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Imagens de satélite sugerem que o coronavírus terá atingido a China muito antes do revelado

A pandemia apareceu e apanhou o mundo de surpresa. As várias estratégias que cada país adotou revelaram resultados diferentes para um problema global. Hoje, sabemos que o timing é crucial no ataque à doença e que, quanto mais cedo forem tomadas medidas, menos a mortalidade cresce. Muitos governantes apontam o dedo à China, que poderia ter alertado mais cedo. Contudo, o gigante asiático defende-se referindo que foi totalmente transparente com a OMS quanto ao aparecimento e deteção do SARS-CoV-2.

Embora não haja forma de contrariar oficialmente os dados chineses, existem agora imagens de satélite que sugerem haver contágios na China muito antes do revelado.


Coronavírus: Imagens de satélite podem desmentir relatórios da China

Segundo o canal de notícias ABC News, uma análise do número de carros em estacionamentos nos hospitais de Wuhan poderá indicar que a epidemia do novo coronavírus começou muito antes do imaginado. Assim, os cientistas norte-americanos chegaram à conclusão de que a epidemia COVID-19 poderá ter ocorrido em Wuhan, na China, ainda no terceiro trimestre de 2019.

O grupo de investigadores, liderados por John Brownstein, da Escola de Medicina de Harvard, acompanhou, por imagens de satélites, a dinâmica de ocupação dos maiores hospitais de Wuhan, ao longo dos últimos dois anos. Segundo o que o médico comentou ao canal, o aumento da circulação de carros “coincide” com o aumento de pesquisas na Internet da China sobre “certos sintomas que posteriormente seriam apontados como fortemente associados ao novo coronavírus”.

Apesar de estes indícios serem meramente circunstanciais, conforme reconhece Brownstein, o estudo traz à luz da investigação novas fontes de informação sobre a origem misteriosa da COVID-19.

 

Primeiros casos de COVID-19 podem ter aparecido em setembro de 2019?

No dia 10 de outubro de 2018, havia 171 carros estacionados no Hospital Tianyou de Wuhan, um dos maiores da cidade. Um ano depois, os satélites registaram 285 carros, um aumento de 67%, conforme as imagens analisadas pelos investigadores e demonstradas pelo canal norte-americano.

Inegavelmente há indícios que algo terá mudado. Isto porque noutros hospitais as imagens demonstraram um aumento de 90% em comparação ao mesmo período de 2018. Na Universidade Médica Tongji de Wuhan, o aumento de carros ocorreu em meados de setembro do ano passado.

Brownstein e a sua equipa, que inclui investigadores da Universidade de Boston e do Hospital Infantil de Boston, onde o médico e o diretor de inovação passaram mais de um mês a tentar encontrar sinais de quando a província de Hubei começou a enfrentar a proliferação do vírus.

 

Que indicadores podem ser usados para detetar o início da doença?

Há atualmente mais conhecimento sobre a doença, como esta ataca o ser humano e como o ser humano reage numa situação de epidemia ou pandemia. Assim, neste caso estão a ser investigados dados sobre eventos como o aumento de tráfego em hospitais. Este comportamento poderá servir como indicador prévio de perturbações sociais resultantes de doenças.

Além disso, as imagens de alta resolução de satélites podem ser extremamente úteis para compreender a proliferação de doenças e implementação de medidas de controlo. Desde o começo da pandemia, na China, até se espalhar pelo mundo, o novo coronavírus já infetou mais de sete milhões de pessoas ao redor do planeta.

Ao dia de hoje, a COVID-19 matou mais de 400 mil pessoas, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Neste sentido, os muitos investigadores referem que o timing foi decisivo para a catástrofe humanitária que se está a viver.

 

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