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Cuba anuncia vacina para cancro do pulmão

Especialistas cubanos garantem que a vacina terapêutica aumenta a esperança de vida em doentes terminais. A Sociedade Portuguesa de Pneumologia reage com cautela ao anúncio.

Vacina, um novo alento para combater o cancro do pulmão

Na terça-feira, o Centro de Imunologia Molecular de Cuba anunciou ter conseguido aumentar entre 30 a 40% o tempo de vida de doentes com cancro do pulmão, ministrando uma vacina terapêutica.

As primeiras experiências para criação da vacina CIMAVAX EGF começaram em 1992; o primeiro ensaio clínico ocorreu três anos depois.

Actualmente, o produto está a ser ministrado e testado em 579 pacientes internados em 18 hospitais cubanos.

A líder do projecto, Gisela González, explicou que a vacina é composta “por duas proteínas básicas no Factor de Crescimento Epidérmico (EFG), que provoca uma resposta imune”. “É segura, não tem efeitos adversos”, explicou. Perante os resultados, a responsável mostra-se confiante na comercialização do produto. Existem “condições de produção para colocar este tratamento à disposição tanto de Cuba como do resto do mundo”, sustenta.

Refira-se que, desde 2004, o produto tem autorização do Gabinete de Controlo de Activos Estrangeiros do Departamento do Tesouro Norte-Americano para ser testado e comercializado.

 

Anúncio recebido com cautela

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) reagiu com cautela ao anúncio.

À Lusa, o vice-presidente da SPP, Renato Sotto Mayor, lembra que para um “produto ser aprovado tem de passar por muitos estudos e ensaios”. O especialista adverte que o estudo cubano ainda não está publicado em nenhum jornal científico credenciado. Ciberia

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