Marte é um planeta habitado por robôs, rovers, sondas e outros “gadgets” que pousaram no solo para explorar o que se não conhece. Tem um aspeto desolador, mas até isso é imensamente desafiante para o ser humano. Afinal trata-se de um mundo novo que está a uns meros 300 milhões de quilómetros. Enquanto a Perseverance começa a investigar os seus primeiros alvos para encontrar evidências de vidas passadas em Marte e Ingenuity voa mais no terreno do planeta vermelho, e a Curiosity, o inquilino mais antigo da Terra – e ativo – no nosso vizinho cósmico continua a fazer o seu trabalho.
O rover da NASA acaba de enviar uma incrível imagem panorâmica tirada do topo do Mont Mercou. Este é uma formação rochosa que oferece uma visão da cratera Gale, o local onde pousou há quase nove anos.
Marte visto de forma panorâmica
A imagem, tirada com a câmara montada no mastro do rover, é criada a partir de 132 imagens individuais captadas no dia 15 de abril, o 3.090º dia marciano, ou sois da missão. O panorama tem sido equilibrado em branco, de modo que as cores dos materiais rochosos se assemelhem ao modo como apareceriam em condições de luz do dia na Terra.
Segundo o que informa a NASA, as imagens do céu e hardware do rover não foram incluídas neste mosaico.
O rover Curiosity chegou à base da Cratera de Gale em Marte do dia 6 de agosto de 2012. Desde então, viajou pouco mais de 25 quilómetros até à encosta do Monte Sharp, uma elevação no centro da cratera que contém material sedimentar.
Embora a missão estivesse inicialmente prevista para durar dois anos, o grande progresso que a Curiosity fez levou ao seu prolongamento indefinido. Entre as suas descobertas, o rover fez algumas descobertas históricas, tais como a primeira corrente seca de água; a presença de metano; ou uma lista completa dos ingredientes da vida tais como enxofre, nitrogénio, hidrogénio, oxigénio, fósforo e carbono.