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Energia negra poderá explicar a expansão do universo

De acordo com a teoria consensual, o universo foi criado num evento colossal conhecido como o Big Bang, há cerca de 13,8 mil milhões de anos. Posteriormente, a sua evolução deixou “marcas”, que os humanos ainda as tentam decifrar.

Embora se pense que o universo cresce e se expande a cada dia, os físicos entram em desacordo nesta matéria, uma vez que a taxa de expansão do universo parece ser diferente consoante a forma como é medida.


Resultados díspares geram discórdia

Ainda que seja consensual que o universo surgiu há cerca de 13,8 mil milhões de anos, fruto de um monstruoso evento conhecido pelo nome de Big Bang, com o passar do tempo, as teorias sobre a expansão do universo podem alterar-se.

Depois de surgir, o universo começou a expandir-se, a esticar-se em todas as direções. Contudo, a forma como esta expansão tem vindo a ser medida poderá estar errada, e gera a discordância dos físicos neste campo. Além disso, a taxa de expansão parece assumir diferentes valores consoante a forma como é medida. Portanto, há algo a escapar aos especialistas e consequentemente aos seus modelos.

Num estudo com outra abordagem, os autores propõem que existe um novo tipo energia negra. Então, quando este é incluído nos cálculos da expansão, obtêm-se resultados com mais em comum do que antes.

Um novo tipo de energia negra pode resolver o problema dos cálculos contraditórios.

Disse Martin S. Sloth, professor de cosmologia na Universidade do Sul da Dinamarca, num relatório.

A energia negra na expansão do universo

Normalmente, quando os físicos tentam calcular a taxa de expansão do universo, assumem que o universo é constituído por três partes: matéria negra, energia negra e matéria ordinária. Até agora, todas as observações trabalhavam com este modelo da composição do universo. No entanto, este novo estudo vem contrariar esta suposta realidade.

Portanto, os resultados variáveis no cálculo da expansão do universo acontecem quando os físicos observam os últimos dados de medições de supernovas ou de radiação cósmica que tem por base micro-ondas. Por se tratar de elementos diferentes, geram resultados diferentes.

Então, a equipa responsável pelo estudo percebeu que, “se houvesse um novo tipo de energia negra extra no universo primitivo, isso explicaria tanto a radiação de fundo, como as medições de supernovas simultaneamente e sem contradição”.

De acordo com os cálculos de Sloth e o colega, FLorian Niederman, a energia negra existiu numa fase diferente. Ou seja, a energia negra sofreu uma transição para uma nova fase com uma densidade de energia mais baixa, alterando o seu efeito sobre a expansão do universo.

Como vimos, o universo é dividido em três partes. Por um lado, a matéria ordinária, composta por nós, pelos planetas, estrelas e galáxias. Depois, possui a incógnita que é a matéria negra.

Além destas, a energia negra que é associada ao impulsionamento da expansão do universo. Portanto, entendê-la e perceber quando mudou de fase poderia aproximar os físicos de compreender efetivamente a taxa de expansão cósmica.

 

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