Se há alguém entusiasmado por ir a Marte, esse alguém é Elon Musk, o CEO da Tesla e SpaceX. Na verdade, em 2016, o multibilionário vaticinou a data de 2024 para visitar o planeta vermelho. Mais tarde voltou a corrigir as expectativas e apontou o ano de 2026 como sendo o momento em que os seres humanos iriam pisar solo marciano. Contudo, as coisas não estão a correr de feição e, numa resposta a um seguidor, Musk avançou com uma nova data para a humanidade pisar Marte.
A NASA tem o projeto Artemis já numa nova etapa e prepara já a nave para levantar voo. Venha connosco que contamos tudo!
Sonhar com Marte… segundo Elon Musk
Usando o seu canal de comunicação preferido, Elon Musk escreveu, no Twitter, 2029 como a data para que os humanos consigam pisar Marte. Esta data tem um certo simbolismo por ser 60 anos depois do primeiro homem ter pisado a Lua. Feito que aconteceu em 1969.
2029
— Elon Musk (@elonmusk) March 16, 2022
No dia 6 de outubro de 2020, o planeta Marte esteve muito perto de nós, a apenas a 62,1 milhões de quilómetros da Terra. Este fenómeno acontece de 26 em 26 meses, sempre que a Terra ultrapassa Marte no seu movimento de translação em torno do Sol (o nosso planeta é mais rápido neste movimento).
No entanto, a distância mínima atingida em cada órbita não é sempre igual, devido à excentricidade das órbitas, às inclinações dos planos orbitais e às alterações provocadas por forças de maré. Por isso, a maior aproximação será a de 2035!
Em março de 2029, Marte estará a cerca de 96 milhões de quilómetros da Terra. Mesmo assim, para aproveitar os momentos em que a viagem entre os dois mundos é mais curta, é necessário lançar certas janelas. As janelas de lançamento de Marte ideais para esta década são no final deste ano, final de 2024, final de 2026 e final de 2028/início de 2029.
Primeiro a Lua… diz a NASA
Os testes da Starship, nave que viajará à Lua na missão Artemis, desenvolvida pela SpaceX, parece estar a ficar preparada para levar astronautas de volta à Lua já em 2025. A nave já fez alguns voos bem-sucedidos em alta altitude, mas ainda não chegou ao espaço.
No entanto, a NASA continua empenhada nos preparativos para o regresso ao solo lunar. Se tudo correr como planeado, a primeira das missões do programa Artemis será lançada para o espaço já em maio.
Para tal, esta semana, o foguetão Space Launch System (SLS) da Agência Espacial Americana foi transportado até à plataforma de lançamento 39B no Centro Espacial Kennedy, na Florida. Agora será iniciado um processo de testes e inspeções.
A missão Artemis I não é tripulada. Tem como objetivo testar os sistemas tecnológicos e as rotinas do projeto. A cápsula Orion que será transportada pelo foguete Moon-shot, o SLS, levará consigo um manequim, chamado Comandante Moonikin Campos.
Este boneco simula um tripulante. Nele serão colocados sensores para registar os níveis de radiação, aceleração e vibração enquanto a missão viaja à volta da Lua e regressa à Terra, assim como um peluche do Snoopy, que servirá como indicador de gravidade.
A janela de lançamento da missão Artemis I, segundo a NASA, ocorrerá entre os dias 7 e 21 de maio. Caso não seja possível lança-la nesse período, a agência aproveitará outras duas janelas temporais entre 6 e 16 de junho ou entre 29 de junho e 12 de julho.
Depois de um adiamento, a missão Artemis II, onde serão testadas as funcionalidades técnicas relacionadas com a parte humana da missão, está prevista para 2024. Já o regresso de astronautas à Lua só deverá acontecer em 2025 com a missão Artemis III.
Os astronautas Artemis III viajarão para a órbita lunar na nave espacial Orion da NASA, mas tal como o módulo de comando Apollo, Orion nunca tocará na própria Lua. Em vez disso, Orion irá encontrar-se com a Starship HLS e ambos os veículos irão atracar com o portal da NASA – uma pequena estação espacial planeada para a órbita lunar.
Os astronautas Artemis serão então transferidos para a nave HLS e descerão à superfície da Lua no veículo SpaceX, servindo como base de operações durante seis dias. No final da sua missão, a Starship HLS devolverá os astronautas à órbita e à Gateway, onde serão transferidos de volta a Orion para a sua viagem de regresso à Terra.