso negativos em carbono.
Disse Matěj Peč, um geocientista no Department of Earth, Atmospheric, and Planetary Sciences.
O grupo de cientistas desenvolveu uma proposta para a Advanced Carbon Mineralization Initiative do concurso MIT Climate Grand Challenges, sugerindo que geólogos, químicos e biólogos devem trabalhar em conjunto, por forma a inovar formas de acelerar o processo de armazenamento. De acordo com a proposta, a melhor forma passa por bombear o carbono para o subsolo e transformá-lo, posteriormente, em rocha. Assim, o processo resulta num armazenamento permanente e viável sob diferentes condições geológicas.
É isso que a geologia tem para oferecer. Procura os locais onde pode armazenar de forma segura e permanente estes enormes volumes de CO2.
Explicou Peč do MIT, que planeia investigar as melhores áreas para executar este processo.
O investigador espera que a proposta apresentada, além de identificar formas de acelerar a mineralização, revolucione o modo como lidamos com as emissões.
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