A corrida espacial está a aquecer e temos percebido as tentativas que os países têm concretizado para se ultrapassarem uns aos outros. Agora, os Estados Unidos da América (EUA) alegam que a Rússia e a China querem espiar as suas empresas espaciais.
Três agências de segurança norte-americanas alertaram, na sexta-feira, para o facto de grupos de espionagem da Rússia e da China poderem tentar roubar informações sensíveis das empresas espaciais dos EUA.
Para o Federal Bureau of Investigation (FBI), o National Counterintelligence and Security Center (NCSC) e o Air Force Office of Special Investigations, o objetivo deverá passar por obter acesso a dados comerciais e de investigação que possam ser utilizados para acelerar os programas espaciais dos seus países.
No documento de alerta que emitiram, em conjunto, as agências avisam que entidades estrangeiras estão a organizar ataques cibernéticos para obter acesso a informações importantes, e mencionam a existência de investimentos estratégicos, por empresas terceiras, para obter acesso à indústria espacial norte-americana.
Apesar de as agências de segurança não darem detalhes, um funcionário de contraespionagem norte-americana confirmou, à Reuters, que a previsão é que as ameaças ao setor espacial aumentem, à medida que este vai ganhando relevância.
A China e a Rússia estão entre as principais ameaças dos serviços secretos estrangeiros à indústria espacial dos EUA.
Além da NASA, os EUA albergam outras empresas privadas dedicadas à exploração espacial: SpaceX, liderada por Elon Musk, e a Blue Origin, fundada por Jeff Bezos, por exemplo. O documento emitido pelas agências de segurança também as alertava, na medida em que as tentativas estrangeiras que visam uma aproximação “podem prejudicar as entidades comerciais dos EUA e a segurança nacional e económica mais ampla dos EUA”.
Essa aproximação pode acontecer na forma de presença em conferências ou eventos, mas também na forma de pedidos para visitar instalações.
De facto, embora os EUA tenham assegurado o primeiro lugar isolado, durante muitos anos, a verdade é que a China e a Rússia impulsionaram significativamente os seus planos espaciais, nos últimos anos.