Coronavírus, COVID-19 e SARS-CoV-2 são três palavras que certamente vão marcar o ano de 2020. O surto tem alastrado por todo o mundo, fazendo diariamente milhares de infetados e mortes a lamentar.
Há agora uma luz ao fundo do túnel no combate a esta pandemia, pois a vacina experimental contra o COVID-19 já foi testada em humanos.
Os dados mais recentes apontam para 179.880 casos de COVID-19, 7.098 mortes e 78.326 recuperados. Estes casos encontram-se espalhados pelos 162 países que o vírus já afetou.
Em Portugal, as últimas informações da DGS referem 331 pessoas infetadas, 1 morte, 3 pessoas recuperadas e ainda 2.908 casos suspeitos.
No desenvolvimento de vacinas há laboratórios que estão a tentar fazer de tudo. Alguns investigadores estão até a tentar criar vacinas temporárias, que podem proteger a saúde das pessoas por um mês ou dois, enquanto é desenvolvida uma vacina mais poderosa.
Vacina experimental do COVID-19 já foi testada em humanos
Mas as boas notícias começam a chegar! A primeira vacina experimental contra a doença provocada pelo Coronavírus já foi testada pela primeira vez num paciente. Trata-se do primeiro medicamento que poderá ser um realmente uma solução no combate ao vírus.
Segundo adianta o Business Insider, a vacina foi testada em Seattle, nos EUA, num paciente voluntário. Foi o primeiro ensaio clínico em pessoas e irá demorar pelo menos um ano até se saber se realmente faz efeito.
Caso os resultados sejam positivos, é então a notícia mais aguardada pela população mundial neste momento em que todos estão preocupados com o surto.
Mas a administração desta nova vacina passará por algumas fases, e para já é necessário saber se o medicamento é realmente seguro para o ser humano.
A vacina foi desenvolvida pela Moderna, uma pequena empresa de biotecnologia de Massachusetts, e surgiu rapidamente. A empresa passou da sequência das informações genéticas do vírus, até ao envio de uma potencial vacina para as autoridades de saúde dos EUA, em 42 dias.
A empresa também deixou o anúncio na sua conta do Twitter:
We just announced that the first participant has been dosed in the NIH-led Phase 1 study of our #mRNA vaccine (mRNA-1273) against novel coronavirus https://t.co/14SDfdI1Az pic.twitter.com/LnJWYhAbkx
— Moderna (@moderna_tx) March 16, 2020
Agora, a investigação vai-se centrar em assegurar a segurança na administração em humanos, aplicando-a a 45 voluntários saudáveis da área de Seattle.
Desenvolvimento da vacina recorreu a uma nova tecnologia
O CEO da Moderna falou ao Business Insider e explicou que a rapidez se deveu à utilização da nova tecnologia de vacinas. Ou seja, este métodos apenas requer o código genético do vírus, em vez do próprio vírus.
Para já ainda há um longo caminho a percorrer, mas as autoridades de saúde dos EUA afirmam que demorará entre 1 ano a 18 meses a determinar se a vacina é segura e eficaz.
Esta notícia vem depois de ser noticiado que o Presidente norte-americano, Donald Trump, tentou, com elevados incentivos económicos, garantir para os Estados Unidos o direito exclusivo de uma potencial vacina contra o novo coronavírus, na qual trabalha a empresa alemã CureVac que está a desenvolver uma nova tecnologia, com apoios privados e públicos de vários países, noticiou este domingo o Welt am Sonntag.
Posteriormente a estas notícias, Richard Grenell, embaixador dos EUA na Alemanha, disse no Twitter que o relatório Welt estava “errado”.
Via @reuters: "Berlin is trying to stop Washington from persuading a German company seeking a coronavirus vaccine to move its research to the U.S., prompting German politicians to insist no country should have a monopoly on any future vaccine."https://t.co/h1rgaNGn9b
— Aman Batheja (@amanbatheja) March 15, 2020
Assim, esta informação partilhada pelos principais órgãos de comunicação da Alemanha esbarram em declarações posteriores sobre os factos e negam ter havido qulalquer tentativa, por parte dos EUA, de ficar com a vacina só para si.
Notícia atualizada às 12 horas do dia 17 de março de 2020.