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Estudo diz que a NASA pode já ter encontrado o misterioso Planeta 9

Desde o seu lançamento em abril de 2018, o telescópio Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA já encontrou vários exoplanetas. Entre eles, está um muito interessante, um exoplaneta com três sóis. Agora um novo estudo sugere que o satélite de 200 milhões de dólares também pode ter descoberto o misterioso Planeta 9.

Este planeta, também chamado de “Planeta X”, tem a fama de ser um planeta gigante desconhecido que mexe com as órbitas de algumas das rochas do Cinturão de Kuiper.


NASA poderá já ter encontrado o Planeta 9

A investigação, publicada na Research Notes of the AAS, observa que o TESS é capaz de tirar várias imagens do mesmo local no espaço, potencialmente localizando objetos transnetunianos, também conhecidos como TNOs.

Tendo em conta que o TESS é capaz de detetar objetos com aproximadamente 5 pixels de deslocamento e o Planeta 9 “tem uma magnitude aparente esperada de 19 < V < 24″, levantou-se a possibilidade de o TESS já o ter descoberto, conforme referem os autores no estudo.

O que o TESS está a fazer é olhar fixamente para as regiões do céu durante meses a fio. Ele procura exoplanetas que podem ser encontrados ao olhar para os caminhos das estrelas anfitriãs.

Referiu o principal autor do estudo, o astrofísico Matt Holman, da Universidade de Harvard, numa entrevista à Fox News.

 

TESS, o avançado observatório da NASA no Espaço custou 200 milhões

O TESS está no espaço por isso não tem de lidar com a atmosfera da Terra. Dessa forma, as suas 4 poderosas câmaras estão livres de certas interferências. Isso confere ao telescópio uma importante estabilidade.

Os investigadores testaram a ideia de que os TNOs podem ser encontrados no seu movimento previsto, adicionando valores esperados de distância e movimento em órbita. Assim, foi usado software com três TNOs conhecidos, Sedna, 2015 BP519 e 2015 BM518.

A equipa descobriu que esta abordagem deveria funcionar em qualquer objeto com uma magnitude de infravermelho de aproximadamente 21 (de magnitude aparente). Segundo SyFy Wire, o Planeta 9 poderia ter uma magnitude de infravermelho entre 19 e 24, tornando possível que o TESS já o tenha observado.

Holman referiu que o TESS já olhou para todo o hemisfério sul, permitindo “quase a 100%” ter observado o Planeta 9 se ele estiver nessa parte do céu. Contudo, se estiver no hemisfério norte, a investigação ainda não chegou lá.

 

Provas do Planeta 9?

Um hipotético astro, descrito como “o elo perdido do sistema solar”, o nono planeta ou o Planeta X, tem sido parte do léxico desde há vários anos. Falou-se nele pela primeira vez em 2014, e desde então há várias teorias sobre a sua localização ou mesmo existência.

Em outubro de 2017, foram consideradas “cinco linhas diferentes de evidência observacional” que apontam para a existência do Planeta 9.

As cinco linhas de evidência são:

Nenhum outro modelo pode explicar a estranheza dessas órbitas de alta inclinação. Acontece que o Planeta 9 fornece uma avenida natural para a sua geração. Estas coisas foram torcidas para fora do plano do sistema solar com a ajuda do Planeta 9 e então espalhadas cá dentro por Neptuno.

Referiu Batygin na época

Em outubro de 2017, a NASA lançou uma declaração a dizer que o Planeta 9 pode estar 20 vezes mais longe do Sol do que Neptuno. Chegou ao ponto de dizer “agora é mais difícil imaginar o nosso sistema solar sem um Planeta 9 do que com um”.

Alguns investigadores sugeriram que o misterioso planeta pode estar a se esconder atrás de Neptuno e pode levar até 1.000 anos para ser realmente encontrado.

Dois estudos publicados em março de 2019 reforçaram a sua existência. Entretanto, uma investigação posterior, publicada em setembro de 2019, sugeriu que o objeto teórico pode não ser um planeta gigante escondido atrás de Neptuno – mas sim um buraco negro primordial.

 

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