Desde o seu lançamento que o Telescópio James Webb não para de surpreender os terráqueos com as imagens inacreditáveis que capta do espaço e dos seus objetos. Além disso, também tem recolhido muita e boa informação relativamente ao que se passa pelo espaço.
Desta vez, e de forma inédita, detetou dióxido de carbono num planeta distante.
Conforme comunicou a Agência Espacial Europeia (em inglês, ESA), o Telescópio Espacial James Webb detetou provas “inequívocas” de dióxido de carbono na atmosfera de um exoplaneta distante. A mesma fonte adiantou que “é a primeira evidência clara, detalhada e indiscutível” de dióxido de carbono num planeta fora do Sistema Solar.
O planeta detetado pelo James Webb é um gigante de gás, semelhante a Júpiter, embora tenha um diâmetro cerca de 33% superior, e tão maciço como Saturno. De nome WASP-39 b e descoberto em 2011, só agora é que os cientistas viram bem perto este objeto que fica a 700 anos-luz de distância, com uma temperatura de cerca de 900º Celsius.
Os cientistas conseguem decifrar a composição química de mundos muito distantes, graças ao NIRSpec do James Webb. Este baseia-se na forma como os exoplanetas orbitam as suas estrelas hospedeiras. Ora, à medida que os planetas passam em frente das estrelas, os cientistas notam diferenças nos comprimentos de onda da luz que são bloqueados pelos planetas.
Quando analisaram o WASP-39 b, encontraram sinais incontestáveis de dióxido de carbono.
Assim que os dados apareceram no meu ecrã, o impressionante recurso do dióxido de carbono agarrou-me. Foi um momento especial, atravessando um importante limiar nas ciências exoplanetas.
Disse Zafar Rustamkulov, um cientista planetário que estuda na Universidade Johns Hopkins e é membro da equipa dos exoplanetas, no comunicado da ESA.
As moléculas de dióxido de carbono são rastreadores sensíveis da história da formação dos planetas. Medindo esta característica do dióxido de carbono, podemos determinar quanto material sólido versus quanto material gasoso foi utilizado para formar este planeta gigante de gás.
Disse também Mike Line, um cientista planetário da Universidade do Estado do Arizona e membro da equipa de investigação, no mesmo comunicado.
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