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EUA: Smartphones mostram 3 locais onde é mais fácil contrair COVID-19

A pandemia da COVID-19 mudou drasticamente os padrões de mobilidade humana. Como resultado, é necessário usar novos modelos epidemiológicos que percebam os efeitos das mudanças na mobilidade no que toca à disseminação do vírus. Nesse sentido, investigadores norte-americanos usaram dados dos smartphones para modelar o risco de contágio em diferentes espaços. O resultado revelou os três locais com risco mais alto para se contrair o coronavírus.

Foi usado um modelo “compartimental em epidemiologia” que integra redes de mobilidade para simular a disseminação do SARS-CoV-2 em 10 das maiores áreas estatísticas metropolitanas dos Estados Unidos.


3 locais com maior potencial de contágio da COVID-19

Um grupo de investigadores dos EUA modelaram os riscos de contágio em diferentes espaços. Para tal, utilizaram dados anónimos dos smartphones de mais de 98 milhões de pessoas. Estes foram recolhidos entre março e maio deste ano em diferentes cidades dos Estados Unidos.

Segundo o artigo publicado na revista científica Nature, os restaurantes, ginásios e cafés são, depois de reabertos, os três lugares públicos que implicam o maior risco de contágio pelo novo coronavírus. Isto porque as pessoas permanecem fechadas por longos períodos. E estes são assim os locais de maior risco de contágio fora do contexto familiar, escolar e laboral.

O estudo monitorizou os movimentos de quase 100 milhões de americanos em 10 das maiores áreas metropolitanas do país através de meio milhão de estabelecimentos diferentes, como, por exemplo, os restaurantes e academias de ginástica, lojas de animais, estabelecimentos religiosos e stands de automóveis. Posteriormente combinaram toda esta informação com os números de casos positivos e como se espalha o vírus para criar modelos de infeção.

Apenas em Chicago, Illinois, se os restaurantes reabrissem em plena capacidade, produziriam cerca de 600 mil novas infeções pelo novo coronavírus, o triplo de outras categorias, segundo dados científicos. Além disso, constataram que cerca de 10% dos lugares examinados representavam 85% dos contágios previstos.

 

COVID-19: Locais frequentados por mais tempo têm maior risco de contágio

Os autores disseram que os resultados defendem políticas de combate à COVID-19 baseadas em limites de densidade. Segundo as suas conclusões, a população com mais carências económicas tem mais possibilidades de contrair a COVID-19, por ser incapaz de reduzir a mobilidade, utilizando depois locais e estabelecimentos com maior risco de infeção.

Os modelos gerados pelo estudo sugerem que um isolamento social integral não é necessário para controlar a pandemia. No entanto, devem ser usadas as máscaras, manter o distanciamento e devem ser evitados os espaços públicos com aglomerações.

 

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